Nesta participação na Blogagem Colectiva de Outubro, Na Minha Terra Come-se Bem, do Aldeia da Minha Vida, farei de conta de que estou me preparando para receber, em minha casa, meus amigos portugueses. E o prato que prepararei será uma feijoada completa à brasileira.
Toda comida típica tem a sua história. Há alguns mitos sobre a origem da feijoada. O mais curioso deles é o de que a feijoada teria se originado com os escravos, que aproveitavam os restos dos porcos, dados a eles pelos seus senhores. Tal versão não tem amparo em qualquer registro histórico, sendo, portanto, uma lenda.
Historiadores revelam que a feijoada tem origem a partir de influências europeias e muito tem a ver com receitas portuguesas, das regiões da Estremadura, das Beiras e de Trás-os-Montes e Alto Douro, que misturam feijão de vários tipos - menos feijão preto, de origem americana - linguiças, orelhas e pé de porco. Essa nem eu sabia, mas não podia ser diferente se foram os portugueses que descobriram o Brasil, ora pois, pois.
Anúncios datados do início do século XIX, publicados nos jornais Diário de Pernambuco e Jornal do Comércio mostram que a feijoada à brasileira já era apreciada àquela época. Já a feijoada completa é prato legitimamente carioca, segundo registros nos livros Baú de Ossos e Chão de Ferro, de Pedro Nava.
Obedecendo as regras da blogagem coletiva, que estabelece texto com o máximo de 25 linhas, indicarei a Receita de Feijoada do Cyber Cook, que é basicamente a mesma que utilizo. Excluo dela apenas três elementos: a manteiga (minha farofa é feita com a gordura do toucinho de fumeiro; fica sequinha e é uma delícia); a caipirinha, por razões óbvias ao meu perfil; e a carne fresca de boi (ponta de agulha ou paleta). Esta, para aqueles que não comem nada de porco. Feijoada sem carnes de porco, não é feijoada. Neste caso, amigo (a) faço outro que você goste.
Stanislaw Ponte Preta dizia que feijoada para ser completa tem que ter ambulância de plantão. Fico devendo a ambulância, até porque todo mundo passa é muito bem com a minha feijoada.
Toda comida típica tem a sua história. Há alguns mitos sobre a origem da feijoada. O mais curioso deles é o de que a feijoada teria se originado com os escravos, que aproveitavam os restos dos porcos, dados a eles pelos seus senhores. Tal versão não tem amparo em qualquer registro histórico, sendo, portanto, uma lenda.
Historiadores revelam que a feijoada tem origem a partir de influências europeias e muito tem a ver com receitas portuguesas, das regiões da Estremadura, das Beiras e de Trás-os-Montes e Alto Douro, que misturam feijão de vários tipos - menos feijão preto, de origem americana - linguiças, orelhas e pé de porco. Essa nem eu sabia, mas não podia ser diferente se foram os portugueses que descobriram o Brasil, ora pois, pois.
Anúncios datados do início do século XIX, publicados nos jornais Diário de Pernambuco e Jornal do Comércio mostram que a feijoada à brasileira já era apreciada àquela época. Já a feijoada completa é prato legitimamente carioca, segundo registros nos livros Baú de Ossos e Chão de Ferro, de Pedro Nava.
Obedecendo as regras da blogagem coletiva, que estabelece texto com o máximo de 25 linhas, indicarei a Receita de Feijoada do Cyber Cook, que é basicamente a mesma que utilizo. Excluo dela apenas três elementos: a manteiga (minha farofa é feita com a gordura do toucinho de fumeiro; fica sequinha e é uma delícia); a caipirinha, por razões óbvias ao meu perfil; e a carne fresca de boi (ponta de agulha ou paleta). Esta, para aqueles que não comem nada de porco. Feijoada sem carnes de porco, não é feijoada. Neste caso, amigo (a) faço outro que você goste.
Stanislaw Ponte Preta dizia que feijoada para ser completa tem que ter ambulância de plantão. Fico devendo a ambulância, até porque todo mundo passa é muito bem com a minha feijoada.
Escrito por António Regly, do blogue Recebi, Li e Gostei
Se gostou deste texto, vote nele de 28 a 31 de Outubro. Aproveite para comentar. Quem sabe, é seleccionado para melhor comentário!
ADORO FEIJOADA!!
ResponderEliminarOnde é que está essa mesa posta? Será muito longe de mim?
Apesar do adiantado da hora...acho que uma feijoada agora...ia!!!
Ó Meninas da Aldeia...acertem lá o relógio que é tarde mas não é tanto como vcs querem fazer o pessoal pensar!!
Olá António e Dina!
ResponderEliminarPois,o meu relógio agora aponta para as 9h00...mas ainda tou meia a dormir...nós andamos sempre adiantadas,um passo à frente.ihihi...
Feijoada ia ia,mas mais no fim-de-semana para poder depois dar 1 caminhada ou um passeio para digerir ;) Se juntarmos a Feijoada,um Manjar de Coco ou um Brigadeiro com o café,eu topo gente!
Jocas gordas
Lena
Isto é só comer da "pesada".
ResponderEliminarFeijoada á Brasileira,
que delícia deve ser
Só o Antonio Regly,
Nos faria tanto sofrer.
Ai a Dieta...o colesterol...os triqualquercoisa...
Boa Antonio, valeu hein?
Abraço de Portugal
Manuela
Que mesa mais linda.
ResponderEliminarNossa, fabulosa. Dá uma vontade de sentar aqui e ficar. Muitas coisas gostosas.
Sensacional. Feijoada é muito bom, com laranja fica ainda melhor.
Parabésn.
Sandra
Olá! António
ResponderEliminarFeijoada á Brasileira é um prato especial, gosto muito, Embora não troque por uma deliciosa feijoada á Transmontana, são ambas feijoadas mas bem diferentes , feijoada á brasileira come-se bem no verão, já a feijoada a Transmontana sabe muito melhor no inverno. Isto é a minha opinião
um abraço
Acácio
Oi Helena! Obrigada pela visita e pela resposta em relação aos votos da Manuela.
ResponderEliminarQuanto a essa feijoada ai, me avisa quando ela estiver pronta, rs... Hummmmmm...
Fica com um beijo
Amigo António,
ResponderEliminarGosto de feijoadas, tal como você só no Inverno.
Confesso que pela sua descrição nunca comi alguma semelhante e bem que gostaria.
Parabéns e boa sorte.
Fernanda
Dina,
ResponderEliminarComo disse no início: a feijoada é aqui em casa, mesa posta aos amigos portugueses. É pegar o prato, servir-se comer à vontade. Arrumamos um cantinho, rede, cama, para a "lombeira" e soneca após a fartura.
Ontem mesmo comecei a preparar a receita mais detalhada. Parei porque estava tarde. Mas vou tentar mandar-lhe hoje. Prefere que lhe envie por email, ou pode ser via comentário?
Lena,
Pelo jeito, nem ia dar tempo de você acordar. Com sono às nove, depois do almoço, então, irias dormir até o escurecer. A caminhada ia ficar para o dia seguinte, mas teria que ser dobrada. hihihi
Ó Manuela!
O "bichinho poético" do Celorico te pegou também? Bem, feijoada provoca alta nos triglicerídeos [ coisa de cardiologista; se for a um, eles sempre arranjam-nos uns "piripaques"; se não for a nenhum, dificilmente saberá se está normal, alto ou baixo ].
Disseram-me [ainda não fiz pra ver se é verdade e funciona ] que se colocarmos uma laranja, sem descascar, para cozinhar junto com a feijoada, ela absorve todo o excesso da gordura. Só não fiz o teste por medo de perder toda a feijoada. Não sei se altera o sabor por causa da laranja. Quando criar coragem, conto pra vocês.
Sandra,
Você é também convidada. Os de Portugal, porque vem de mais longe. Mas se for do Brasil, pode vir também. A feijoada é para os amigos.
Acácio,
Quando escrevi o post, li, ao pesquisar, que a nossa feijoada tem origem baseada na feijoada à Transmontana. Mas não encontrei receita para compará-la com a brasileira. Se tiver alguma. Fico-lhe grato.
Quanto ao tempo para degustar a feijoada, no inverno o no calor, cai bem ao estômago. Porém, no verão, sente-se mais o "peso" e dá um suadouro daqueles. Mas aí, é só pegar um ventinho que logo passa.
Menina do Rio,
Visitei seu blog correndo - afinal tão pertinho... rs - e já a estou seguindo. Para você, pegar esta feijoada, está muito fácil, não é mesmo?
Prato garantido!
Fernanda,
Como disse ao Acácio, aprecio a feijoada a qualquer tempo. Para ser mais objetivo, acho que no verão fica até melhor (não esfria com facilidade; ao contrário, fica quentinha até o final).
Eu gosto de uma pimentinha: nem "quente", nem "fria" - os baianos dizem que "quente" é a pimenta bem ardida e fria é a mais fraquinha. Tem que arder só um pouquinho.
Obrigado pelos votos de sucesso.
A todos vocês que comentaram, agradeço carinhosamente. Se quiserem voltar depois, para ver o que preparei para vocês aqui nos comentários. Não deu tempo para colocar agora, pois terei que sair.
O meu desejo sincero é que, se me fosse possível, comeríamos esta feijoada juntos, e eu mesmo a prepararia. Gosto muito de cozinhar e de ver o pessoal alegre com a comida.
Abraço e beijo a todos vocês.
Do amigo
Antonio
Amigo António
ResponderEliminarA foto que aqui deixou é bem elucidativa do tema que desenvolve: Feijoada à Brasileira. Olhando para a foto, identificamos logo os ingredientes da receita. Ficamos cheios de apetite!
O resumo histórico que elaborou é interesssantíssimo. Os links para as receitas também foram uma boa estratégia para cumprir os limites do texto. De resto, são receitas fantásticas!
Achei graça ao argumento que o leva a excluir a caipirinha! Por último, resta-me dizer que concordo consigo: "feijoada sem carnes de porco, não é feijoada". Gostei muito do seu texto.
Um abraço.
Bem, eu se me abstraísse do título era capaz de pensar que a mesa continha várias receitas da gastronomia brasileira eheheh
ResponderEliminarNunca comi "feijoada brasileira" mas digo como a história que ouvia à minha mãe em criança:
- "Ó mãe, trigo e queijo é tão bom!
- É filha, já comeste?
- Não, mas vi uma menina comer" eheheh
Mas já comi "Virado à Paulista" que leva desses "fios verdes" (de couve, suponho) igual aos que vejo aí partidos que até parece o meu "Caldo verde"
Gostei do texto e ainda mais do convite. Pena estar tão fora de mão eheheh
jinhos
Amigo José Pinto,
ResponderEliminarAchei legal que observou o argumento. huahuahuahua
Foi a forma que encontrei de excluir a caipirinha da receita. Senão os irmãos me pegam. huahuahua
Contudo, em recebendo os amigos, não proibo não. Afinal, ser livre é fazer bom uso da liberdade. Eu eu primo por ela.
Pensei que ninguém iria perceber ou comentar. Você não é mole! Excelente observador!
Ainda estou a organizar os blogues e, tão logo o tempo permita, postarei sobre a Cabeça. Falo com o amigo antes.
Abraço carinhoso do amigo,
António
Pacoalita,
ResponderEliminarSurpreendeu-me seu comentário ao falar do Virado à Paulista, que só ouvi falar e não degustei ainda. Mas já anotei "na barriga" para uma próxima oportunidade.
A feijoada completa à brasileira é servido com couve, cortada em tirinhas bem finas, que dão um toque a mais no paladar. Ela e os torresminhos são meu fraco, mas no momento só posso pensar, aguar, e aguar.
Quando for liberado para uma feijoada carioca, vou procurar uma que tenha ambulância de plantão, nos moldes de Stanislaw Ponte Preta. Ou eu provo um pouco, ou me empaturro e passo mal... ou bem... huahuahuahua
Abraço,
Do amigo,
António
Manu!
ResponderEliminarNão posso comer feijoada, como vc bem o sabe, mas também, de certeza, deve saber, que em tudo estou com digo e não abro. Voto em si com prazer.
Beijos.
Rê
Ah...Este prato eu conheço muito bem, é um dos meus favoritos, mas só o feijão, o arroz e a verdura, da carne só o gostinho já me basta. Abraços
ResponderEliminarSendo que gosto muito de cozinhar, o que me apetece é estar aí junto dessa mesa e ajudar a preparar o resultado da misturada de todos esses apetecíveis ingredientes. Não sei se sairia uma feijoada à brasileira, aportuguesada ou se à portuguesa, abrasileirada.
ResponderEliminarAtrevo-me a garantir que o produto final seria de comer e chorar por mais pois com essa variedade de alimentos e a "mão" que sei que tenho para a cozinha só poderia ser bom o resultado e nem precisaria de ambulância por perto.
Lavando a loiça à mão desgastaria as energias e ficaria tudo bem ;)
Bom, o que sei é que da próxima vez que eu fizer feijoada à portuguesa vou fazer de conta que é para todos os amigos. Com os sentidos assim motivados acontecerá um estado de espírito positivo em que o resultado final será produto disso mesmo e muito bom seguramente porque só assim...
Um abraço e obrigada por trazer aqui a dica da vossa feijoada. Sinto-me mesmo tentada a experimentar pois já comi em restaurantes e confeccionada em casa por nós ficará seguramente muito melhor. Defendo as coisas assim...
Pois é Antonio, feijoada faz ficar-mos poeticos...e sonoros também...ihihihi
ResponderEliminarManuela
._________olá Helena
ResponderEliminarmuito agradeço a sua visita e palavras gentis e simpáticas
bom! aqui está uma mesa mostrando bem______o quão rica - saborosa - enfim uma delícia
.António! no capricho mesmo!!!
____________///
beijO________ternO
Divinal.
ResponderEliminarAbraço.
Adoro feijoadas. Das transmontanas às brasileiras, tudo o que seja feijoada para mim é muito bom. Infelizmente por motivos de saúde como pouco. Comi ontem, mas já não comia desde Maio.
ResponderEliminarUm abraço e boa sorte.
Ficou de comer e chorar por mais a sua feijoada, António!
ResponderEliminarÉ que os olhos também comem e a sua mesa está muito apetitosa!
Boa sorte
Um abraço
Alcinda