segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

QUANDO EU ERA MENINA...





(Imagem retirada da Internet)

Quando eu era menina (e já lá vão tantos anos) o Natal era uma festa. Meus pais, e meus avós diziam que na noite de Natal o Menino Jesus vinha recompensar os meninos bons e trazer presentes. Nós vivíamos num barracão de madeira que em tempos fora habitado por 4 casais e respectivos filhos, mas no qual ficaram apenas os meus pais, quando os outros casais se foram. O barracão tinha um salão com 11 metros ao fundo do qual tinha um fogão, constituído por duas fileiras de tijolos com uma grelha em cima, e um forno de tijolo onde minha mãe cozia o pão.Pelo Natal todos os anos vinham meus avós do Norte e se juntavam lá em casa com alguns dos filhos, – meus tios.Não havia rádio, nem TV, nem sequer luz eléctrica. Mas haviam 3 candeeiros a petróleo, que na noite de Natal ficavam acesos até depois da meia-noite. Antes do Natal meu pai colhia no pinhal perto da nossa casa, muitas pinhas, que debulhava. Partia alguns pinhões para comermos e os outros eram para jogarmos. Ele mesmo fazia uma piorra com o Rapa Tira Põe e Deixa. Ou então jogávamos ao "Pinhas alhas" que era assim. Cada um tinha 50 pinhões para começar o jogo. Pegávamos uns quantos na mão fechada, e dizíamos para os parceiros "Pinhas alhas" e o outro respondia "abre a mão e dalhas". "Sobre quantas?" E saía um número. Se fosse a quantidade que tínhamos na mão, tínhamos que dar os nossos pinhões. Mas se errassem tinham que nos dar tantos pinhões quantos tínhamos. E era o nosso entretém.
Pelas 10 horas, meu pai dizia que tínhamos de ir para a cama e mandava-nos pôr os tamancos junto ao fogão para o Menino Jesus deixar os presentes. E nós lá deixávamos os tamanquitos e íamos para a cama na esperança de que nesse ano o menino Jesus deixasse uns brinquedos iguais aos dos filhos do capitão que geria a Seca do Bacalhau, onde os meus pais trabalhavam e nós vivíamos. Mas no dia seguinte era sempre a mesma coisa. Uma tremenda decepção, pois lá só havia meia dúzia de rebuçados e dois ou três figos secos.
Lembro-me que um ano, decidi esperar acordada a chegada do Menino Jesus para lhe perguntar porque é que deixava lindos brinquedos aos filhos do capitão que eram meninos ricos a quem não faltava nada e a nós que éramos tão pobres que não tínhamos nada só deixava rebuçados. Consegui manter-me acordada e quando ouvi barulho, levantei-me e apanhei a minha mãe a pôr os rebuçados nos tamancos. Fiquei tão revoltada, pensei que o Menino Jesus não queria saber de nós, fartei-me de chorar, e foi a minha avó que para me acalmar, me explicou que o Menino Jesus não vinha dar prendas a ninguém que era uma tradição dizerem isso porque fazia anos que Ele nascera, mas que na verdade as prendas eram dadas pelos pais e os meus não tinham dinheiro que desse para outra coisa que não os rebuçados. Foi um choque e um alívio ao mesmo tempo.

Escrito por Elvira Carvalho, do blog Sexta-feira

Este texto foi escrito num âmbito de camaradagem e não se encontrará a “concurso” na votação simbólica. No entanto, ao comentá-lo estará mesmo assim a ajudar a Isabela.

51 comentários:

  1. ehehehe e por isso nos "vingamos" e recreamos esta magia, este segredo com os nossos filhos. Adorei ter de reinventar-me ano após ano, este sonho, foi sempre muito divertido. A ginástica mental e física que tive de fazer pondo os vizinhos a tomar conta das prendas para depois destas se irem deitar desatarem aos gritos depois de ele bater à porta, pois que a minha chaminé está uma porcaria, o melhor seria ele subir a escadaria do prédio! Os gritos delas de alegria é fantástico.
    Lembro-me de um ano, a minha irmã ter pedido um piano. Lá conseguimos arranjar o piano, mas uma das pernas do dito cujo estava partida e tivémos de dizer que ele deve ter partido quando descia da chaminé(isto em casa dos meus pais) e ela disse"pois claro, coitado espero que ele não fique triste porque eu não fiquei zangada!" hahahah, e um ano fizemos com as minhas filhas igual, colocámos um copo com Coca Cola, para dar a prova provada em como ele existia. Saímos e quando voltamos o copo estava quase vazio e um obrigado com letra tremida..."ele existe , ele existe..." ehehehe, estou mesmo a rir só de lembrar. Os presentes, tentávamos que chegasse perto do que queriam, nem sempre se conseguia isso, e então dizíamos que ele estava velhote e baralhava-se todo, coisa perfeitamente aceitável.
    Mas depois vinha uma cartita a pedir desculpas e elas lá continuavam dentro da magia.
    Às vezes, os pais podiam esticar a magia, mesmo quando os filhos descobrem, talvez devessem ter dito , olha este ano ele pediu-nos ajuda, pois uma rena adoeceu e ele não conseguiu chegar com as coisas e nós...sei lá os pais sabem dar muito bem a volta.
    Enfim tentei que depois de saberem se divertissem com a história e ainda hoje vibramos ao recordar as macaquices e malabarismos que tinhamos de fazer.

    Mas pronto pela Isabela e por nós todos Feliz Natal

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  2. Menina, que texto lindo! Vivências mais comum não podiamos ter eheheh

    Não alimentei essa fantasia aos meus filhos. Sempre souberam que eram os pais que lhe davam os presentes, mas é claro que adoravam contar os presentes e tentar adivinhar o que cada um continha. Há uma coisa que recebem todos os anos e que ainda hoje, com 28 e 24 anos, gostam que lhes dê: uma caixa de ovos kinder eheheh

    Actualmente já pouco ligam à data e vão dispersando. Mas fazem questão de enfeitar a árvore e a casa e ajudar a fazer o presépio.

    Adorei o texto. Um santo Natal

    um beijinho grande

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  3. Belíssimo texto, gostei muito. Parabéns!
    Boas Festas e um Feliz 2010!
    Abraço

    Sol

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  4. Elvira
    Bonito este seu texto de Natal. Gostei bastante.
    Desejo-lhe um feliz Natal.
    Beijinhos

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  5. Gostei muito desta prosa poética diria a meu ver.O meu Natal de criança era pobre mas o recordo com saudade, não havia prendas no sapatinho apenas alguns doces feitos pela mãe,
    mas tínhamos o aconchego do colo da avó e era delicioso, com a lareira sempre bem esperta.
    Mas já lá vão tantos anos que hoje só resta mesmo recordar com saudade. Já todos partiram
    e eu me encontro muito perto do fanal da caminhada, que fazer?! Agora aproveitar o tempo que resta, que nunca se sabe se é muito ou pouco, o melhor que se pode.

    Beijinhos aqui deixo para as minhas amigas Susana e Lena e para ti também que escreveste este belo texto.

    natalia

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  6. Querida amiga Elvira,

    Os meus parabéns por este seu belíssimo texto.
    que nos lembra a nossa infância e o que de melhor ela tinha.
    Com mais ou menos dificuldades, era tão mais bonito.
    Obrigada amiga por este momento.

    Abraço com muito carinho,

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  7. Um texto encantador, um misto de realidade ilusão que nos remete o Natal,esse momento simbolico religioso de Fé que comemoramos o aniversario do maior poeta de 2009 anos, que propagou o AMOR como semente nos corações...

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  8. Emocionante seu poema, até lembrei de um dos meus Natais,deixo aqui à isabela,

    Lembrei de um dia em especial, quando tinha entre nove e dez anos, e logo cedo já recebi meu presente muito generoso, antes da hora porque era minha roupa de Natal ...um lindo vestido de crepe, uma seda sintética lógico, mas fino tecido de aspecto ondulado, cor rosa, gracioso, tinha uma saia rodada, um lindo cinto de fivela cromada e golinhas bordadas. Quando o vi, pulei de alegria, logo queria vestir, mas minha mãe disse que só à noite, quando a festa chegasse... Então, lembro de ter me apaixonado por aquele vestidinho porque sentia uma imensa alegria só em poder abrir a porta do guarda-roupa e olhar para ele... Fiz isso várias vezes ao dia! A festa tinha o cume alto, exatamente à meia noite, na missa do galo. Todos íamos à igreja e depois voltávamos para ceia, que tinha como prato especial o peru... Ah! Esse peru não era comprado em supermercado, nem vinha semi-pronto, ele era um peru adquirido semanas antes e era tratado em especial, regime de engorda, lá numa casinha no fundo do quintal... O chato disso era ficarmos familiarizados com o peru, que, por vezes, ganhava até nome... Mas chegando à véspera do natal... sem chances pro bichinho, tinha de ser sacrificado. Talvez nem sentisse seu fim, pois era embriagado com cachaça, não usada como anestésico, mas para sua carne ficar macia... um peru tenro, carne marinada em Vinha-d'alhos... uma delícia o peru "amigo", um sabor especial que hoje certamente não encontramos, talvez por essa singeleza de um prato quase pronto, sem o ritual, sem o cerimonial de nosso antigo peru de Natal... Lembro também que logo depois da ceia, íamos deitar, dormir sem precisar sonhar com Papai Noel porque ele certamente chegaria com sua generosidade, mesmo que não fosse o nosso presente idealizado. Belos diassssss!!!!

    Lufague

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  9. Olá Elvira!
    Espero que esteja melhor :)
    Gostei de ler o seu texto,pois aprendo sempre algo.Esse jogo desconhecido parece-me engraçado.Deviamos entreter as crianças assim com coisas simples e tradicionais,nem que fosse de vez em quando: porque as Playstations a toda a hora não há pachorra.Sabem para que uso o pc junto de uma criança? É 30 min. de jogos didácticos nos sites para crianças onde se aprende matemática,português,ciências,etc...e depois deixo-os brincar 15 min. em jogos bonitos do brincar.´
    Eu também esperava o Pai Natal.Tive e tenho a sorte de ser filha única.O destino assim o decidiu...Por isso,sempre fui mimada q.b.,digo que baste,porque meus pais são conscienciosos e não me davam assim à toa tudo o que eu pedia,e nem sempre podiam claro.Tive o meu 1º computador aos 17/18 anos quando precisei dele para a faculdade.Hoje em dia,mal nascem....lol...

    Jocas Natalícias
    Lena

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  10. Ana Paula:
    Muito interessante o seu comentário. Ricas memórias de antigamente, que hoje porque as nossas crianças têm quase tudo, não terão nunca memórias tão esquecedoras. Tudo o que se consegue sem esforço esquece.
    Um abraço e um bom Natal.

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  11. Pascoalita:
    O meu Pedro acreditou até ir para a escola. Sempre lhe ensinei que o Natal era o Nascimento do Deus-Menino, que para celebrar o seu aniversário, enviava um velhinho vestido de Pai Natal a trazer as prendas para as pessoas. Como sempre festejávamos o Natal em casa dos meus pais, então era lá que o Pai Natal deixava as prendas.
    Depois foi para a escola e alguns meninos disseram-lhe a verdade. Lembro que ele ficou muito irritado e veio para casa perguntar se era verdade.
    Um abraço e bom Natal

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  12. Elvira
    A pureza das crianças, a alegria de ter um pouco mais numa data tão especial, a esperança e, um dia, a decepção ao saber que era sonho, fantasia. Mas esse sonho, essa fantasia, permanecem na alma dessa criança para todo o sempre e é exatamente isso que faz do Natal um tempo de magia, de encantamento.
    Foram seus momentos, são suas lembranças guardadas com muito carinho.
    beijos

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  13. Solange Belém:
    Muito obrigada amiga.
    Um abraço e uma boa semana

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  14. M. Lurdes:
    Obrigada amiga. Infelizmente amiga com a minha mãe no hospital em estado grave, o meu Natal não vai ser grande coisa.
    Um abraço e boa semana

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  15. Lufaque:
    Que bonitas recordações. Não me lembro de ter estreado nunca um vestido pelo Natal. Pela Páscoa sim, minha madrinha sempre me dava de presente um vestidinho pela Páscoa. A maioria das nossas roupas sempre eram dadas pelas meninas dos empregados de escritório. Eram roupas que deixavam de servir às meninas e que as mães davam para nós.
    Um abraço e uma boa semana

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  16. Helena Teixeira:
    Fisicamente eu estou melhor amiga. Moralmente é difícil, perdi o meu pai há tão pouco tempo, e agora a minha mãe está tão mal.
    Um abraço e uma boa semana

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  17. Dulce:
    Obrigada amiga. São recordações que só os mais velhos compreendem. Lembro-me que quando o meu Pedro era menino, eu sempre lhe contava histórias. Um dia em que iniciava a história do Pedro e do lobo, ele diz-me:
    "Mãe conta antes aquela história de quando vivias no barracão sem TV e sem frigorífico."
    Imagine se ele criado numa casa com tudo ia acreditar que o que ele contava dos meus tempos de menina era verdade. Para ele era uma história como as outras.
    Um abraço e uma boa semana

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  18. Amiga Elvira,
    nem imagino o quanto é difícil perder um pai.Tenho um pequeno amigo de 7 anos que perdeu o dele de forma dramática...Só posso é dar muita força.Espero que a sua mãe melhore e que Deus (para quem acredita, eu acredito),esteja sempre do lado dela e do seu ajudando-a nestes momentos.

    Jocas de força
    Lena

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  19. Olá Elvira!
    Um belissimo texto que na realidade nos leva aos tempos da meninice. Assim sim é um verdadeiro relato do Natal dos tempos em as prendas de natal era bem mais simples, receber um rebuçado, ou figuito seco,uma broa castelar ou de milho já era natal para muitos dos meninos que ainda acreditavam no Pai Natal. Felizmente as coisas mudaram e hoje podemos dar algo de melhor aos nossos filhos. Esperamos é que contine a ser sempre assim com um natal cheio de alegria, com muitas e boas prendas.
    Gostei muito do texto.
    Um abraço
    Acácio

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  20. Ah! As lembranças dos natais de quando éramos crianças!!!
    Estórias que recordam a evolução dos tempos. E como tudo mudou!
    Bom Natal.

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  21. Eram os tempos da boa inocência!

    Um abraço.

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  22. Adorei o seu texto! Lindo, simples e real.
    Pois eu sou desse tempo em que uns rebocados chegavam para nos fazer feliz.
    Também apanhei a minha mãe pisar o caminho que eu e os meus irmãos tínhamos feito para o menino Jesus passar. Mas calei-me, guardei esse segredo bem guardado até mais tarde, pensando que só eu sabia. Anos mais tarde os meus irmãos também disseram o mesmo. Quem dá os presentes não interessa. O Natal é uma época mágica e se acreditarmos mesmo nessa magia então ela existe mesmo.
    Feliz Natal


    Eugenia Cruz

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  23. Li e não podia deixar de agradecer tão singelo texto.
    Bom Natal
    Cumps

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  24. Elvira
    O seu texto faz-nos recuar a um tempo em que um presente , fosse ele qual fosse, era valorizado por nós!
    Eu ficava muito feliz quando tinha umas figurinhas de chocolate. A maior parte das vezes
    era umas meias...
    Ainda assim havia magia...
    Minha amiga desejo as melhoras da sua mãe e boas festas solidárias.
    Um beijinho
    Alcinda

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  25. Helena Teixeira:
    É amiga, não fora o Anjinho que é a minha neta e que nasceu este ano e este Natal seria muito triste. Mas a Mariana veio amenizar um pouco a nossa dor.
    Um abraço e uma boa semana

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  26. Acácio Moreira:
    Obrigada amigo. Não há muito para escrever. A maioria da gente da minha idade tem recordações comuns. Eram tempos muito duros, mas ainda assim tinham tanto encanto que os recordamos com saudade. Talvez porque à nossa volta havia muito amor.
    Um abraço e uma boa semana

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  27. Júlia Galego:
    É verdade amiga. Como tudo mudou. Algumas coisas para melhor outras para pior. Naquele tempo o sentimento à volta do Natal era mais fraterno mais amoroso. Hoje é muito mais interesseiro., mais consumista.
    Um abraço e uma boa semana

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  28. Jorge P.G.
    Eram mesmo amigo.
    Um abraço e uma boa semana

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  29. Eugénia Cruz:
    Sabe qual foi o Natal mais triste da minha vida?
    Dezembro de 1969. Havia pouco tempo que chegara a Moçambique para me juntar a meu marido que era militar e estava lá em comissão. Era a primeira vez que estava longe da família e a única pessoa conhecida era o marido que nessa noite ficou de serviço no quartel. Levei a noite a chorar na solidão do meu quarto. E não era das prendas que sentia falta garanto-lhe.
    Um abraço e uma boa semana

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  30. O Guardião.
    Eu é que agradeço a sua presença aqui amigo.
    Um abraço e uma boa semana

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  31. Alcinda Leal:
    Obrigada amiga. Que Deus a oiça e que eu possa tê-la de volta em breve em casa, mas ela está mal e são 83 anos de uma vida sofrida e que viu partir há pouco o companheiro de toda a vida.
    Um abraço e uma boa semana

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  32. Olá Elvira!
    Um beijo enorme à Mariana. Tem um nome lindo que conjuga o Mar,o nome importante de Maria e o de Ana. Simples e Lindíssimo. Ela deve orgulhar-se muito da Avó, pois além de ter uma grande bisávo de 83 anos, tem uma super Avó que cuida da família e tem um dom: as Artes Manuais :)

    Jocas Natalícias
    Lena

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  33. Olá, amiga Elvira!
    "Problemas", de somenos (o meu Pc, a pregar partidas), impediram-me de aqui vir mais cedo!
    É um texto que conta uma história de vida e da Vida, vivida! Nos tempos que correm, custa a crer como o pouco que tínhamos nos fazia felizes e ainda o recordamos com saudade. E, ao que parece, não é um sentimento pessoal, é a ideia geral nesta blogagem.
    Quero ainda manifestar-lhe o meu apoio nesta hora que, tal como para mim, não será de grande felicidade. A Vida vai-nos pregando estas partidas, esperadas mas sempre dolorosas.
    Os meus votos de um Santo Natal, passado o melhor possível e com Esperança em dias melhores!

    João Celorico

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  34. Amiga Elvira,

    Vim directa do seu Blogue para aqui.

    Tudo pela Isabela!

    Deixo os meus votos de Feliz Natal para todos, com muito carinho e amor, especialmente para a nossa querida Isabela.

    Beijinhos

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  35. Reitero os meus votos de Santo Natal e deixo aqui um pequeno, mas bonito, poema de Vitorino Nemésio.

    NATAL CHIQUE
    Percorro o dia, que esmorece
    Nas ruas cheias de rumor;
    Minha alma vã desaparece
    Na muita pressa e pouco amor.

    Hoje é Natal. Comprei um anjo,
    Dos que anunciam no jornal;
    Mas houve um etéreo desarranjo
    E o efeito em casa saiu mal.

    Valeu-me um príncipe esfarrapado
    A quem dão coroas no meio disto,
    Um moço doente, desanimado…
    Só esse pobre me pareceu Cristo.

    João Celorico

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  36. Una historia real llena de ternura y que nos hace pensar en todo lo que ahora nos sobra. Un beso muy grande para Elvira y para todos los que forman esta familia cibernética, con el deseo de lo mejor para el próximo año 2010.
    A.Cris

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  37. Ai os natais da nossa infância.
    Apesar de tudo, eramos felizes com o pouco que havia, talvez porque na nossa inocência de crianças ainda não tinhamos muita noção de tanta injustiça que grassa por esse mundo fora.
    Bjs

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  38. Querida Elvira,

    Adorei este teu "conto de Natal verdade". Estou aqui no quarto de Flavia e li teu conto em voz alta para ela ouvir. Emocionei-me ao imaginar-te escondidinha esperando para ver o menino jesus. E tua decepção ao ver que era tua mãe quem colocava as prendas.

    Mas gostei muito de saber que mesmo sem posses, ainda havia diversão em tua família, com afeto e imaginação. Hoje em dia faz falta essa convicência em muitos lares. E a TV - que não tinhas em tua casa - hoje muitas vezes serve para afastar as pessoas. Cada um assiste a sua em seus aposentos.

    Que bonito o teu conto amiga. Lindo.

    Que tenhas um bom final de ano e um excelente 2010.

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  39. Esta sua história comoveu-me, porque é triste, mas muito rica na mensagem que contém. Poucos reparam que a criação e apologia do pai Natal é um exemplo da mais pura injustiça. Foi isto que senti quando criança. Lembro-me que olhava magoada para todas as figuras do pai natal e perguntava mudamente por que razão ele, aquele gorduchinho que parecia tão simpático, era capaz de ser tão mau, ao ponto de só dar as melhores prendas aos filhos dos ricos!
    O pai natal não gosta das crianças pobres, era isto que então pensava...

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  40. Ah Natal! Tempo de tradições, doces costumes, doces lembranças...
    Tempo de magia, tempo de acreditar, tempo de as esperanças renovar.
    Venho deixar os meus votos de continuação de uma quadra natalícia muitooooo feliz.
    E já agora, por não saber se terei tempo ou não, deixo já os meus desejos para que tenha um excelente 2010, com tudo aquilo que mais desejar.
    Um beijo e tudo de bom para si!

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  41. Aqui estou Elvira e o seu texto é lindo!
    Lamento as más notícias que li...desejo que tudo melhore...infelizmente nem sempre temos o que queremos...um abraço...

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  42. Muito bonito este texto, e penso que muitos de nós nos revemos nele, a magia que existe para as crianças no Natal, mas também o não entender as diferenças, mas o mundo vai mudando e penso que mesmo a magia esta a acabar
    beijos

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  43. Amiga Elvira
    O seu texto é maravilhoso!
    Penso que todos nós encontramos nele um pouquinho de cada um...
    Todos fomos crianças e tivemos os mesmos anseios, os mesmos desejos, as mesmas alegrias e frustações...

    Aproveito para desejar uma óptima passagem de ano e um feliz 2010.

    Beijos
    Mariazita

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  44. A Elvira conta-nos sempre boas histórias sobre tempos idos...
    Beijinhos.

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  45. Elvira querida,

    Tu sabes que eu sei que este texto é duma beleza singela como são todos os teus contos da vida real.
    Hoje, porém, venho aqui em mais uma missão de solidariedade. Desta feita pela Isabela que espero realize o seu sonho pois bem merece que o ano 2010, ano par, lhe dê tamanha alegria.

    Agora volto ao teu espaço para falar de outra solidariedade.

    Abraços a todos os solidários que visitam este maravilhoso blog.

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  46. A sua escrita continua de óptima qualidade.

    desejo-lhe um 2010 bem melhor do que 2009, especialmente para a sua neta.

    Estimo as melhoras de sua mãe.

    Um abraço amigo.

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  47. A todos os que comentaram o meu texto um agradecimento e os votos de um Feliz 2010.
    Um abraço

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  48. Aos que sabem das minhas dificuldades actuais com a saúde periclitante da minha mãe o agradecimento pelo apoio e carinho, mas as coisas estão muito complicadas. E o pior é que não consigo ninguém para me ajudar, ela é muito pesada e eu estou a ficar muito cansada. Nem posso tratar da Mariana que era a minha alegria e que teve que ir para casa da outra avó.
    Um abraço a todos e mais uma vez muito obrigada

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  49. Emocionei-me, ao ler o seu texto.
    O pior, é que ainda continuam os filhos dos ricos, com ricos presentes e os outros, com muito pouco, ou nada.
    Um Bom Ano 2010.
    Kao.

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