Cá em casa fazemos colecção de presépios. Que já são bastantes. De acordo com fontes bem informadas e que, além disso, fizeram uma laboriosa e atenta contagem, já são 417 (mais vaca, menos burro). E cinco armários com paredes de vidro, como o PCP. Todos os Natais acrescentamos um que outro ao acervo. E, mesmo durante o ano…Por onde passamos, se vemos algo interessante, é tiro e queda. Se houver euros, cada vez mais caros e raros.
Temo-los dos mais diferentes, das proveniências mais diversas, das dimensões mais variadas e dos estilos e materiais mais interessantes. Até um, peruano, com a Senhora deitada na cama e com o ilustre rebento ao lado. Sentado, atento, reverencial e cuidadoso, está José, o primeiro pai putativo. Da História e do menino.
Este ano, e dado que a data se aproxima a passos cada vez mais largos – curiosamente o Natal consegue calhar sempre a 25 de Dezembro, unanimidade que a Páscoa recusa, como o Mário Soares não aceitou a sindical da Inter – já começámos a pesquisa. E não é que ontem, em pleno centro comercial (não digo o nome por mor da publicidade, apesar do esforço do engenheiro Azevedo) nos deparámos com um de estilo renascentista, colocado estrategicamente em montra apelativa?
Entrámos e vá de apreçar o nascimento. Artesanato puro, em faiança, século XVIII, naturalmente cópia. De marca, londrina, registada nas traseiras da manjedoura, o que é perfeitamente aceitável e justificável. Paguei – quando toca a saldar contas, passo sempre do colectivo nós para o individual eu – com o cartão de débito e saímos com a sacrossanta família, perfeitamente embrulhada e em saco plástico alusivo à época.
Chegados a casa, a nossa anja-da-guarda, a Conceição, a quem mostrámos o conjunto, não se conteve: «É lindo. O chinês lá ao pé de minha casa tem iguais. A oito euros e noventa e nove cêntimos, barato…» Nem digo quanto custou o que adquirimos. E a Conceição, raios a partam, «claro, é made in China». Feliz Natal.
Escrito por Henrique Antunes Ferreira, do blog A Minha Travessa do Ferreira
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Olá Amigo Henrique!
ResponderEliminarTambém aprecio muito presépios,mas não faço colecção.Colecciono é banda desenhada,sou viciada nisso.No entanto,este ano,como só tinha 1 presépio já velhinho,pu-lo no andar de cima junto ao pinheiro habitual,e decidi comprar um novo muito engraçada.As figuras são hilárias,bonacheironas e com um sorriso de orelha a orelha e todas as figuras estão presentes e animais também.Minha mãe falou:Ora,estes não passaram fome,nao.lol...
A sua Conceição fez-me rir,ihihih..ai o Made in China que dá cabo de nós :p
Jocas Natalícias
Lena
Pois, nos "chineses" há de tudo, como na botica. E eles são especializados em copiar este mundo e o outro, sobretudo tudo o que respeite às tradições do nosso querido mundo consumista (às vezes com adaptações na fisionomia das figuras...).
ResponderEliminarBoas Festas!
Por acaso,o que comprei no Aki,está lá escrito Made In Portugal.Vou guardá-lo como preciosidade porque hoje em dia é raro.Quando nao é China,é Taiwan...etc...Já deram um passeio pelas lojas espanholas tipo Zara? Lá,podem dar uma volta ao Mundo sem grandes custos,é só pegar nas etiquetas:Made In China,Taiwan,Cambodja,Turquia,Marrocos,Nova Deli,Tunisia,Portugal,e por aí fora :/
ResponderEliminarJocas gordas
Lena
Na quadra do Natal, o que sempre me embeveceu, foram os Presépios. Não faço colecção (ainda escrevo com cç) mas tenho alguns, poucos. Tudo coisa barata e simples. Apenas um, só 5 figuras, ligeiramente mais caro.
ResponderEliminarO meu Presépio mais "importante" é um, feito em cartolina, quando tinha 10 anos, coisa de 20x13cm, que ainda hoje mantenho!
Quanto a colecções, é claro que a gente sujeita-se sempre aos "barretes". Mantenha-se calmo, porque não é o único! Já comprei, na Noruega, convencido dum grande achado, uma "belíssima" mala, "Made in Portugal"! Valha-nos que era cá do burgo!
Bom e Santo Natal,
João Celorico
Só tenho um presépio. Peças pequeninas numa liga qualquer banhada a prata. Ofereceram-mo há 5 anos atrás.
ResponderEliminarMas é o que mais gosto do Natal. Os presépios. Quem tinha um de sonho era o Dr. José Hermano Saraiva. Do tamanho da minha casa, com milhares de peças e rios e montes. Vi um dia num programa da TV e fiquei maravilhada.
Um abraço e uma boa semana
O meu presépio foi comprado no Mestre Maco, 5 euros, ñ sei de onde,este ano ñ há rasto de musgo, mas arranjei zinbreiro que aqui há imenso e coloquei em volta do presépio. Ainda arranjei uns toques à casa, com esferovite e pronto. Junto à árvore faz um figurão! Só tem os três elementos essenciais e o resto são bonecos das filhas e pedrinhas eheheh. Mas fica mais bonito quando encontro musgo, cheira a terra. Até o meu gato gosta de se por lá ao pé para receber este cheirinho!!!!
ResponderEliminarUm resto de boa semana.
Com os votos de Santo e Feliz Natal, aqui deixo um poema de António Osório.
ResponderEliminarPRIMEIRO NATAL
Primeiro Natal
sem que faças o presépio.
Todos os anos compravas
algum pastor, um bicho
e os magos do Oriente, repetiste.
Maria, José, o Menino,
a estrebaria:
por aí começaste. E a ti
deponho a seu lado, a ti e a meu Pai,
luz do Espírito Santo na palha.
João Celorico
Só tenho um presépio e fui eu que o pintei. Não tem muitas peças e, este ano sofreu uma baixa. O anjo ficou sem asas porque a minha neta engraçou tanto com ele, que só lhe deu descanso quando ele caiu e se partiu. Penso que, até ao fim da quadra, ainda fico sem mais algumas peças.
ResponderEliminarFeliz Natal
Beijinhos
Em tempos também eu gostava de presépios. Para mim era um prazer ir pelos campos fora em busca do melhor e mais verdinho musgo, era capaz de me enfiar até pelo meio de carrascos e silvas, que me arranhavam toda na ânsia de conseguir daquelas postas, eu chamava-lhe postas, de musgo com o qual em casa dava largas à imaginação, fazendo um presépio cheio de montes e vales pelos quais espalhavas conjuntos de ovelhas acompanhadas do respectivo guardião - o pastor. Fui crescendo e toda essa magia fui perdendo... mas tenho pena! Há coisas que para sempre deveriam permanecer!
ResponderEliminarUm texto "made in Portugal", com cheirinho a Oriente.
ResponderEliminarO presépio cá de casa é metade chinês e metade português. A madeira do estábulo, construido por meu pai, acho que é portuguesa. As figuras são sem dúvida chinesas, apesar de não terem os olhos em bico. Agora o que é mesmo português, de certeza 100%, é o musgo, apanhado ali no pinhal da frente, há umas semanas atrás.
Continuação de Boas Festas e um excelente 2010, com tudo aquilo que mais desejar.
Também eu gosto muito de presépios!
ResponderEliminarNão colecciono mas não perco uma oportunidade de ver uma exposição de presépios!
Quanto aos Chineses... é uma invasão... na minha cidade tomaram o comércio e a pouco e pouco as nossas lojas de sempre vão fechando.
Este Outono a seguir aos saldos fecharam duas onde eu sempre comprava...
É a globalização...
Boas entradas no 2010
Um abraço
Alcinda