Se as paisagens e a amabilidade dos alentejanos são um atractivo...a boa comida é aquilo que acaba por ficar na memória de todos.
Acreditam que os sabores da comida são diferentes quando os saboreamos no Alentejo? Ou talvez seja apenas a saudade...que me cria ilusões...
Bacalhau Dourado,Azeitonas d'Elvas, Sericaia, Ameixas d'Elvas, Nógados, Migas com Entrecosto, Cozido de Grão, Queijadas, Enxovalhadas, são apenas algumas das muitas especialidades que podemos encontrar na minha terra.
A gastronomia alentejana é rica em sabores.
A escassez aguça o engenho e as gentes do Alentejo compensaram em sabor o que faltava em abundância.
Alhos, coentros e sal
Também se faz com poejo
Este comer que afinal
Nasceu no nosso Alentejo
Depois do alhos pisados
E com a água a ferver
Corta-se o pão aos bocados
Está pronto, vamos comer
É assim a açorda alentejana, fácil de fazer e tão saborosa!
Pode ser acompanhada por um ovo escalfado, umas sardinhas assadas, bacalhau ou como nos tempos dos meus pais e avós...com o que houver à mão, muitas vezes um pedaço de toucinho crú.
A Pousada de Santa Luzia em Elvas é a mais antiga de Portugal e conhecida além fronteiras, entre outras coisas pelo Bacalhau Dourado.
Com este prato Elvas quer entrar no Guiness como podem comprovar aqui.
Escrito por Dina, do blogue Receitas da Dina
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Que foto! Que receita, Dina!
ResponderEliminarQue não se pode botar defeito
Iniciaste otimamente a blogagem menina
Com este prato bem feito
Pelo visto em Portugal
Até para a comida se faz versos
Assim ninguém passa mal
Come-se bem de lamber os beiços
Bacalhau, meu predileto
Azeitonas o meu fraco
Meu almoço está completo
Dê-se nome a este prato
Como se come bem no Alentejo!
Sericaia, enxovalhadas e nógados
Tem outros tantos e até queijos
De muito bom gostos e variados
Vou saindo de fininho
Pois só de olhar dá pra engordar
Tenho que ir devagarinho
Preciso manter o meu pesinho
Para outras boas receitas aguardar
Parabéns pela abertura
Minha nova amiga Dina
Esta blogagem está uma gostosura
Coisa de gente grã-fina
Muito bem, Dina! Que grande início de postagem com a nossa bela açorda! Onde se demonstra que a cozinha alentejana pode ser simples e muito saborosa.
ResponderEliminarConfesso que não aprecio a de poejo (gosto de poejos mas para temperar pratos peixe), mas a de coentros é do melhor que se pode comer. Só se esqueceu do azeite...
Beijinhos e parabéns
Júlia
Menina,
ResponderEliminarFizeste-me regressar aos meus 15 anos, a Almodôvar, onde aprendi a fazer o prato mais simpes e gostoso que tantas vezes preparei e servi ao padrinho, o grande Mestre da Pintura, Severo Portela junior que amei de todo o meu coração e de quem tenho saudades.
Parabéns pelo texto e pela receita
Um beijo
António, quem me dera ter o dom da poesia para assim poder responder de forma tão bonita.
ResponderEliminarJúlia...eu gosto de açorda de todas as maneiras, logo eu que nem sou grande apreciadora de sopas de pão, na realidade aí não aparece o azeite mas como digo no texto dois, sim que escrevi uma tão grande que tive que tive que o dividir em dois, no me blogue de receitas estão lá todas explicadinhas!!
Ainda a propósito de açorda, tenho uma história deliciosa já com uns bons 24 anos:
Estava doente e a minha filha mais nova era ainda muito pequena e por isso estava em casa. A mais velha foi para o infantário mas a mais nova precisava almoçar e eu estava mesmo imprópria para qualquer coisa. Felizmente tinha amigas que eram vizinhas e mandei a minha filha pedir a uma delas, que vivia ao lado, para lhe dar almoço.
Ela foi e quando lhe abriram a porta ela disse:
Cieste (Celeste) a minha mãe disse para me dares açorda!!
A Celeste achou-lhe tanta graça que foi mesmo fazer açorda para lhe dar.
Acham que em casa ela adorava açorda?? Não, ela gostava era da açorda da Celeste porque tinha o caldo diferente, não era apenas água quente, a minha amiga Celeste desfazia uma gema com os coentros e o azeite antes de lhe deitar a água a ferver e o caldo ficava diferente e a minha menina, então com 2 anitos adorava a açorda da Cieste!
Pascoalita, normalmente as coisas mais simples são mesmo as melhores.
ResponderEliminarRepara que no Alentejo a gastronomia é simples mas muito rica em sabores, as casas típicas eram simples mas feitas para proporcionar aos seus habitantes frescura no Verão e calor no Inverno...a sabedoria não requer complicações antes o contrário.
Ai Dina que me apetecia uma açorda para o jantar...
ResponderEliminarVerdade gosto tanto de açorda. E que belo aspecto esta tem.
Um abraço
Olá!
ResponderEliminarHum,Dina,adoro açorda.Dessa nao provei ainda,mas nos meus anos fiz questão e comi uma de marisco.Só me gozavam a perguntar se o papo seco molhado estava bom.nao me importei,pois comi o tacho quase todo :)
Agora vou dar uma olhada no cabrito da Catarina.Entrada:Açorda.Prato:Cabrito.Parece-me muito bem :)
Jocas gordas,
Lena
Amiga Dina,
ResponderEliminarRealmente entraste muito bem, com uma receita tipicamente alentejana e que deixa água na boca.
Aqui pelo Minho é raríssimo encontar quem faça uma boa açorda, eu como sempre que vou a caminho do Algarve.
Da próxina vez vou fazer um desvio para ir comer a tua, posso???
Fazem uma de bacalhau deliciosa em Grândola.
Parabéns pelo teu texto, está perfeito, e a imagem escolhida não podia ser melhor.
Boa sorte!
Beijinhos da amiga
Ná
Olá! Dina
ResponderEliminarNão sendo eu alentejano, sou um grande fâ da gastronomia alentejana, Sendo que aminha vida profissional, levou-me muitas vezes ao Alentejo, região que conheço muito bem e onde me desloco algumas vezes,para me poder deliciar com um verdadeiro ensopado de borrego,após uma entrada de uma deliciosa açorda, seja ela de bacahlau, ou com um pedacinho daquele tão saboroso toucinho,só de falar em açorda jã estou a ficar com fome.
bom gosto na escolha da receita, com um texto bem interessante.
Parabens
um abraço
Acácio
Olá Dina
ResponderEliminarAdoro comida alentejana. Tomei-lhe o gosto em Estremoz, tinha eu 21 anos. Estive lá na tropa durante 6 meses. Que saudades da açorda, dos ensopados, das migas! E que dizer da tomatada de peru? O proprietário dum café, em Casas Novas, perto de Borba, caldeirava-o só por encomenda! A carne ficava divinal, afogada num mar de tomate vermelhão! Para beber, vinho de Borba! A comida alentejana é simples de confeccionar, tem ingredientes económicos e muitas ervas aromáticas.
A Dina brindou-nos com um texto muito bem estruturado, sintético e objectivo. Em breves palavras serviu-nos uma açorda alentejana com todos os matadores. Nem esqueceu o acompanhamento! Fê-lo em prosa e em verso. Como ela brinca! Publicitou depois uma estalagem, falou dum fabuloso bacalhau dourado e...zás, um link muito oportuno para o video com a sua confecção, rumo ao Guiness!
Parabéns.
Isto é que vai uma açorda
ResponderEliminardisse o meu tio manel
levas já com a vassoura
se me tocas no farnel!
A cusca só queria olhar
e sentir aquele cheirinho
que a Bia do Baltazar
fazia tão bem feitinho
Serão migas? ensopado?
Entrecosto? Cacholeira?
quero já o meu bocado
grita a catraia sem peia
E quando chegou a hora
nem um minutinho antes
o ti manel abre a sacola
sai 2 casqueiros gigantes!!!
Ola Dina, gostei do teu texto, simples mas cheio de amor pelo Alentejo, eu também gosto muito do Alentejo.
ResponderEliminarAçorda já não sou muito apreciadora, mas como se for preciso.
Beijinhos e bos sorte com o texto 5 estrelas.
Manuela
Meus amigos muito obrigado e esperem que ainda temos o 2º prato e a sobremesa no 2º texto!!
ResponderEliminarÉ uma ementa completa...e tantos e tantos pratos da gastronomia do meu Alentejo que ficaram por referir mas espero que alguns desses sejam referidos pela amiga Júlia.
Ai essa açorda...dá vontade ir ao alentejo saborear esse prato...e com um ovo por cima até o meu Miguelito comeria até à última gota!
ResponderEliminarBjs para ti, Dina!
Dina a açorda alentejana povoa a minha memória de sabores de tal maneira que só lá me sabem bem! Pudera onde encontrar pão como aquele!
ResponderEliminarEu sou de Beja e há diferenças gastronómicas no nosso Alentejo, mas a açorda é comum a toda aquela imensidão geográfica!
Gostei do texto e da foto.
Parabéns
Alcinda
Cara Dina!
ResponderEliminarDepois de um opulento cozido à Portuguesa, mais uma deliciosa caldeirada de enguias, e ainda um belo naco de cabrito assado, confesso que me sinto com vontade de provar algo mais leve, mais singelo, e a açorda que escolheu vem mesmo a calhar: tem um aspecto tentador - a imagem está aí para o atestar -, e condimentada por tão bonita poesia certamente que saberá ainda melhor do que aquilo a que já estamos habituados. Não que seja do Alentejo, nem de lá perto, mas com bons amigos que lá foram criados - mestres na arte de bem receber - de quando em vez lá somos presenteados com com a saborosa cozinha alentejana, que sempre nos delicia.
Bonita apresentação; parabéns!
Um abraço.
Vitor Chuva
Ora aqui está uns petiscos que muitos não sabem saborear.
ResponderEliminarNão sou Alentejano, VIVI no Alentejo 1 (Um dia), não estou a brincar, 1 dia, com casa, mobília e tudo. "Em Ponte de Sor". Foi uma das grandes aventuras da minha vida, mas gosto da comida Alentejana. Delicioso Bacalhau Dourado, que faziam na Quinta das Águias em Elvas, antes do dono cegar, as ameixas, que sempre que as comia, corria valado acima, para me sentir mais seguro. O Toucinho!!! Alto, assado, brito, cozido, tenho água a correr da boca...
Um abraço
Dina,
ResponderEliminarAdorei! Já votei e só não comi porque... tu sabes!
É claro que a tua opinião sobre manjares alentejanos é suspeitíssima, mas e eu? Não tenho nem uma costela dessa pronvíncia do nosso Portugal, antes pelo contrário sou quase da sua oposta - Trás-os-Montes - e gosto, porque gosto, da gastronomia alentejana.
Também não estou a comentar para o prémio porque, depois de ver o comentário do António, quem poderá fazer-lhe concorrência?
Mas como vês disse que vinha ler-te na Aldeia e cá vim numa data em que estás furibunda (será que se usa esta palavra no teu Alentejo?) porque estás sem internet por lapsos alheios.
Um abraço Transmontano para uma Alentejana de gema. Boa sorte!