sexta-feira, 30 de outubro de 2009
COM A MINHA FAMÍLIA, FUI A...
terça-feira, 27 de outubro de 2009
BLOGAGEM DE NOVEMBRO: O MEU MAGUSTO
Estamos quase em Novembro, é o mês do Magusto com as suas tradições regionais. É permitido: cantar cantigas, brincar e enfarruscar-se nas cinzas. Sabia que a celebração não é feita só no dia 11 de Novembro, dia de São Martinho? Também se comemora no dia de São Simão (29/10) e no dia de Todos os Santos (dia 01/11). Mais, já reparou que costuma fazer sol e temperaturas amenas? Pois, é o chamado “Verão de São Martinho”. Reza a lenda que um soldado romano, de nome Martinho de Tours, ao andar a cavalo, passou por um mendigo quase nu. O magala parou, cortou a sua capa ao meio com a sua espada e enrolou-a à volta do pobre homem. O dia estava chuvoso, mas nesse preciso momento, deixou de chover e apareceu o Sol.
Para se inspirar, deixamos-lhe uma curiosidade. O etnógrafo português, José Leite de Vasconcelos considerava o magusto como o vestígio de um antigo sacrifício em honra dos mortos e refere que em Barqueiros era tradição preparar, à meia-noite, uma mesa com castanhas para os mortos da família irem comer; ninguém mais tocava nas castanhas porque se dizia que estavam “babadas dos defuntos”. Leite de Vasconcelos tinha sentido de humor, não acham?
Antes de nos despedir e voltarmos na 2ª, recapitulamos as regras do jogo:
1º Passo: envie um texto com o máximo de 25 linhas e uma fotografia até dia 8 de Novembro, para o e-mail aminhaldeia@sapo.pt
2º Passo: a postagem dos textos permanece com o sistema por ordem de chegada e em pequenos grupos. Pois, verificamos uma maior visibilidade dos mesmos e uma leitura mais aprofundada.
3º Passo: não se esqueçam de manter vivo o espírito da blogagem, comentando. Pois, a quantidade e qualidade dos comentários contam. Daí, continuaremos sempre a prendar os nossos caros bloguistas com 3 prémios: melhor texto, melhor comentário e melhor bloguista; (serão anunciados dia 10)
4º e último Passo: Votar de 28 a 30 de Novembro.
Relembramos que a votação da Blogagem de Outubro "Na Minha Terra, come-se bem" está quase a começar. A partir de amanhã até dia 31, VOTE no seu texto predilecto! Quem virá até Viseu almoçar ou jantar? Se ainda não leu os textos, descubra-os aqui. Dia 03, anunciaremos os felizes contemplados.
Água-pé, castanhas e vinho faz-se uma boa festa no dia de São Martinho! Venha fazer a festa com a Aldeia!
Ainda propósito de comer bem... vai um doce de castanha?
AH! Já me esquecia! Conseguem adivinhar onde fui, com a minha família? Quem é o primeiro?
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
VITELA À LAFÕES À MODA DA MINHA MÃE (2ª parte)

A minha Mãe começa por estufar a vitela, mas tem que ser um bom pedaço de carne, num tacho com muita cebola cortada às lascas, tomate e um fio de azeite, de preferência caseiro, pois é este que dá um sabor magnífico à carne, com sal q.b.
Entretanto, mete as batatas no forno para assar, sempre com muita cebola, pois ela diz que assim fica um molho mais grosso, e eu acredito nela claro!!!! É uma óptima cozinheira.
Quando a vitela já estiver mais ou menos estufada, ela retira-a do tacho e mete-a em cima das batatas no forno para poder ficar com cor. O molho que está no tacho é passado pela varinha mágica. Este é um passo muito importante para a receita.
NAS NOSSAS TERRAS, TAMBÉM SE COME BEM (1ª parte)

Agora, regressando num calhambeque às minhas terras maternas e paternas: vamos da Beira (Viseu) ao Minho (Viana do Castelo). Em Viseu, tenho um petisco óptimo ao lanche: um pedaço de bolo de noz com queijo da Serra. Em Viana, adoro beber chocolate quente, aquele grosso e cremoso. Na cidade do Monte Santa Luzia, tenho dois restaurantes favoritos: o Darque Vila (Darque) mais ou menos acessível a todos os bolsos e o Camelo (Santa Marta de Portuzelo) onde se come bem, mas aí o rombo nas finanças é maior… Na cidade de Viriato, aprecio um restaurante típico e pequenino com um nome engraçado: “A Budêga”. Apesar de escondido numa viela, o estabelecimento é, a meu ver, um cantinho típico e especialista em grelhados e assados.
Bom, e agora vou fazer o jantar que já se faz tarde: Frango à Chucuca!
Escrito por Lena, do blogue da Aldeia da Minha Vida.
P.S: este texto foi apenas postado num âmbito de camaradagem. Não entra no concurso da Blogagem, por isso não se encontra em votação.
sábado, 24 de outubro de 2009
O MARAVILHOSO PARQUE DE JARAGUÁ DO SUL
***
Eu e as panelas

Já no tempo de faculdade, o contacto com a panela mais pequena da minha mãe tornou-se mais profundo e transformou-se num prazer, começando por inventar pratos malucos, que nem sempre corriam muito bem… Quando casei, a minha madrinha, que sabia bem a minha adoração por aquelas panelas, decidiu oferecer-me um conjunto , como prenda. Com o nascimento dos meus filhotes, tornou-se uma prioridade transmitir-lhes o meu gosto pela comida. Tinha um medo que eles fossem como eu, em criança... Procurando criar ementas variadas e ricas, porque comer bem não significa quantidade, mas qualidade e equilíbrio. Uma responsabilidade que se transformou num dilema, com o acumular e a sobreposição de vários papéis, a que uma mulher moderna se submete no dia-a-dia, com o trabalho, a casa, os filhos e o marido. Só com uma boa gestão de tarefas e uma boa dose de inspiração e vontade, é possível ir para a cozinha transformar e reinventar pratos. No meio disto tudo, o que me motiva é o facto de eles não terem pretensões de serem anjos... e quando me apanham bem disposta, sou capaz de fazer banquetes de família dignos de rei: ora vejam a minha ementa predilecta:
Sopa de azedas da Madeira; Lombo assado com arroz de passas e pinhão e puré de castanha; acompanhado do vinho do Porto do tio Eurico (e sumo de laranja natural para as crianças); sobremesa: Serradura.
São servidos?
Escrito por Joana , do Blogue Diário de Joana
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quinta-feira, 22 de outubro de 2009
"MEXILHÕES MACHOS"
Espevitada e abelhuda, algumas vezes caí nas "armadilhas" que o padrinho, um homem com sentido de humor e divertido de idade avançada mas sempre criança, estava sempre a engendrar.
Estávamos de férias em Sesimbra e fui incumbida de ir ao mercado comprar mexilhões, petisco que ele próprio fazia questão de preparar e com o qual eu me deliciava lambendo até os dedos. Ao sair, o maroto fez-me a recomendação que era hábito fazer em relação aos "crustáceos:
- Ó garota, lembra-te do que te ensinei. olha que os "machos" têm mais que comer e são mais gostosos!
Obediente, a Cusca Endiabrada que na altura era uma menina ingénua e bem intencionada (para anjinha só lhe faltavam as asas eheheh), correu a praça de um lado ao outro, à procura de mexilhões machos, olhando disfarçadamente em todas as bancas, mas estranhamente os moluscos pareciam todos iguais e quanto mais observava mais convencida ficava de que naquele dia, no mercado, só havia "mexilhões fêmeas"!!!
Sem se dar por vencida, nem querer passar por ignorante, apontou para aquilo que em termos anatómicos lhe pareceu ter forma masculina, pediu ao peixeiro 1 kg bem aviado e senhora de si chegou a casa com 1 saco de "canivetes" ahahah
Quando abriu o saco, ouviu-se uma sonora gargalhada, mas o padrinho não se atrapalhou, enfiou-se na cozinha e posso garantir que os "mexilhões machos" são de comer e chorar mais.
Confesso que continua a intrigar-me o facto dos moluscos serem todos fêmeas. Já repararam bem? eheheh
Escrito por Cusca Endiabrada.
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NA MINHA TERRA, COME-SE...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
DEBULHO DE SÁVEL

Em Cerveira, os homens pescavam o sável e as mulheres encarregavam-se de o vender, indo muitas das vezes de porta em porta vendê-lo às postas. Como na maioria das vezes os compradores só queriam as postas maiores, elas ficavam com as partes mais fracas do sável que eram a cabeça, o rabo, as ovas e as postas pequenas. Assim surgiu o saboroso Debulho de Sável.
Debulho:Preparação
O sável deve ser bem escamado e limpo. Em seguida, corta-se a cabeça e o deguladouro (posta junta à cabeça). Tiram-se as ovas e aproveita-se todo o sangue possível, com a ajuda de vinho verde tinto e um pouquinho de vinagre, o qual irá servir para a calda.
Cozido o peixe, retira-se para um recipiente ao lado ao qual se retiram todas as espinhas (tarefa árdua, mas essencial). À calda inicial, junta-se a água necessária para cozer o arroz. Assim que esteja cozido, junta-se o debulho e rectificam-se os temperos.
Servir malandrinho.
A gastronomia minhota é riquíssima, se tem dúvidas veja em Gastronomia outras receitas, e também mais aqui ou ainda aqui.
Se procura um restaurante de eleição leia este meu texto Panorama Melgaço.
Fernanda Ferreira
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"GRELOS À POBRE"

Mas para além do excelente pão (mistura de centeio e trigo) que a minha mãe cozia uma vez por semana, do rancho melhorado aos Domingos que quase sempre se traduzia num prato de arroz com feijão cujo agradável sabor ainda guardo na memória, das batatas cozidas com ovos ou bacalhau e da enorme terrina onde nunca faltava sardinha ou chicharro de escabeche, pouco mais há a dizer, a menos que contasse o episódio em que estando na aldeia de férias, me fechei na adega a comer pão com azeitonas e a certa altura tentando encher a enézima malga delas, mergulhei dentro da tina e quase morria afogada eheheh...
O cabrito assado em forno de lenha, o famoso coelho bravo na região da Mêda, o excelente queijo de ovelha de Celorico da Beira e arredores, o saboroso presunto, os enchidos, o requeijão feito com o soro que resta após a manufactura do queijo e os vinhos, são apenas alguns exemplos.Mas porque são as coisas mais simples que quase sempre nos dão mais prazer, uma das iguarias beirãs que mais aprecio e que aprendi a fazer já adulta, com o meu marido, são os "grelos à pobre", um prato que segundo dizem os mais velhos, constituía num passado não muito longínquo, a única refeição diária das famílias da aldeia. Servem-se acompanhados de farinheiro ou moiro cozidos e tostados na "sertã" e/ou torresmos.
domingo, 18 de outubro de 2009
MANJARES DOS DEUSES
De resto come-se bem em todo o nosso país.
NAS BEIRAS, COME-SE BEM…
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
“NA MINHA TERRA COME-SE BEM”
Ponto único. Na minha Terra, concelho de Boticas, Trás-os-Montes, comer bem ou comer mal depende de algumas variantes a considerar:
- Se tem dinheiro para pagar cerca de 20 (vinte) euros por pessoa e por refeição, pode comer bem, na Albergaria Rio Beça, na Estalagem de Carvalhelhos, no Restaurante o Caçador, na aldeia típica de Vilarinho Seco (Alturas do Barroso) – Casa do Pedro - recuperada com apoios Comunitários. Nesta, com todas as características da Idade Média. Só que, para saborear um bom cozido à Barrosã, convém ir no dia certo ou juntar-
-se com uns amigos e encomendá-lo com antecedência. Então, poderá comer, sem gritar por mais, a não ser em dias subsequentes: salpicão, toucinho, presunto, farinheira, chouriça de carne, vitela barrosã devidamente certificada, batatas, nabos, couves frescas apanhadas na horta minutos antes de entrarem no pote de ferro com três pés, e uma boa sobremesa caseira, à escolha. Para alegrar o convívio e despertar mais o paladar, poderá beber um bom vinho tinto, o tal remédio para as doenças de estômago mencionado num dos livros do Professor Doutor Armando Moreno - médico, que em tempos não muito longínquos deu voz ao programa “ Viver com Saúde “ na RTP, produzido pela Videofono, editora, também, dos programas do Professor Doutor José Hermano Saraiva.
- Se a tensão arterial lho permitir, tome um café e beba uma bagaceira regional, numa dependência contígua à sala de refeições e junte aos sabores as belezas das paisagens criando no seu íntimo a sensação de estar num mundo divinal onde as modernices citadinas ainda não estragaram o que fez a mão do Criador.
- Se é um “teso” e apenas souber contar uns magros cêntimos, então, poderá comer pouco e mal numa “tasca”, ou ter a sorte de encontrar alguém que conserve a tradicional bonomia transmontana do “ Entre Quem É “ e oferecer-lhe um bocado de pão centeio, presunto e vinho…- porque lá diz o ditado popular . «Quem não tem dinheiro não tem vício», neste caso, de comer bem e à farta.
- Diz a sabedoria popular: «Cada boca seu paladar». E o meu paladar contenta-se a saborear um frango caseiro estofado com azeite, tomate, alho, cebola, pimentos, salsa, folha de louro, alecrim e umas batatas cozidas no pote ao calor da lareira. E nessa altura, meio litro de “vinho dos mortos” a entrar pela boca na adega passageira e a suavidade alcoólica dos 11 graus a subir ao cérebro, parece que estamos a viver no paraíso…A seguir, um breve passeio, a pé, até aos “Cornos das Alturas do Barroso” e basta para se sentir bem e não criar “barriga de vaca”.
Aqui fica uma súmula do que pode constituir “ Comer bem na Minha Terra” e onde.
A escolha é sua. Desejo-lhe bom apetite e algum dinheiro.
SOPA DE BELDROEGAS
Seria talvez presunção da minha parte dizer que na minha casa “come-se bem”. Talvez porque, de vez em quando, tenho algumas reclamações, sobretudo quando faço alguns dos pratos tradicionais que não correspondem aos gostos dos mais novos.
Desde pequena fui iniciada na tarefa de cozinhar porque as mães não descuravam essa prenda que as filhas deviam levar para a sua missão de donas de casa. Eram receitas simples e tradicionais de uma casa modesta da vila do Crato, Alto Alentejo. Nesse tempo a variedade de produtos não era grande e o abastecimento de verdes e frutas fazia-se no mercado, duas vezes por semana. A carne resumia-se ao porco e borrego; a de vaca só quando alguém ia às cidades grandes. Criavam-se aves de capoeira no quintal da casa, reservadas para alguns domingos e outros dias de festa.
Alguns produtos comuns na cozinha alentejana desapareceram do mercado porque deixou de existir a coroa de hortas que rodeava as povoações. Entre elas conta-se a beldroega (Portulaca oleracea L.), planta espontânea muito comum nas hortas e que é actualmente considera uma infestante das culturas. No entanto, tenho a sorte de um pé de beldroega ter vindo parar a um dos vasos das minhas plantas e, assim, todos os anos por altura do Verão, tenho beldroegas para matar as saudades de sopa de batata com as ditas.
Nos livros de receitas alentejanas é frequente encontrar a sopa de beldroegas. No entanto, a minha sopa de beldroegas é mais simples do que a dos livros. Então, faz-se assim: refoga-se cebola e dentes de alho picados em azeite; em seguida juntam-se as batatas cortadas em cubinhos, os raminhos e folhas das beldroegas e deixa-se refogar um pouco; junta-se água e tempera-se com sal, colorau e folha de louro. Quando as batatas estão cozidas, abrem-se ovos que se deixam escalfar. Garanto que é muito bom.
Escrito por Júlia Galego, do blogue EntreTejo e Odiana
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
FEIJOADA À BRASILEIRA

Toda comida típica tem a sua história. Há alguns mitos sobre a origem da feijoada. O mais curioso deles é o de que a feijoada teria se originado com os escravos, que aproveitavam os restos dos porcos, dados a eles pelos seus senhores. Tal versão não tem amparo em qualquer registro histórico, sendo, portanto, uma lenda.
Historiadores revelam que a feijoada tem origem a partir de influências europeias e muito tem a ver com receitas portuguesas, das regiões da Estremadura, das Beiras e de Trás-os-Montes e Alto Douro, que misturam feijão de vários tipos - menos feijão preto, de origem americana - linguiças, orelhas e pé de porco. Essa nem eu sabia, mas não podia ser diferente se foram os portugueses que descobriram o Brasil, ora pois, pois.
Anúncios datados do início do século XIX, publicados nos jornais Diário de Pernambuco e Jornal do Comércio mostram que a feijoada à brasileira já era apreciada àquela época. Já a feijoada completa é prato legitimamente carioca, segundo registros nos livros Baú de Ossos e Chão de Ferro, de Pedro Nava.
Obedecendo as regras da blogagem coletiva, que estabelece texto com o máximo de 25 linhas, indicarei a Receita de Feijoada do Cyber Cook, que é basicamente a mesma que utilizo. Excluo dela apenas três elementos: a manteiga (minha farofa é feita com a gordura do toucinho de fumeiro; fica sequinha e é uma delícia); a caipirinha, por razões óbvias ao meu perfil; e a carne fresca de boi (ponta de agulha ou paleta). Esta, para aqueles que não comem nada de porco. Feijoada sem carnes de porco, não é feijoada. Neste caso, amigo (a) faço outro que você goste.
Stanislaw Ponte Preta dizia que feijoada para ser completa tem que ter ambulância de plantão. Fico devendo a ambulância, até porque todo mundo passa é muito bem com a minha feijoada.
Na minha Aldeia.
As minhas origens são Beirãs, mais propriamente de Figueira de Castelo Rodrigo no distrito da Guarda.
Devido ás influências "Àrabe-Judaica", a cúlinária desta zona deriva muito destas duas culturas.
O vinho é o principal produto seguindo-se os queijos e enchidos.
O presunto e as farinheiras feitas artesanalmente, cujos ingredientes são derivados de carne, farinha e pão misturado com especiarias e temperos.
O prato mais típico é o cabrito no forno de lenha, mas há outros que fazem crescer água na boca, tais como vitela estufada ou assada com batatinhas ou castanhas, polvo frito, enchidos com batatas cozidas e grelos, bacalhau á marinheiro e os célebres peixinhos do rio que são fritos num pau tipo espetadas, ou ainda a caldeirada de enguias.
Os doces mais conhecidos são uns bolos secos feitos com azeite que se chamam "morteiros" nome que foi colocado por causa das batalhas com Espanha, mas há muitos outros que realço, as compotas feitas com frutos da região tais como: figos, amêndoas, castanhas, nozes, abóbora, tomate, marmelos, etc.
Claro que há muitos mais pratos que poderia colocar aqui mas como o texto tem de ser curto fica para a próxima.
Escrito por Manuela, dos blogues - http://simplesmentemanuela.blogspot.com/ e http://ostachosdamanuela.blogspot.com/
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segunda-feira, 12 de outubro de 2009
A cozinha morena da «minha» Goa

Até cozinho: por exemplo, sei preparar o molho de balchão. Mete-se, numa garrafa de litro, aguardente (de preferência de palma). Em seguida deitam-se duas mãos cheias de camarão cru miudinho, galbó, em concani, por cá conhecido como do Porto. Temperos: malagueta (em Goa, pimenta verde) alho esmagado, gengibre, sal, pimenta preta - do Reino à maneira da terra. Rolha-se bem e deixa-se marinar por três a quatro meses. Nele se cozinhará o que se quiser.
O caril não tem nada a ver com esse amarelado que se come nos restaurantes. Fica entre o vermelho escuro e o castanho carregado. É um preparado à base de leite de coco, pimenta verde, açafrão, gengibre, jamelão, tamarindo, sal e pimenta do Reino, cebola e alho, tudo bem moído. De gambas, de frango, de cabrito, do que melhor se entender. Acompanha-se com arroz branco – basmati.
E os tocabocas, acompanhamentos do caril? Peixe fumado e envinagrado e apimentado frito; chutny de coentros, e muito mais. E, para começar, chamuças, bojés, baji-puri. Um destes dias, eu explico. Agora, falta-me espaço… E os pratos: o vindalho. O xacuti. O sarapatel de miúdos do suíno cozinhados no sangue do bicho. O xeque-xeque de gambas. E por aí fora. É de comer e chorar por mais. Com o picante carregado – para mim que sou da terra por desejo e opção. Moderado para os iniciados. E quase sem picante para os paclós – os europeus e em especial os portugas.
Acabo. Há que dizer que muitos pratos da cozinha goesa são uma adaptação dos portugueses, condimentados com os temperos da terra. Por isso lhe chamo a cozinha morena. E que, para quem se habitua, é um festim. De chupar os dedos. Deu borem korum. Que o mesmo é dizer muito obrigado. Em concani. Por me aturarem, como é evidente.
Sabores de Saber herdado e passado de mãe para filha.

Querem provar estas e outras iguarias? Então o melhor mesmo é irem a Elvas e sentarem-se à mesa de um dos muitos restaurantes que por lá existem. Não se esqueçam de escolher um bom vinho alentejano para acompanhar. Bom apetite!!
Encontram a maior parte destas receitas no meu blogue Receitas da Dina. Quem não puder ir prová-las a Elvas pode sempre fazê-las em casa e comprovar a riqueza dos sabores do meu Alentejo!Espero ter-vos deixado com água na boca.
Escrito por Dina, do blogue Receitas da Dina
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sábado, 10 de outubro de 2009
Sabores de Saber herdados
Se as paisagens e a amabilidade dos alentejanos são um atractivo...a boa comida é aquilo que acaba por ficar na memória de todos.
Acreditam que os sabores da comida são diferentes quando os saboreamos no Alentejo? Ou talvez seja apenas a saudade...que me cria ilusões...
Bacalhau Dourado,Azeitonas d'Elvas, Sericaia, Ameixas d'Elvas, Nógados, Migas com Entrecosto, Cozido de Grão, Queijadas, Enxovalhadas, são apenas algumas das muitas especialidades que podemos encontrar na minha terra.
A gastronomia alentejana é rica em sabores.
A escassez aguça o engenho e as gentes do Alentejo compensaram em sabor o que faltava em abundância.
Alhos, coentros e sal
Também se faz com poejo
Este comer que afinal
Nasceu no nosso Alentejo
Depois do alhos pisados
E com a água a ferver
Corta-se o pão aos bocados
Está pronto, vamos comer
É assim a açorda alentejana, fácil de fazer e tão saborosa!
Pode ser acompanhada por um ovo escalfado, umas sardinhas assadas, bacalhau ou como nos tempos dos meus pais e avós...com o que houver à mão, muitas vezes um pedaço de toucinho crú.
A Pousada de Santa Luzia em Elvas é a mais antiga de Portugal e conhecida além fronteiras, entre outras coisas pelo Bacalhau Dourado.
Com este prato Elvas quer entrar no Guiness como podem comprovar aqui.
Escrito por Dina, do blogue Receitas da Dina
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Come-se bem em Monsanto "Aldeia Mais Portuguesa" Aldeia Tão Portuguesa!
A Beatriz grita ao marido por lenha. A garotada ri-se e vai ajudar a escolher os troncos mais pequenos e redondos, cortados a preceito e de propósito para que caibam na pequena fornalha.
Rasgam-se as alfaces em pedaços toscos, a cebola em tiras finas, lágrimas escorrem-lhe pelas rugas “olha-me esta que é danada!”.
A mesa é posta com desvelo. Retira-se da pesada arca, a toalha de linho branco, imaculado “bordada pela sua bisavó menina” diz-me a Beatriz todos os anos, os guardanapos são de pano a condizer. Copos de pé alto voltados para baixo, talheres em profusão, o pão casqueiro em lasca fina no cesto forrado com outro bordado.
Assa o cabrito lentamente e saímos todos de casa, bem agasalhados que na Beira o frio é de rocha feito, a caminho da Igreja para a Missa de Graças.
Batem os pés dos homens no adro, como que a espantar o frio, entram mulheres e crianças na Igreja acolhedora, antiga, tectos altos e Figuras Santas que nos impressionam. As janelas de vitral espalham a ténue claridade em cores que alegram as almas.
Assa ainda o cabrito. Devagar. As pequenas cestas do “Pão por Deus” estão prontas, à espera da criançada que vai correr a Vila ainda antes do almoço. Bolos de mel, torrões e pasteis de abóbora encavalitam-se na cesta da mais nova que já não pode com o peso. Há gargalhadas no ar frio que aquecem os corações dos mais velhos “venha cá menina que não lhe dei inda o meu”!
Cheiro a batatas assadas, salada bem temperada de fio de azeite grosso, amarelo.
Cheiro a lareira acesa e a bola de azeite, peganhenta, deliciosa.
“Para a mesa Meninos, para a mesa!”
Cheiros da minha infância. Tão perto .. tão longe.
Escrito por Catarina Price Galvão, do blogue Once
Se acha este texto o melhor, vote nele na barra lateral do dia 28 a 31. Entretanto, aproveite para comentar aqui. Quem sabe, é seleccionado para melhor comentário!
OS ALICIANTES PRÉMIOS DA BLOGAGEM DE OUTUBRO
Agradecemos desde já a todos os que aceitaram o nosso convite para participar, dando um pouco de si e do seu tempo. Esperamos que todos os que por aqui passam, façam bom proveito dos textos e no final, se dirijam às suas cozinhas para experimentar novidades...
Tal como prometido, a Blogagem de Outubro também tem prémios apetitosos para oferecer:

Prémio Melhor Texto: **
· 1 Refeição para duas pessoas no Restaurante Torre Di Pizza

· 1 Refeição para duas pessoas no Restaurante Greens

· 1 Refeição para duas pessoas no Restaurante Chef China
Estes estabelecimentos situam-se na bela cidade de Viseu. Desse modo, pudera usufruir de uma óptima refeição e ainda descobrir os recantos por onde Viriato andou.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
AGENDA DA BLOGAGEM DE OUTUBRO
Ansiosos? Amanhã é o dia B: Blogagem de Outubro. Vamos poder comer com os olhos e descobrir todos os segredos culinários dentro e fora de Portugal. Este tema tem dois propósitos: comemorar o Dia Mundial da Alimentação (16 de Outubro) e mostrar o melhor da cozinha tradicional e da gastronomia local. Pois, é um facto que a alimentação mediterrânica, a nossa, é das mais saudáveis do Mundo. O sábio conselho é comer correctamente. Quando nos deparamos com pratos mais fartos, o truque é comer com moderação.
Atenção! Não se esqueçam de que as regras mudaram: os textos vão ser postados por ordem de chegada. A postagem será feita em grupos de 2 para dar maior visibilidade aos vossos textos e permitir uma leitura calma e aprofundada a todos os bloguistas. Relembramos que comentar também pode dar prémio. De 28 a 31 de Outubro, decorre a votação. Comente e Vote! Isto promete ser renhido!!! A agenda da Aldeia é a seguinte:
10 De Outubro
Catarina Price Galvão
Dina (texto 1)
12 De Outubro
Dina (texto 2)
Henrique Antunes Ferreira
14 De Outubro
Manuela Cardoso
António Regly
16 De Outubro
Júlia
Artur Monteiro Couto
18 De Outubro
Acácio Moreira
Alcinda Leal
20 De Outubro
Pascoalita
Fernanda Ferreira
22 De Outubro
João Celorico
Cusca Endiabrada
24 De Outubro
Joana
Sandra Andrade
Duas Notas de Extrema Importância:
1 - Tenham a amabilidade de colocar o Selo da Blogagem de Outubro nos vossos blogues com o respectivo link da Aldeia. Assim, os vossos amigos poderão ver, comentar e votar nos vossos textos. Cuidado! Desta vez, teremos em conta não só a qualidade dos comentários, mas também a quantidade.
2 – Prepare-se amanhã serão anunciados os prémios!
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Um dia muito bem passado na aldeia da Cabeça (parte 3)
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Um dia muito bem passado na aldeia da Cabeça (parte 2)
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Um dia muito bem passado na aldeia da Cabeça (parte 1)
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
E a decisão do júri é...

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29 de Setembro de 2009 13:09
Preparem um cálice de vinho do Porto, sentem-se no jardim ou perto da lareira. Gostam do cenário? Fechem os olhos, relaxem… Muito bem, agora cá vai o meu "discurso presidencial". Pois, fui encarregada do dever de anunciar o Vencedor.
Antes de mais, agradecemos a todos pelas vossas participações, sejam elas nos comentários, no envio de textos, etc.… Esta blogagem foi renhida e como não podia deixar de ser, a decisão final foi um "osso duro de roer".