Na véspera de Ano Novo, recebemos um poema muito bonito. Apesar de já ter terminado a Blogagem de Dezembro, quisemos postar esta participação extra. A nossa querida bloguista Maria Letra escreveu-nos estas belissímas rimas para ajudar a causa da Isabela. Eis o seu poema fresquinho, escrito pela manhã do dia 30 de Dezembro:
Este ano, aquele Pai Natal, famoso por ser gordinho,
Corado, bonacheirão e muito rechonchudinho,
Entrou pela chaminé, num estado de fazer dó.
De barringuinha encolhida, não conseguiu descer só
E eu, que não acredito, em Pais Natal, vi, então,
Que se impunha, ir ajudá-lo, senão caía no chão.
Trazia dentro do saco, promessas, muitas promessas.
Estava muito cabisbaixo. Sabia que nas cabeças
De meio mundo, a sofrer, por tanta leviandade,
A que ele estava a assistir, na sua já longa idade,
Havia gente que ainda, esperava, apesar de tudo,
Que ele trouxesse no seu saco, algum presente graudo.
Perguntei-lhe. Porque sofres e estás tão magrito assim?
Perguntei-lhe. Porque sofres e estás tão magrito assim?
Respondeu-me: Porque tenho o meu reinado no fim.
Dantes, todos me esperavam o ano inteiro, pacientes,
Agora, que eu já estou pobre e tenho poucos presentes,
Ninguém quer saber de mim e já dizem que o Natal
Não tem Pai, nem nunca teve. Estou lixadinho, estou mal!
Eu não tive alternativa. Puxei o peito p'ra fora,
Dei-lhe o braço, ternamente e fomos dali embora
Conscientes, muito calmos, procurar um novo mundo,
Sem esta vil confusão e preconceitos de fundo,
Onde a Paz seja perfeita e este doce Pai Natal,
Viva só para a criança, rara Jóia Universal!
Escrito por Maria Letra, do blog Caminhos de Cristal
Isabela, que sejas feliz em 2010 e realizes o que pretendes. Sabes que entra em vigor hoje o programa de incentivo ao médicos que veem para o Interior de Portugal (Eu sou de Foz Côa), o incentivo como se sabe é de até 750,00€ por mês, e eu pergunto e aqueles que cá moram e constroem, e lutam diariamente para manter esta parte de portugal a respirar, não têm direito a nada? o que isto tem haver contigo? tudo, é que estes senhores que veem para cá nem imaginam como vão melhorar o seu estado de saúde pis aqui a qualidade de vida é esplendida, por tal bastava que dois deles abdicassem, para ti, de um ano de "compensação" e tu terias o dinheiro que te falta. Os mesmos médicos que não encontram a solução tal como encontrarão se Deus quiser, para te pôr a andar, os médicos de Cuba.
ResponderEliminarÈ um País de hipócritas, a segurança social que eu pago mensal e escropulosamente, deveria e chegaria para pagar a tua felicidade que seria também a minha. Sê feliz
Coitado do Pai Natal! Tem andado tão ocupado a alegrar as criancinhas que nem se apercebeu que elas cresceram e se tornaram insensíveis e em muitos casos, desumanos.
ResponderEliminarFelizmente ainda teve a sorte de encontrar um AMIGO neste mundo hipócrita.
Bom Ano Novo ao Pai Natal e a todos
Será um Comentário ou será um conto? Entendam como quiserem.
ResponderEliminarO Pároco, as abóboras e o porco.
Sempre fui um rapazinho muito atinado... Certa ocasião, ao pasar junto á casa do pároco da minha aldeia, reparei que este tinha sobre o telhado de sua casa uma quantidade enorme de abóboras. Como curioso que sou, perguntei ao pároco para que eram tantas abóboras e, diz-me ele que eram para engordar o porco para o Natal.
Estávamos na década de 50 e, por essa altura tudo era racionado, havia senhas de racionamento para o pão, azeite, massas, arroz petróleo de iluminação etc. A fome grassava por todos os sítios. Certo dia, reunimos um grupo de malandrecos e, a coberto da noite fomos a casa do padre, tiramos todas as abóboras, atámos uma toalha na boca do porco e, levamos tudo para longe.Aldeia de outro compincha. Todo o mundo procurou o porco do sr. abade mas, qual porco e quais abóboras? Estávamos no mês de Outubro,ainda vinha longe o Natal. Entretanto fomos engordando o porco com outras comidas, mas abóboras é que não. Combinámos a data da matança, o bicho já estava em condições e, um de nós foi convidar o pároco para assistir á matança o que o mesmo não se fez rogado. No resplandecer da festa, comemos, bebemos ( o vinho foi o padre que ofereceu ), e levamos o dia todo na farra. A certa altura, um dos comparsas estava à conversa com o reverendo e, aproximei-me para também aproveitar a cavaqueira.Estavam a comentar o desaparecimento do bicho e, eu como brincalhão que sou, disse que aquele porco cheirava-me a padre. O pároco, que de parvo não tinha nada, responde rápidamente:-padre sou eu e, não cheiro pior do que tu. Gargalhada geral. Daí ele acabou por descobrir que tinha-mos sido nós que roubámos o porco e as abóboras. Não nos molestou e, então lá repartio o porco com a comunidade, mas as abóboras nós é que as repartimos. Isto podem pensar que é uma história, mas creiam que foi real. Coisas que os tempos não apagam das nossas memórias. Como podem calcular eu sempre fui um bom rapazinho e, ainda aqui estou para o que der e vier. Confesso que não estou arrependido daquilo que então fiz.Isto nas Janeiras lá da aldeia foi recordado durante muitos anos.