quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O CARNAVAL E AS SUAS TRADIÇÕES


Adivinhem lá qual vai ser o disfarce da Aldeia este ano? Hum…não podemos revelar antecipadamente… Foliões, já estão preparados? Aqui, também iremos ter um desfile. No dia 10, teremos o cortejo de textos da Blogagem de Fevereiro. Tudo cheio de cor e folia, música e alegria. A diversão está prometida. O Entrudo anda escondido. Vamos sambar, vamos dançar o Vira. Ninguém levará a mal, pois é Carnaval!

Apesar de não ser grande apreciadora do Carnaval, decidi investigar os seus segredos. Sabiam que este período de festas era marcado pelo "adeus à carne", daí o nome "Carnaval". E nesse momento, juntavam-se vários festejos populares. Cada cidade tinha costumes e brincadeiras diferentes. No entanto, o Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, resulta do século XIX, através da sociedade vitoriana. E mais, fiquei espantada quando li que a cidade de Paris “foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo” e que cidades como Nice, Nova Orléans, Toronto e Rio de Janeiro nela se inspiraram. Actualmente, nada resta disso na capital francesa. E nas vossas cidades, vilas e aldeias? O que subsiste da quadra carnavalesca? Vamos fazer do Desfile da Aldeia, o maior do Mundo! De pluma na mão, venham daí mascarados para a melhor Parada de histórias e contos de “Carnaval e as suas tradições”!

Recordo: o texto tem um limite de 25 linhas e deve ser acompanhado de foto, título e link do respectivo blog. Pode sempre incluir um vídeo no lugar da foto ou dar o link do mesmo. Não se esqueça de enviar tudo direitinho para o mail aminhaldeia@sapo.pt até dia 8 de Fevereiro!
*
Entretanto, aproveite para comentar os textos da Blogagem de Janeiro e neles votar. Pois, estamos ansiosas por descobrir os nomes dos 3 felizardos que irão pernoitar no Hotel Mira Serra e degustar um óptimo pequeno-almoço com vista para a Serra da Estrela!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

AS JANEIRAS DOS “BAZÓFIAS”




Vale de Azares, 1 de Janeiro de 2010. Já o sol ia alto e mais uma vez a aldeia entra em festa para o novo ano! O estandarte abre caminho - Alto! Que lá vem a nossa banda de música - diz quem passa. As tubas definem o alinhamento das filas marchando, os bombardinos com um timbre maravilhoso completam a harmonia enquanto os trombones marcam a contratempo. Atrás, o coro, também ele constituído por membros da Banda Filarmónica, iam andando.

As pessoas aplaudiram, deitaram flores das janelas e deram-nos momentos fantásticos. a todas as casas que íamos, o coro passava para a dianteira da banda e cantavamse as janeiras e em todas as casas fomos bem recebidos. Os senhores iam à adega buscar um "tintinho" ou uma "aguinha ardente", as senhoras traziam filhós e rissóis enquanto que o cheiro a lenha queimada que ainda permanecia da fogueira de Natal nos trazia as lembranças da semana anterior. Outros preferiam dar dinheiro para a Associação o que também dá para aliviar as despesas.

São mais de 200 anos ao serviço da música e da cultura honrando o povo e a freguesia de Vale de Azares é assim que se pode definir aquela que é a única banda do concelho de Celorico da Beira, a Banda Filarmónica da Associação Juvenil "Os Bazófias" de Vale de Azares que todos os anos, assim como este, sai à rua para cantar as janeiras e desejar um bom ano ao seu povo. Na nossa associação só "trabalhamos" com um fim: o de divulgar a música fazendo o que mais gostamos e as janeiras não são excepção.

Escrito por Carla Santos, do blog Banda Filarmónica “Os Bazófias” de Vale de Azares e membro da Banda

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domingo, 24 de janeiro de 2010

PÁROCO DA ALDEIA, AS ABÓBORAS E O PORCO


(Imagem tirada da Internet)

Eu nunca fui boa peça e, desde muito cedo gostei de fazer brincadeiras, embora algumas para certas pessoas fossem de mau gosto.

Certo dia, eu e um grupinho da minha idade, passamos junto à casa do pároco da aldeia. Isto já lá vão muitos anos e, verificamos que sobre a casa do pároco existiam muitas abóboras. Certa ocasião perguntámos ao pároco, porque tinha tantas abóboras e, nós não tínhamos nenhumas. Estávamos em pleno tempo de miséria, pois isto reporta-se aos anos 40 princípios de 50. A fome grassava, havia senhas de racionamento, enfim fome é que não faltava. O pároco todo solícito, respondeu-nos que as ditas abóboras eram para alimentar o porco que estava a criar para ser morto no Natal. Muito bem, pensamos nós, daí resolvemos dar uma pequena lição ao pároco. Certa noite, aproveitando a escuridão reunimo-nos em grupo daqueles que não faziam mal a quem quer que fosse e, dirigimo-nos a casa do pároco, resgatamos todas as abóboras, levando também o porco. Manhã cedo o pároco levantou-se para dar umas abóboras ao porco, mas qual porco qual abóboras? Tudo tinha desaparecido num ápice. Todo o mundo procurou o porco, mas nada. Até que se chegou ao Natal. Todos nós contribuímos para tratar do referido bicho. Estava mesmo gordo, um de nós foi convidar o pároco para a matança. O porco comia de tudo, mas abóboras não gostava...Todos nós sabíamos que se fossemos descobertos, passaríamos um mau bocado. Preparamos o porco, fizemos o que toda a gente fazia numa matança, comemos e bebemos (vinho trazido pelo pároco). O referido pároco nunca tinha sido convidado para uma matança, mas lá acedeu e, toca a entrar na festa. Não sei o que me deu na cabeça, depois de bem comido e bebido volto-me para um comparsa que estava junto do reverendo, perguntei-lhe: Olha lá , não achas que este porco sabe a padre? O Pároco, olha para mim de soslaio e, responde-me como quem não quer a coisa; olha menino, padre sou eu, mas não cheiro pior do que tu. Gargalhada geral, pois acabamos por confessar que quem tinha retirado o porco e as abóboras tínhamos sido nós. Claro que tivemos que tratar do porco alguns meses até chegar ao Natal. O certo é que o porco foi dividido por todos os intervenientes tendo um final feliz. Feliz para nós que comemos do porco e as abóboras. Feliz para o pároco que entendeu que os bens em tempo de crise deveriam ser divididos por todos.

Escrito por João Sousa.
 
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

AS JANEIRAS EM ALMEIDA



“Vamos todos juntos,
Todos reunidos
Dar as Boas Festas
Aos nossos amigos”

Almeida, vila única em Portugal, diferente também nas tradições. Em Almeida, não se cantam as Janeiras… antes do Natal, e durante um par de semanas, os elementos, cerca de quarenta, do Coro Etnográfico de Almeida, visitam todas as casas da freguesia e oferecem a quem lhes abre a porta, as “Festinhas do Natal”.

“Boas Festas, Boas Festas
Tenha a vossa senhoria
E Boas entradas de ano
Com prazer e alegria”

O Sr. Basílio encarrega-se do bandolim, o Sr. Ramalhete toca o acordeão, a Sr.ª Maria e eu abanamos as pandeiretas, o menino Toninho (menino de quase 80 anos) tilinta os ferrinhos e o Zé Fernando bate com força no bombo…. E todos juntos sempre sob a batuta do nosso maestro Paulinho cantarolamos alegremente as Festinhas do Natal, sempre com muito frio, ora debaixo de chuva, ora salpicados de branco da neve, acautelados com gorros, luvas, cachecóis e afins…. Mas permanentemente com boa disposição para partilhar com quem nos espera atrás da porta, sentado no quentinho do lume a arder.

“ Inda agora aqui cheguei
Já pus o pé na escada
Logo meu coração disse
Que aqui mora gente honrada”

“Tome lá menina, é o que tenho, dinheiro não posso dar”, “Olha que já levam a bolsa pesada….”, “Eu só cá tenho uns figuinhos... mas bebam uma ginginha caseira, logo aquecem a garganta!” E por hoje já chega que os instrumentos já pesam e as senhoras batem os dentes com tanto frio. “Até amanhã, a ver se o são Pedro é mais amigo da gente”.

“São festinhas de Natal
São festinhas de alegria
Que as manda o Rei do Céu
Filho da Virgem Maria

Na noite seguinte encontramo-nos num café para avançarmos mais uma rua todos juntos e logo aí fazemos o aquecimento vocal cantando para os donos e clientes presentes. “Falta a dona Adelaide” “É capaz de não vir, ontem já estava constipada”. Na primeira casa do segundo dia é sempre a mesma a saudação inicial, mal os primeiros acordes são tocados e as primeiras sílabas trauteadas, abre-se a porta, como que se já estivessem esperando em jubilosa esperança e: “ah, eu já sabia que aí andavam, já me tinha dito fulana tal que já tinham ido à casa dela. Tomem lá uma notinha, que é para não irem já carregados. (...)

Escrito por Ana Paula Simões Ferreira, do blog A Vida é Bela...em Almeida
O final do texto encontra-se no respectivo blog.

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VAMOS CO/ANTAR AS JO/ANEIRAS!!!



(Imagem retirada da Internet)

Tinha prometido não participar na blogagem deste mês mas, a pedido de várias famílias, das quais não digo o nome, por ainda estar em segredo de justiça, e aproveitando o indulto dado pela Presidência da Aldeia, prorrogando o prazo, aqui estou eu, para o melhor e para o pior! Como em muitos outros, também não sou especialmente versado no tema das Janeiras. Serão cantadas, principalmente nas Beiras e norte do país, do Natal até ao dia de Reis. Grupos de amigos, folgazões, vão de porta em porta tocando e cantando versos cujo maior interesse é o de obter das pessoa a quem os dedicam a benesse de algo para comer ou beber. Os versos serão de agradecimento e louvor a quem abrir os "cordões à bolsa" e de zombaria a quem for "unhas de fome". Nada de novo, pois sempre foi e há-de ser assim! Também não vou pedir a chouriça a ninguém, era o que faltava, a rima também ia ser difícil e há que manter o nível de decência cá da Aldeia. Apenas vou pedir uma certa garrafinha que por ser do Sobral, não sobrou nada! Assim, vou contar as Joaneiras (em vez das Janeiras). Pensei acompanhá-las com música do Vivaldi (As quatro estações) mas, como o Inverno está rigoroso, ponham-lhe música do Quim Barreiros ou do Zé Cabra e divirtam-se, se conseguirem!

Boas festas, boas festas,
eu as venho aqui deixar.
Boas festas, boas festas,
a quem as queira apanhar!
Esta Aldeia é das finas
e nela nada se enleia,
boas festas às meninas
mais bonitas da Aldeia!

Boas festas, boas festas,
é o meu desejo, pessoal!
Tenham tido boas festas,
e um Santo e Feliz Natal!
Boas festas, boas festas,
boas festas meu bom povo.
Tenham tido boas festas,
e também um Bom Ano Novo

Boas festas, boas festas
mas, triste sina a minha!
Poderei ter boas festas?
Onde estará a garrafinha?
Boas festas, boas festas,
com uva branca ou tinta.
Essa garrafa, boas festas!
Nunca mais sai da Quinta!

Boas festas, boas festas,
é o meu desejo nesta hora
pois mesmo sem boas festas,
o Barão, já se foi embora!
Boas festas, boas festas,
e ainda não estou zangado.
Boas festas, boas festas,
estou é algo “entornado”!

Boas festas, boas festas,
era o que eu mais queria.
Que tivessem, boas festas,
e um Ano cheio de alegria!
Ouça bem, ó minha vizinha,
agora é que já não imploro!
Se não vier a garrafinha,
juro, juro, que até choro!

Mas se a garrafa chegar
e aparecer nalgum dia,
eu juro que vou chorar.
Chorar, mas de alegria!

Escrito por João Celorico, do blog Salvaterra e Eu
 
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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

CANTAR AS JANEIRAS POR ESSES CONDOMÍNIOS ADENTRO




Tenho que confessar que não há em mim um único osso, músculo ou célula… que me faça não gostar do Natal, das suas envolvências e arredores. Gosto de luzes brilhantes tanto como qualquer invisual; admiro a falsidade de muita gente que se declara solidária apenas na 2ª quinzena do décimo-segundo mês de cada ano; gosto de oferecer peúgas e bibelots inúteis, tanto como qualquer mortal possa gostar e gosto de os receber; gosto de repetir a mesma música irritante durante dias a fio, apenas porque a ouvi numa rua qualquer de qualquer cidade ou vila. Repetida até ao “desespero dos simples”, através de colunas ”fanhosas” colocadas no alto de candeeiros ou em lojas do pequeno comércio que ainda usam “leitores de cartuchos” como aparelhagem e caixas registadoras com manivelas.


Gosto de cantar e canto o melhor que posso num Grupo Coral em que admiro a toda a gente a dedicação enorme e as vozes (todas elas bem melhores do que a minha). Mas a minha experiência com cantorias de “Janeiras” é limitada. Tão limitada que apenas uma única vez participei num tão arriscado evento.
Na freguesia/paróquia onde vivia, o Presidente da Junta, à falta de ideias melhores, decidiu (literalmente) cravar uma série de voluntários para retomar a antiga tradição das “Janeiras” que nunca existira naquela localidade.

De salientar que aquele de todos nós melhor voz apresentava era o Ferreira, mecânico-auto prendado que tocara Tuba numa banda filarmónica da sua terra e que não lia uma nota de pauta melhor do que uma frase com mais que três palavras.
Havia a Tininha, uma empenhada catequista solteiríssima (por razões óbvias à vista e ao ouvido) que não perdia uma ocasião para esganiçar a voz na missa dominical e não entendia mais de música do que “pedir discos” na rádio local.
O Senhor Cabral, capitão reformado que em vez de cantar gritava ordens em forma de palavras com música de fundo mas que tocava acordeão como podia e era abstémio militante.
Depois e sem ensaio algum havia também mais cinco homens, a quem não conheci por se terem embebedado nas duas primeiras casas que nos abriram as portas e nos ofereceram Vinho do Porto. E duas beatas de ocasião que chegaram com adufes nas mãos e as mãos neles.

Chovia que “Deus a dava” e lá fomos todos com uma Tuba, um acordeão, adufes, ferrinhos e fotocópias ensopadas na mão. (…)

Escrito por Rui Veleda, do blog In-Provável
Veja o final da história no respectivo blog.

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AS JANEIRAS NO MINHO LITORAL



- Cantar as Janeiras? O que é isso?

Assim reagiram os meus alunos quando lhes perguntei se iam cantar as Janeiras. Aqui, no Minho Litoral, as tradições já não são o que eram. Se queremos reviver sensações de tempos que já lá vão, temos de nos meter a caminho e procurar uma aldeia ou vila do interior de Portugal. Por aqui adopta-se tudo o que vem de fora, tudo o que se passa na cidade grande. As tradições das gerações passadas são ignoradas e desprezadas. “Fixe” mesmo, é festejar o Halloween!

- Vamos almoçar um arroz “pica no chão”?
- O quê? Frango caseiro com sangue? Isso nem pensar! Vamos comer uma pizza.
- Vai um cálice de Vinho do Porto?
- Vinho do Porto? Não há whisky ou vodka para fazer um shot?

Eu sei que os meus progenitores também se lamentavam pelas opções que eu e os meus irmãos íamos fazendo. Eu sei disso, e tento lembrar-me disso, quando me transponho para a geração de agora e esta sensação de perda de identidade se abate sobre mim. Porém, penso que a dimensão do afastamento é bem mais alargada.

Por mais que lhes fale da alegria, da festa associada às Janeiras, a mensagem não passa!
Eles não se organizam. Não saltam para a rua.
Que não sabem cantar. Que têm vergonha. Que não tem jeito nenhum, isso de juntar um grupo de amigos e ir cantar para a porta de vizinhos e conhecidos. Assim argumentam!

- Bacalhau cozido?
- Um copo de vinho?
- Uma fatia de bolo-rei?
- Oh professora, pelo amor de Deus. Eu vou ao Mc comer um hambúrguer, beber uma cola e rematar com um Sundae!
- Cantar as Janeiras?
- Está bem, está bem! Só se for de manhãzinha quando regressar da Disco!!!!!!!!!!!!!!!!

Escrito por CarpedieMaria

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

AS MINHAS JANEIRAS COM BOLO-REI…




(Imagem da Internet)

Na cidade onde nasci, não havia essa tradição, por isso nunca participei num grupo de cantares de Janeiras. A minha voz também espanta mais do que encanta. Ehehe… Quando me mudei para o Interior de Portugal, deparei-me com grupos a cantarem de porta em porta e a darem as Boas Vindas ao Ano. Achei muito bonito e desde então, faço sempre questão de ir até a minha porta ouvi-los.

Este ano, já passaram pela minha casa 3 grupos: um de rapazes, um misto de senhores e senhoras de todas as idades com guitarras e acordeões, e o último com 3 rapazes e 3 raparigas entre os 16-18 anos com uma viola portuguesa. Uns tocam a campainha e começam, outros apenas encetam o canto e o tocar, aguardando pela nossa presença no exterior. Depois, há sempre um tempinho para dois dedos de conversa…
Para essas ocasiões, faço como na Páscoa, tenho sempre na mesa: bolo-rei, chocolates e enchidos para oferecer. Claro, um cálice de licor ou de água-pé também não falta. Pois com o cair da noite, mesmo com gorros, luvas e cachecóis de lã, nem sempre se conseguem aquecer… É assim que recebo esse bonito costume que perdura no meu bairro.

A tradição do bolo-rei mantém-se, acrescido do bolo rainha. Como iria reinar um Rei sem companhia, não é verdade? Este ano, vamos lá ver a quem vai calhar o brinde e a fava… Uma dica: sabem que o Bolo-Rei é uma delícia torrado com um pouco de manteiga? Experimentem!

Escrito por Deolinda Viana

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AS JANEIRINHAS


Associo a prática de cantar as janeiras ou "janeirinhas", como se dizia na minha aldeia beirã, a um passado longínquo já quase esfumado na memória, uma vez que em Lisboa onde cheguei, ainda menina, no fim dos anos 60, e morei desde então, não se usava a tradição.
No meio rural, longe da civilização, onde os brinquedos eram raros, o entretenimento passava muito pela imaginação e criatividade das crianças.
Motivava-nos bem mais o prazer de competição entre grupos, ou o simples gozo de ver as críticas e reacções negativas de alguns habitantes do que esperança de sermos recompensados com uma côdea de pão ou um biscoito rijo.
Apesar do frio, saíamos de casa, enrolados no grosso cachecol de lã tricotado pela nossa mãe, mãos aconchegadas nas luvas e gorro enfiado na cabeça ficando apenas o nariz de fora, e calcorreávamos as ruas da aldeia nas frias manhãs de Janeiro, no dia 1 de Janeiro e no dia de Reis, cantarolando os tradicionais versos que iam passando de geração em geração:

Ainda agora aqui cheguei
Já pus o pé na escada
Já o meu coração disse
Aqui mora gente honrada

Levante-se lá Senhora
Do seu banco de cortiça
Venha-nos dar as janeiras
Ou morcela, ou chouriça

Pastores, pastores
Venham todos a Belém
Adorar o Deus menino
Que Nossa Senhora tem

Escrito por Pascoalita,

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sábado, 16 de janeiro de 2010

AS JANEIRAS DA MANUELA



Ainda agora aqui cheguei,
logo pus o pé na escada,
logo o meu coração disse,
Aqui mora gente Honrada.

Menina que está sentada,
num banquinho de cortiça,
Deia-nos lá as Janeiras,
ou morcela ou chouriça.

Refrão:
Cantemos todos,
Cantemos todos com alegria,
Adorar o Deus menino,
Filho da Virgem Maria.

Ora viva a Minha Aldeia,
Lindo blog de toda a gente,
Sempre faz muitos amigos,
Do Nascer até ao Poente.

Refrão......
A Helena e a Susana,
Fazem parte com alegria,
Desde o Brasil a Portugal,
Fica tudo em Sintonia.

Refrão...
E agora para acabar,
Estas quadras com alegria,
Boas festas meus amigos.
Até sempre ou qualquer dia

Escrito por Manuela Cardoso, do blog Simplesmente Manuela

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BOLO-REI E JANEIRAS




Nascida e criada em Lisboa e filha de pasteleiro, esta é uma época que me traz muitas recordações, pois na pastelaria do meu pai, nesta quadra, fazia-se muito bolo-rei.

Lembro-me de, passar serões a embrulhar brindes, que eram pequenos objectos metálicos que se enrolavam em pedacinhos de papel vegetal, para mais tarde serem colocados juntamente com a fava, na massa do bolo. Quando se partia o bolo-rei, as crianças tentavam espreitar todas as fatias, para ver se descobriam onde se encontrava o brinde. Já a fava ninguém a queria, pois aquele a quem ela saísse, teria que pagar o bolo-rei seguinte.

Muitas vezes, enquanto fazíamos este trabalho, os meus pais contavam-me os seus costumes de infância, durante esta época, onde nem sequer sonhavam com a existência deste bolo. Contavam eles que, era costume juntarem-se as crianças e percorrerem a aldeia, pedindo as Janeiras. Por vezes, juntavam-se jovens, alguns com a sua concertina, e lá iam de porta em porta, tocando e cantando alegremente.
Nessa altura, na povoação a vida era dura e de alguma pobreza. No entanto, os agricultores mais abastados, tinham nas suas terras algumas árvores de fruto e uma simples peça de fruta era muito bem recebida por qualquer jovem ou criança. Assim, eram as castanhas, nozes, laranjas, e às vezes um pão de trigo que faziam a alegria da miudagem. Tudo o que fosse diferente, do que se consumia no dia a dia, era sempre muito apreciado e dava-se muito mais valor às mais pequeninas coisas.
No final, dividiam-se os produtos recebidos pelos elementos do grupo, que os ingeriam como se de uma iguaria se tratasse.

E eu, que sempre fui muito interessada pelas vivências da aldeia natal dos meus pais, deliciava-me com os conhecimentos que eles me transmitiam e, quando dávamos conta já os brindes estavam embrulhados.

Estas são duas tradições que fazem parte do meu imaginário, ambas já extintas, o que me dá pena. Os brindes no bolo-rei foram proibidos e, na aldeia dos meus pais já não se pedem as Janeiras, pois a população está envelhecida.

Escrito por Lourdes Martinho, do blog O Açor

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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

VAMOS CANTAR AS JANEIRAS EM CORTECEGA


Rancho Folclórico de Cortecega

Janeiras são uma tradição muito antiga que vai passando de geração em geração. Na minha aldeia essa tradição manteve-se até há alguns anos atrás, mas em muitas aldeias de Portugal esta tradição está viva, felizmente!

Bem, vou contar como era no tempo em que vivia na aldeia onde nasci (Cortecega). Existia um grupo folclórico do qual eu fazia parte e por altura dos Reis lá ia-mos nós pedir as Janeiras. Na noite de Reis, formavam-se dois grupos de pessoas. Um grupo percorria as ruas da aldeia e o outro ia à povoação mais perto (neste caso a Cabreira) indo de casa em casa, cantando e tocando alguns instrumentos, como pandeireta, ferrinhos, tambor, concertina, desejando, assim, um bom ano aos seus vizinhos cantando quadras como estas.

Boas noites, meus senhores
Boas noites vimos dar
Vimos pedir as Janeiras
Se no-las quiserem dar
***
Aqui vimos, aqui vimos
Aqui vimos bem sabeis
Vimos dar as boas festas
E também cantar os Reis
Mas como a porta tarda em abrir-se…
Levante-se daí Senhora
Do seu banco de cortiça
Venha-nos dar as janeiras
Ou de carne ou de chouriça
***
Viva lá o Senhor António
Raminho de bem-querer
Traga lá a chave da adega
Venha-nos dar de beber
De uma maneira geral as gentes da casa acediam, e então tinham direito a agradecimento:
As janeiras que nos deram
Deus será o pagador
Queira Deus que para o ano
Nos faça o mesmo favor
Mas também podia acontecer “não haver nada para ninguém”. Então…
Cantemos e recontemos
Tornemos a recontar
Esta barba de farelos
Não tem nada para nos dar

Terminada a canção numa casa, esperava-se que os donos nos dessem as janeiras (castanhas, nozes, maçãs, batatas, carne de porco chouriço, morcela, porque tinha sido altura das “matanças”, etc.). Dinheiro não se dava, mas caso alguém o fizesse era para ajudar a comprar o que faltava paro o almoço de dia de Reis.
No dia de Reis o povo juntava-se no largo da aldeia. Preparava-se a lenha que tinha estado a arder no largo desde a noite de Natal, onde eram colocadas as panelas de ferros onde se cozia a batatas, a carne, as chouriças, dadas na noite anterior. Preparava-se as couves que ainda de noite tínhamos sido (desviadas da horta do vizinho) e em festa todos, bebiam e cantavam. No caso de alguém da terra não ter dado nada aquando do peditório, nós íamos ao galinheiro e (desviava-mos uma galinha), quem pagava as favas era a raposa, pois tinha sido ela que tinha ido a capoeira. A pessoa era convidada para a festa e só tempos mais tarde lhe era dito quem foi à capoeira (era uma risada).
Era uma confraternização que unia as pessoas e que hoje recordo com saudades. Muitas vezes são tema de conversa quando nos encontramos e revivemos o passado, principalmente no verão, altura de férias.

Escrito por Eugénia Santa Cruz, do blog Cortecega – Notícias da Minha Terra

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ASSIM ERAM AS JANEIRAS NA MINHA ALDEIA



Vídeo em homenagem ao Rancho Folclórico Serra do Ceira actuação na Festa dos Santos em Góis 01 de Novembro de 2009

Festejado o Natal e o nascimento de 2010, digerido o espumante, é tempo de fazer contas à vida, Levantar âncora e rumar para entrada no novo ano, com o cantar das janeiras.

As Janeiras são uma tradição muito antiga. Em muitas das nossas aldeias mantém-se bem viva esta tradição. Em especial nas Beiras e norte de Portugal vai passando de geração em geração, assim como o reportório musical que a esta quadra está associado.

Na minha aldeia forma-se um grupo de pessoas que tocando diversos instrumentos como a concertina, guitarra, ferrinhos, pandeireta, viola assim como outros inventados pelos próprios participantes, percorrem as ruas entoando cânticos associados às Janeiras.
Parando frente a cada porta de casa habitada. Convidando com os seus cantares o dono da casa a vir dar-lhe as Janeiras e desejando, assim um bom ano aos seus vizinhos. São normalmente convidados a entrar e são-lhes oferecidos algumas iguarias, como filhós, chouriço, morcela, toucinho, broa, castanhas, hortaliças e vinho, porque no final da caminhada à aldeia o conteúdo apurado durante o porta a porta, vai servir para a confecção de uma refeição tipo petiscada em que toda a gente pode participar. Continuando sempre com os seus cantares e danças tradicionais pela noite dentro.

É bom que se vão mantendo certas tradições. É uma forma de manter bem vivas as nossas aldeias, manter o convívio e a harmonia entre as pessoas que às vezes parece estar a morrer. De algum modo as Janeiras ou o cantar dos Reis permanece, não só na memória, mas também no quotidiano de muitos dos portugueses. È pena que cada vez há menos adeptos destas manifestações populares, o que também se deve à desertificação que se vai verificando cada vez mais nas nossas aldeias, em especial do nosso Portugal interior. Antigamente era também usual as crianças fazerem o seu pedido das Janeiras, Juntavam-se em grupos pequenos pela manhã bem cedo, com um saquito na mão e batiam de porta em porta esperando uma pequena dádiva como uns rebuçados, castanhas piladas, figos secos, uma fatia de bolo Rei, ou bolo escangalhado ou num grande dia de sorte uma tablete de chocolate.

Escrito por Acácio Moreira, do blog Carvalhal do Sapo

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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Olá Pessoal! No tempo em que eu e um grupinho de amigos (as), nos deslocávamos de porta em porta para cantar as Janeiras era assim:



1 - Inda agora aqui cheguei
Já tirei o meu chapéu
A senhora desta casa
Vai direitinha ao céu
2 - Feliz natal e ano novo
Nós aqui vimos a cantar
Somos os filhos do povo
Que aqui estamos a cantar
3 - Boas festas aleluia
Já nasceu o deus menino
Filho da Virgem Maria
Que vos guia todo o dia
4 - Arre burriquito vamos a Belém
Ver o Deus menino
Que a Virgem lá tem
Que a Virgem lá tem
Que a Virgem adora
Arre burriquito
Vamos nos embora

AS TRÊS MARIAS
Levantam-se as três Marias
Numa noite de luar
Á procura do menino
Não o puderam achar
Foram-no achar em Roma
Revestido no Altar
Estamos aqui a cantar
E sua bênção vos deixar
Vejam lá com Amor
Se alguma coisinha
Querem dar

1 - Levante-se lá minha senhora
Dessa cadeirinha de prata
Venha nos dar as janeiras
Que está um frio que mata
2 - Saia lá meu senhor
Dessa cadeirinha de cortiça
Venha nos dar as janeiras
Traga-nos pão ou chouriça

Se ninguém vinha à porta era assim: Trelinca o martelo e torna a trelincar; As barbas de farelo não têm de que nos dar; E então fugia-mos...

Veja aqui ou aqui as Janeiras acabadinhas de serem cantadas...

Escrito por Vítor Brito, do blog Vila Cova no seu Melhor

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CANTAR DAS JANEIRAS EM TRÁS-OS-MONTES


II
Quem diremos nós que viva,
Ora viva, viva quem?
Vivam os Senhores desta Casa
E mais quem lhes quiser bem.

III
'Inda agora cá chegámos,
E não queremos ficar mal:
Vivam os Senhores e os Filhos.
Vivam todos em geral.

IV
Se nos querem dar os Reis,
Não estejam a demorar:
Somos peregrinos de longe,
Temos muito para andar!...

Refrão

Somos de longe,
Do fim do Mundo;
Dai-nos bom vinho
E bom presunto.
Somos de longe,
De além Marão...
P'ra acompanhar,
Dai-nos bom pão.

Nota: No mundo rural transmontano, as Janeiras, propriamente ditas, surgem como nós poderíamos dizer, sorrindo, uma inovação burguesa... Basta analisar o sentido dos textos que vão ser transcritos na blogagem colectiva (Festa dos Reis que foram adorar o Menino).


Escrito por Artur Monteiro do Couto, do blog Beleza Serrana
com a coordenação de Marcelo Brandão e da Casa de Trás-Os-Montes e Alto Douro de Lisboa.

Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Janeiro. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!



domingo, 10 de janeiro de 2010

"CANTORIAS DA CUSCA"


Foi há muito, muito tempo...


Há tanto que já não sei se aconteceu mesmo neste planeta ou no Inferno, de onde uma bela manhã a Cusca endiabrada decidiu partir à descoberta de outros mundos...

As crianças tinham por hábito juntar-se no primeiro dia de Janeiro, fizesse sol ou caísse chuva, fizesse frio ou caísse neve e andar de porta em porta cantarolando versos previamente ensaiados e alusivos aos habitantes, sabendo que a recompensa tanto podia ser um biscoito duro como cornos, como uma penicada sobre a cabeça, dependendo mais do clima que reinasse no interior da habitação, do que dos dotes musicais dos pequenos cantores ou mesmo do conteúdo das quadras.

O avô avisava sempre: " - cuidado com a linguagem!" pelo que a primeira quadra era sempre inofensiva:

Esta casa é bem alta
Forradinha de cortiça
Venha-nos dar a janeira
Ou morcela, ou chouriça

Mas devido ao efeito do frio, ou simplesmente porque a Cusca era daquelas miúdas que já nascem endiabradas, passava logo à quadra seguinte:

Esta casa é bem alta
Forradinha de madeira
As pessoas que lá moram
Andam todas de caganeira!

E o facto foi de imediato confirmado... um janelo abriu-se e naquela manhã do 1º dia de Janeiro choveu penicada tal que os lindos caracóis da Cusquinha passaram de castanhos a loiros!!!

Moral da história: Há verdades que não se devem dizer, nem mesmo a cantar!!!

Escrito por Cusca Endiabrada,
 
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CANTA, A VER SE ME ALEGRAS...




Repórter: Ora então boa tarde, estamos aqui em directo do Grupo Recreativo de Ranholas, onde um grupo de populares se dedica a cantar não as Janeiras mas...

Presidente do GRR: ... as Fevereiras! Ah, pois é, que isso de cantar as Janeiras já está muito visto! E temos planos para o ano iniciarmos um grupo a cantar as Marceiras, logo que a Dona Engrácia fique melhor da sua gota, pois ela é danada para estas coisas!

Repórter: Mas não acha que isso é deturpar um bocadinho a tradição? Afinal as Janeiras são cantadas no início do ano para desejar boa sorte...

Presidente do GRR: Pois, mas o que na prática acontece é que a malta enfarda tanto nesta época que só em Fevereiro é que se começa realmente a mexer e a conseguir dizer duas palavras seguidas. Já para não falar que vivendo no país em que vivemos, convém desejar sorte todos os meses, não só no início!

Repórter: E sei que não gostam de receber Bolo-Rei...

Presidente do GRR: Pois claro que não, que eu saiba vivemos numa República. E a única coisa que aquilo tem de real é o brinde, a fazer lembrar a chumbada que o último rei levou! AHAHAHAHAHA! RONC!

Repórter: Então cantem lá um bocadinho...

Presidente do GRR: Rapaziada, e um, e dois, e três!

Vamos cantar as fevereiras
Vamos cantar as fevereiras
Por esses condomínios adentro vamos
Galar as raparigas solteiras

Vamos comer rabanadas
Vamos sorver bebidas destiladas
Por esses condomínios adentro vamos
Chatear as raparigas casadas

Escrito por Rafeiro Perfumado,

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sábado, 9 de janeiro de 2010

PASSE 6 MAGNÍFICAS NOITES NO HOTEL MIRA SERRA

Para começar o ano de 2010 da melhor forma, a Blogagem de Janeiro da Aldeia da Minha Vida dá-lhe a oportunidade de visitar a Serra da Estrela, com o patrocínio do Hotel Mira Serra. Por isso, temos o prazer de anunciar um dos melhores prémios de sempre: 6 Noites para duas pessoas (alojamento e pequeno-almoço incluído).


(Para Reservas, clique aqui)

• Para o Melhor Texto: 3 noites para duas pessoas
• Para o Melhor Comentário: 2 noites para duas pessoas
• Para o Melhor Bloguista: 1 noite para duas pessoas

Ao dar um passeio pelo sopé norte da Serra da Estrela, a Aldeia deparou-se com a opção certa para pernoitar: o Hotel Mira Serra. Esta unidade hoteleira permite-lhe uma visita memorável à uma região rica em paisagens naturais. Não podemos esquecer o seu património histórico, arquitectónico e cultural. Majestosos castelos, estradas romanas, igrejas e museus são alguns exemplos. Além disso, algumas das mais famosas Aldeias Históricas de Portugal estão ali bem pertinho. Sabem quais são?
Por todos estes motivos, o blog da Aldeia optou por lhe dar a conhecer este local seguro da Serra da Estrela, premiando os vencedores num total de “6 noites”.

Na bonita vila de Celorico da Beira, este empreendimento turístico garante-lhe um ambiente familiar com: 42 quartos com ar condicionado/aquecimento central, wc, TV, telefone directo e cofre, assim como uma suite com mini-bar, um restaurante de cozinha tradicional e bar.
Nada lhe faltará: sala de reuniões, sala de fumadores, salão de jogos, discoteca, serviço de lavandaria e de quartos, Internet wireless com computadores à disposição e espaço de estacionamento.
Para satisfazer o mais pequeno desejo, a recepção encontra-se aberta 24 horas.
Na periferia, além do Parque Natural da Serra da Estrela, poderá descobrir a cidade da Guarda, de Viseu, Trancoso, entre muitas outras.

Hotel Mira Serra, muito mais do que hotel, o seu amigo e conselheiro no “Portugal Profundo”!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

AGENDA DA BLOGAGEM DE JANEIRO



Sentadinhos no sofá, no quentinho da nossa casa, vemos a novela do horário nobre ou assistimos ao telejornal. De repente, uns acordes de guitarra portuguesa. Será também um acordeão? Um adufe? Vozes em uníssono ecoam pelas ruas. Parece que pararam aqui à porta. Saímos para enfrentar o frio da noite em homenagem ao grupo de cantares de Janeiras. Pois, ele mantém viva uma tradição portuguesa. Levamos iguarias para comerem e dividirem. E quem sabe um cálice de vinho do Porto para aquecerem corpo, alma e voz. Por fim, voltamos a correr para casa porque nos esquecemos de apresentar o anfitrião do banquete: o Bolo-Rei! Ei-lo: colorido e formoso, pronto a ser repartido. Vamos então compartilhar este momento tipicamente português na Blogagem de Janeiro da Aldeia!
***
10 de Janeiro
Rafeiro Perfumado
Cusca Endiabrada

12 de Janeiro
Artur Monteiro do Couto
Vítor Brito

14 de Janeiro
Acácio Moreira
Eugénia Santa Cruz

16 de Janeiro
Lourdes Martinho
Manuela Cardoso

18 de Janeiro
Pascoalita
Deolinda Viana
.
20 de Janeiro
CarpedieMaria
Rui Veleda
.
22 de Janeiro
João Celorico
Ana Paula Ferreira
.
24 de Janeiro
João Sousa
.
25 de Janeiro
Carla Santos
***
Feliz Ano Novo!!!

Nota Importante:
Tenham a amabilidade de colocar o Selo da Blogagem de Janeiro nos vossos blogues com o respectivo link da Aldeia. Assim, os vossos amigos poderão ver e comentar. Além da votação de 28 a 31 de Janeiro, a quantidade e qualidade de comentários também contam para a eleição do Melhor Texto. Não hesite, Comente!




segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

UM MUITO OBRIGADO DA ISABELA E DA ALDEIA



Em primeiro lugar, a Aldeia deseja a todos os bloguistas: um FELIZ ANO NOVO, cheio de Saúde, Paz e Alegria. Este mês de Dezembro foi recheado de novidades e passou por nós a toda a velocidade. Foi uma quadra encantada, na qual todos contribuíram com um brilho especial. A Isabela foi a Princesa, não só dos Motociclistas, como também da Aldeia em si. Tornou-se a menina da Aldeia e tem neste blog uma casa.

Ficamos gratos pela participação de todos na Blogagem de Dezembro, e sobretudo, na Campanha da Isabela. Os vossos comentários deram alento a esta causa e fizeram com que a empresa Olho de Turista contribuísse com a simbólica quantia de 5,49€. Ontem, dia de Reis, ouvimos a Isabela anunciar em directo na rádio Mangualde a quantia total de 314,26€.
Obrigado por ter investido tempo e dedicação nesta iniciativa!

Antes de darmos lugar a Blogagem de Janeiro, temos o prazer de divulgar o nome do vencedor de Melhor Texto da Blogagem de Dezembro. Como sabem, a votação foi simbólica. Mesmo assim, a adesão foi grandiosa: 86 votos! 26 apuraram o eleito. É com satisfação que distinguimos este novo habitante da Aldeia, falamos do: Rafeiro Perfumado!!! Parabéns!!! Veio encher a Aldeia com um aroma diferente e mostrar que até os "rafeiros" têm dotes escondidos, principalmente o da escrita.
Mais uma vez, obrigado a todos!

Espreitem o texto de apresentação da Blogagem de Janeiro. Já contamos com ilustres participantes…

P.S.: Ainda faltam 10.889, 88€ para a Isabela realizar o seu sonho. Quem a quiser ajudar, pode continuar a fazê-lo com donativos individuais. O número da conta permanece disponível na barra lateral.

CRISE EXISTENCIAL DO PAI NATAL



Na véspera de Ano Novo, recebemos um poema muito bonito. Apesar de já ter terminado a Blogagem de Dezembro, quisemos postar esta participação extra. A nossa querida bloguista Maria Letra escreveu-nos estas belissímas rimas para ajudar a causa da Isabela. Eis o seu poema fresquinho, escrito pela manhã do dia 30 de Dezembro:


Este ano, aquele Pai Natal, famoso por ser gordinho,
Corado, bonacheirão e muito rechonchudinho,
Entrou pela chaminé, num estado de fazer dó.
De barringuinha encolhida, não conseguiu descer só
E eu, que não acredito, em Pais Natal, vi, então,
Que se impunha, ir ajudá-lo, senão caía no chão.
Trazia dentro do saco, promessas, muitas promessas.
Estava muito cabisbaixo. Sabia que nas cabeças
De meio mundo, a sofrer, por tanta leviandade,
A que ele estava a assistir, na sua já longa idade,
Havia gente que ainda, esperava, apesar de tudo,
Que ele trouxesse no seu saco, algum presente graudo.
Perguntei-lhe. Porque sofres e estás tão magrito assim?
Respondeu-me: Porque tenho o meu reinado no fim.
Dantes, todos me esperavam o ano inteiro, pacientes,
Agora, que eu já estou pobre e tenho poucos presentes,
Ninguém quer saber de mim e já dizem que o Natal
Não tem Pai, nem nunca teve. Estou lixadinho, estou mal!
Eu não tive alternativa. Puxei o peito p'ra fora,
Dei-lhe o braço, ternamente e fomos dali embora
Conscientes, muito calmos, procurar um novo mundo,
Sem esta vil confusão e preconceitos de fundo,
Onde a Paz seja perfeita e este doce Pai Natal,
Viva só para a criança, rara Jóia Universal!

Escrito por Maria Letra, do blog Caminhos de Cristal