Podiam chamar-se cinzentas mas sendo de cor castanha, a falta de imaginação popular optou por lhes chamar “castanhas”.
A castanha é um “aquênio” e procede do Castanheiro europeu (Castanea sativa) que terá cá chegado desde a Ásia Menor, do Cáucaso e dos Balcãs. Daí haver quem ainda hoje diga que as castanhas lhe provocam uma azia Maior e também o facto de serem vendidas aos balcões.
Não se sabe como cá chegou (o castanheiro) ou quem o trouxe mas que está cá, está. É quase como alguns políticos e dirigentes desportivos. Não se sabe de onde vieram mas estão cá.
Não se trata de um fruto mas sim de uma semente que se encontra no interior do “ouriço”, esse sim é o fruto do castanheiro e que “pica” mais do que muitas coisas que por aí anda a “dar pica”.
Não se trata de um fruto mas sim de uma semente que se encontra no interior do “ouriço”, esse sim é o fruto do castanheiro e que “pica” mais do que muitas coisas que por aí anda a “dar pica”.
Antes da chegada da batata era a castanha uma das bases da alimentação, sendo usada e abusada, de muitos modos na alimentação europeia. São muito ricas em hidratos de carbono (sob a forma de amido), potássio, vitaminas C e B6 e possuem algumas acções da GALP, Mota Engil e do BCP o que as enriqueceu noutros tempos mas que com a actual crise bolsista não lhes adianta muito. (????)
S. Martinho
Ao que parece S. Martinho nasceu na Hungria em 316 (+ coisa, - coisa) e era soldado antes de ter enveredado pela carreira de Santo. Chamava-se Martinho, o que significa pequeno Marte por gostar de artes marciais e andar sempre à castanhada.
Durante uma visita a França, que na altura se chamava outra coisa qualquer, encontrou um sem-abrigo e como chovia como le chien qui pisse (por ser em França) cortou a sua capa e deu metade ao pobre homem. Logo ali deu-se o milagre, o mau tempo desapareceu e ficou um dia de Verão e uma bela tarde de Outono.
Na altura os milagres eram mais fáceis e havia mais capas; Hoje em dia, bem precisávamos de um milagre na nossa pobre economia mas apenas os Bancos têm uma capa que os governos lhes fornecem, para não andarem à chuva dos próprios erros! A tradição do vinho e da Água-Pé (Água-Pá para os mais íntimos) parece ser portuguesa e ter dado origem à célebre expressão "Porreiro Pá".
Escrito por Rui Veleda, do Blogue In-Provável
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ahaha!
ResponderEliminareste coloco-o em ex-aequo com o texto da Cusca endiabrada.
muitos parabéns.
csd
Olá Helena! Gostei de ler acerca das castanhas,e com toque de uma ligeira piada" e não sabia que a(Mota Engil) tenha a ver com as castanhas?
ResponderEliminarBeijinho de amizade Lisa
Na linha da falta de imaginação popular, da qual comungo, aqui vai um "pacotinho" das ditas!
ResponderEliminarE este texto nos apresenta
coisas duma verdade tamanha!
Castanha não é cinzenta,
castanha é mesmo castanha!
A mãe não é a castanheira,
e deve ser filha adoptiva,
de pai de origem estrangeira,
um tal de “Castanea sativa”!
Mas coitadita da “miúda”,
deve ter muito mau génio,
porque a gente graúda
diz que ela é um aquénio!
Seja lá o que isso for,
eu nisso mais não cismo,
mas não deve ser melhor
que crise de paludismo!
Diz aos balcões ser vendida
mas, isso, é que é surpresa,
pois há tanta coisa na vida
que passa por baixo da mesa!
O castanheiro está cá,
não sei quem o “trazeu”,
porém posso dizer, já,
de certeza não fui eu!
E se o texto não mente,
ficamos a saber agora,
andamos a comer semente
e a deitar o fruto fora!
Era a base da alimentação!
Pois ainda hoje ela serve.
Em casa onde não há pão,
é castanha que até ferve!
Diz ser de grande riqueza!
Então, não há quem entenda,
que a castanha portuguesa
tenha as acções há venda!
Se S. Martinho adivinhasse,
deste mundo seu desvario,
talvez sua capa não cortasse
e o pobre morresse de frio!
Pronto, não vou continuar!
Sossegue, que eu paro já!
Não sem, antes, aqui deixar
um amistoso “Porreiro, pá”!
João Celorico
Olá Rui!
ResponderEliminarPois é,Agulheta,também não sabia essa parte da Mota Engil e companhia...as coisas que o nosso amigo Rui descobriu,hein!
Também achei engraçada a cena do cão em franciú.
Bom,se a castanha tem vitamina B6,a minha mãe vai passar a obrigar-me a comer castanhas...ela e as vitaminas para o corpo e cerébro...ihihi
Jocas gordas
Lena
Simpática Amiga:
ResponderEliminarUma extraordinária narração referente ao Magusto e suas implicações sociais e humanas. Desconhecia quase tudo por absoluto.
Parabéns sinceros. Adorei e fiquei esclarecido. Já registei no meu "Livro da Vida" que trago sempre comigo do lado esquerdo do coração, esta pertinência e majestosa intenção significativa sua.
Quanto, a participar na Blogagem, vou fazer todos os possíveis.
MUITO OBRIGADO pela sua simpatia deixada expressa no meu blogue.
Beijinhos amigos.
Com imenso respeito e admiração pela sua fabulosa magia de encantar.
pena
Um texto muito interessante e cheio de humor.
ResponderEliminarOs meus parabéns.
Um abraço e boa sorte
Rui
ResponderEliminarParafraseando o nosso amigo João Celorico e a si próprio(pois nem conheço mais ninguém que tenha usado tal expressão) tenho que lhe dizer "porreiro pá".
Ficámos com informação científica sobre a castanha, essa semente que julgávamos fruto...
Diverti-me com o seu texto.
Parabéns
Um abraço
Alcinda
Acabo de cair por cá...
ResponderEliminarMas francamente com um público destes, atencioso e simpático... tão atencioso que até houve quem me chamasse "Amiga"... ooops! não era para mim.. Já revi. Mas sou uma alma assim, "alma amiga" :)
Deixo a toda a gente que comentou o meu texto, o meu agradecimento ou como diria a Amália Rodrigues: "Óbrigadas! Óbrigados... Óbrigadas!"
Não podendo votar em mim mesmo (por não ter entendido como poderia fazê-lo sem que toda a gente notasse) agradeço a quem teve o desplante de o fazer.
Beijinhos para as donas da casa (da Aldeia) e para todos vós que me fizeram quebrar algumas promessas acabadinhas de fazer no meu blogue!
Agora mesmo a sério:
Desta ideia eu gosto!
Obrigado pelas vossas palavras!
Rui (In-Provavel)
Realmente só á Castanhada era possivel resolver algumas Mota Engil... De qualquer maneira, um grande texto, valeria acrescentar uma fogueira de S. Martinho... mas não para as Castanhas, que essas não têm culpa nenhuma.
ResponderEliminarAlexandre Cunha
Estes saltos no tempo deixaram-me siderada!!! Isto só em ficção científica com máquinas que nos teletransportam para épocas completamente diferentes!
ResponderEliminarNeste tempo cinzento, o melhor, de facto, é rir...
Pois, "porreiro pá" para ti também, Rui Veleda. O que escreves é digno de atenção. O problema é que os portugueses SÓ ligam a futebol e novelas, sobretudo as produzidas em directo pelos telejornais, mais ainda se incluirem apedrejamentos em praça pública. Alquém quer mesmo, mesmo saber se necessitamos mesmo (o pleonasmo é retórico) de um TGV? Ou se não será o financiamento partidário a necessitar de tal desperdício?
ResponderEliminarAndré Vieira
Muito fixe, este texto! Além de didático, está escrito com muito humor ... até parece coisa duma endiabrada ihihihih
ResponderEliminarGostei muito e acho que merece o meu voto
dentadinhas (na castanha, claro ihihihi)
Podiam chamar-se "vermelhas"? Podiam chamar-se "amarelas"? Podiam, mas não era a mesma coisa! Então não seriam castanhas ahahahah
ResponderEliminarExcelente texto! Gostei