Hoje estou por terras de Idanha, conhecer a famosa Feira Raiana, que tanto falámos aqui. Por isso esta semana, venho visitar a Aldeia, no final do dia (se assim for possível). Quando voltar para Viseu, prometo contar-vos como foi, se não conseguir postar lá, é claro!.
Entretanto, para os meus leitores não terem nada que fazer, para além de lerem e comentarem e votarem no melhor texto sobre os vinhos, convido-os a fazerem uma pequena viagem comigo pela História, sobre o mundo fantástico dos vinhos:
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Imagem retirada da internet
Não se sabe quem o inventou e onde apareceu, mas sabe-se que o vinho foi muito apreciado na Antuguidade, pelas primeiras grandes civilizações da Humanidade, como um verdadeiro néctar dos Deuses. Os egípcios, entre os 1000 a.c. e 3000anos a.c. foram os primeiros a registar, em pinturas tumulares, as principais etapas do ciclo da vida do vinho. Encaravam-o como uma riqueza tão importante como o ouro , para acompanhar o faraó na vida além da morte .
Já entre os gregos, o vinho não só era consumido, como era um dos ingredientes usado para a preparação de medicamentos, cosméticos e confecção de molhos. O grande Homero fez questão de fazer referência, na Ilíada, ao vinho e à colheita das uvas durante o Outono.
Baco: Imagem retirada de internet
O vinho na antiguidade esteve ligado à mitologia grega e romana: celebravam festas em honra do Deus Dionisus e do Deus Baco, respectivamente. A sua colheita era associada ao culto de Júpiter, como fonte do bem e a Vénus, deusa do amor e da alegria.
O prazer era vivido intensamente em todos os aspectos da vida social. Incentivavam o seu consumo até ao limite: ficou conhecido o Dauso, filho do Imperador Tibério, como o maior bêbado do império romano; o Plotino, filósofo grego recomendava bebedeira a cada 14 dias.
Passagem das bodas de Canã : a transformação da água em vinho por Jesus Cristo
Imagem retirada da internet
Já na Bíblia o vinho era enaltecido como um licor escolhido por Deus para simbolizar o amor, sendo por isso citado cerca de 521 vezes em várias passagens. A Igreja Católica e, em especial, o monarquismo tiveram um papel fundamental para a implementação e desenvolvimento da cultura vinícola na Idade Média. Tornando-se a maior proprietária de vinhedos, deu a conhecer na época a técnica do fabrico do vinho à Europa.
Na cultura judaica, também teve uma presença importante: cedo produzia o vinho "Kacher", feito sob a orientação de um rabino (ainda hoje se produz, por exemplo na Beira Interior, em Belmonte).
Imagem retirada da internet
No séc. XVII surgem os conhecidos espumantes franceses que se tornaram num dos vinhos mais importantes da época, até ao séc. XVIII, momento em que o Vinho do Porto começou a ser muito apreciado pelos Ingleses, graças ao Tratado de Methuen. Um acordo comercial entre Portugal e Inglaterra feito em 1703, em que se comprometiam os portugueses a comprar os têxteis aos ingleses e estes compravam vinho português.
Graças a esse Tratado, o vinho do Porto e da Madeira tornaram-se os vinhos mais apreciados pela Europa, criando todas as condicões para o seu florescimento económico. A oportunidade de negócio foi tão grande, que começaram a surgir as primeiras falsificações do vinho. Para combater a crise, entretanto instalada, e as falsificações, em 1756 o Marquês de Pombal criou a primeira região demarcada em Portugal, na região do Douro, onde se produz o vinho do Porto.
(Mas isso não significa que o Vinho do Porto apenas se produzia por esta altura. Há referências arqueológicas, com a existência de pequenas lagaretas e lagares familiares espalhados pela região, que demonstram que já se produzia vinho pelos séculos III/IV).
Actualmente existem no total 33 denominações de origem , enquanto vinhos de qualidade produzida numa região demarcada ligada à respectiva região ( VQPRD), de forma a controlar e certificar rigorosamente todo o processo, desde a vinha até ao consumidor, de uma forma credível:
- Denominação de Origem controlada (D.O.C);
- Indicação de Proveniência Regulamentada (IPR);
As regiões demarcadas actualmente são as que pode visualizar no mapa que se segue:
Retirada da internet
Temos actualmente uma grande variedade de vinhos, para todos os gostos e todas as bolsas.
Se já na Idade Média, ter vinho era um privilégio exclusivo de uma pequena elite, hoje qualquer pessoa pode comprar um bom vinho a preços muito acessívéis. Seja numa loja especialista em vinhos, numa Quinta ou Adega produtora de vinhos, em qualquer supermercado, ou até mesmo num simples clique on-line, é possível ter acesso a ele, sem desculpas (mas só para maiores de 18 anos, e com moderação, é claro!): para não falar nos prémios que temos para oferecer aqui para o melhor bloguista e melhor comentário feito aqui na Aldeia da Minha Vida até dia 28!
Agora digam lá, caros amigos gostaram desta pequena viagem à História do Vinho (embora muito simplificada...pois havia ainda muito para dizer...)?
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Observações:
Fontes:
Stuart Walton, "Manual enciclopédico do vinho", Editorial Estampa.
Thierry Desseauve "Livro dos vinhos", Chaves Ferreira Publicações.
Graça Medelin "O vinho das ilhas"
Susana,
ResponderEliminarSabemos saborear o vinho e, muitas vezes, não sabemos da sua história. Adorei!
Que seu começo de semana seja abençoado.
Beijo grande, menina linda.
Rebeca
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Um pouco de HISTÓRIA sobre a origem do vinho assim logo pela manhã, dá saúde e faz crescer (opps! acho que confundi o vinho com o leite eheheh)
ResponderEliminarBoa semana também para Tu :))
dentadinhas
Ora, é aqui mesmo que vou dar largas à minha "indignação"!
ResponderEliminarHá 2 dias que estou, calmamente, a ver o que se está a tramar nas minhas costas!!!!!
Isto, não se faz! Estou zangado! Primeiro, comigo mesmo porque, não conheço a minha terra como devia. Aquele miradouro não faz parte das minhas recordações! Depois, com a pressa que estava, resolvi não colocar a minha legenda nas fotos (também para não criar mais problemas à organização!). Agora, por ver que, quer queira quer não, terei de ser "blogger voluntário". À força!
Isto tudo, fruto do conluio de alguns que me querem "mal" e da organizadora que, pelos vistos, tem pouco trabalho!!! Estou de rastos! Deram um brinquedo ao menino e agora como é que ele brinca, sem estragar? Vamos tratar disto, depois!
Passemos à frente. As minhas legendas, apesar de tudo, aqui vão, só para que constem, claro está!
1ª : Na aldeia mais portuguesa de Portugal, o Deus Telúrico, Arquitecto do Universo, postou dois guardiães à porta duma "casa portuguesa, concerteza"...
2ª: ...e, na mesma aldeia,o Homem, criação última desse Deus, "arrancou uma pedra, dura bruta, tosca, informe" e, moldando-a, legou-nos pedaços da história dum povo.
3ª: Os longes, que a nossa vista alcança,esbatem-se na quietude dos campos em volta daquela que os homens chamaram de "terra de salvação".
Por fim, aquilo por onde devia ter começado. Os meus parabéns a todos os vencedores (que foram todos e não só os premiados), à organização (não gosto de fulanizar e para bom entendedor...)e o meu bem hajam por todo o mal que me têm feito!
A minha "doença" agravou-se mas, agora, já sei que pode tornar-se crónica e que terei que saber viver com ela! Não há-de ser nada!
Este comentário está a ficar longo, pelo que vou parar por aqui e enviar outro!
Bem Hajam
João Celorico
Cá estou, de novo!
ResponderEliminarEstá-se a criar no "povo" a ideia (falsa, digo eu) de que eu serei um poeta! Será já efeito dos vapores da blogagem presente?
A ideia não me desagrada mas foi a primeira vez que, à parte umas brincadeiras sem grande significado, eu me resolvi a assumir um bocadinho essa condição. E tudo porque ninguém comentava sequer o trabalho que eu tinha feito. Esta é a verdade. Também é verdade que, quando entro nestas coisas, é para ganhar e se nem sempre se ganha também o mais certo é que nunca se perde. Ainda certo, é que em tudo que tenho entrado e em áreas variadas, não me tenho dado mal. Isto, é para impressionar a concorrência!
Esta agora, de me movimentar dentro do blogue, também há-de correr bem. O menino, já gatinha!
Não percebo nada de vinhos, pelo que me será difícil não ficar bêbedo antes de acabar de escrever qualquer coisa sobre o vinho. Talvez se dê um jeito!
Já agora, só mais uma advertência aos meus seguidores. Eu, às vezes, não sei por onde vou. Tenham cuidado!
Se esqueci alguém, peço me desculpem mas, lidar com a fama é muito difícil!
Bem hajam,
João Celorico
Olha só quem está a protestar,
ResponderEliminarOra se bem ouço seu grito,
De quem entrou no post só para comentar,
E que não pára de tagarelar,
Se não é o João Celorico!
Menino - tens coração de guri - por que andavas sumido?
Se tem tanha gente que aqui te ama
Saudosos estávamos dos teus versos sabidos
Que causa frisson e alaridos
Que com o novo blogue ganha fama
Agora que és dono de blogue
Fica esperto, já está na guerra
Não encontro outra que rime com blogue
Parece até que estou de porre
Dá-nos a conhecer a tua Salvaterra
Só você mesmo para parar o que estou fazendo e tentar fazer versinhos para um portuga que está além mar ou trás dos montes.
Celorico, vai aqui o meu carinho pelo amigo. Achei supimpa a idéia da Susana em dar-lhe um blogue, para torná-lo um "blogger voluntário". À força!"
Susana, só hoje vi o seu comentário no post da semana passada no blogue. Daí a demora para vir aqui atender o convite. Minha saúde está estável. Ainda vou passar por avaliações médicas no início de outubro. A mudança provisória de residência e somente ter conseguido resolver, ainda que parcialmente, o problema da internet há apenas dias atrás, são os motivos da minha ausência neste seu adorável blogue.
Abraço do amigo,
Antonio
Ô Susana!
ResponderEliminarJá reparou que o Celorico acaba mexendo com todo mundo e movimentando o blogue?
Acabei me enrolando no último verso, que até virou piada. huahauahauahaua
Mas por vocês eu até arrisco pagar um mico.
Abraço carinhoso,
Do amigo,
Antonio
Olá Suzana, li rapidamente o texto,,retorno para aprofundar a leitura poque o tema é bastante interessante.
ResponderEliminarPasando pra agradecer sua visita. e o gentil cometário.
Uma boa semana pra ti !@!
Hod.
Amigo António
ResponderEliminarNão esperava isso de si. Então agora também me quer seguir? Olhe que é capaz de não ir por bom caminho! Não diga que não o avisei!
Então cá vou eu!!!
Vejam o que nunca se viu,
estou eu a falar de vinhas
e também lá do “Brásiu”
me enviam “dentadinhas”!
Isto assim não é humano.
Que comentário tão enxuto!
Eu, como César, o romano,
digo: - Também tu, Bruto?
Porque me persegue assim
e não me trata como igual?
Basta olhar bem para mim.
Vê-se! A ninguém faço mal!
Meter-se assim comigo?
Isso não é coisa boa.
Se eu até sou seu amigo
e o António boa pessoa!
Agradeço a amabilidade
de não me julgar possidónio
e isso só mostra amizade,
lhe digo, amigo António!
Se me calo, fico mudo!
Então o que é que faço?
Olhe! Bem hajam por tudo,
e recebam o meu abraço!
De coisas sérias falando,
embora brincando amiúde,
aqui lhe estou desejando,
meus votos, de BOA SAÚDE!
Até sempre
João Celorico
Mas afinal ...
ResponderEliminarSerá que li bem? Atã como é? Nã querem lá ver que anda por aqui mais algum diabrete à solta?
Quem é que se atreve a dar "dentadinhas" na minha ausência?
dentadinhas lusas e em exclusividade absoluta
Suzana adoro vinhos e não sabia nada sobre eles. Bom vim aqui de novo.
ResponderEliminarBjsss
Amigo João,
ResponderEliminarAgradeço os votos de boa saúde. Estou mesmo precisando. Creio em Deus que esta fase está terminando: tenho pedido a Ele a cura da infecção nas vértebras, a me combalir desde janeiro de 2006.
Esteja certo que é sincera a amizade, bem como o carinho e mais certo ainda que é recíproco.
Sua forma de comentar cativam a gente, assim como seus versos dão alegria e colorido à vida. Esta, ainda que muito agitada e corrida, continua sendo o dom maravilhoso de Deus para cada um de nós.
Abraço do amigo,
Antonio
Olá a todos!Esta brincadeira está bem animada! Regressei hoje da feira para descansar um pouco e para vos visitar a todos!
ResponderEliminarJoão: Não esteja chateado por pensar que não conhece a sua terra...mas foi um conterrâneo seu que disse que alí era o miradouro da aldeia. Se calhatr dá outro nome à quele local...e agora fica a pensar que não conhece...
António Regly: espero que se encontre mesmo muito melhor! Vai ver que em Outubro estará novo em folha!
Cusquinha...parece que há alguém que anda a copiar, mas é sinal que as tuas dentadinhas são mesmo boas...
Rebeca, Hot e Neide: obrigada pela vossa presença aqui!
ResponderEliminarPrometo visitar todos, para brindar com um bom vinho!
Até já!
Abraço Susana,
Ó da casa! Posso comentar, posso?
ResponderEliminarAs minhas desculpas, principalmente aos meus "seguidores". Se aqui não tenho estado é porque não tenho podido. Eu avisei-os! Ponto final!
Para se entreterem, aqui lhes envio o meu intróito aos comentários que a todos farei. Aguardem só mais um pouco. Está bem?
Já a Salazar se ouvia dizer
e, disse-o até muitas vezes.
É o vinho, quem dá de comer
a um milhão de portugueses!
Se em terra de invisuais
que tem um só olho é rei,
aqui estou eu, sem mais,
comentando o que não sei!
As ideias são minhas,
vai tudo no mesmo saco,
os vinhos e as vinhas
e os amantes de Baco!
Nisto de vinho eu acho
é que, quem dele beber,
pode ficar “borracho”
ou, apenas entontecer!
Por aquilo que aqui topo
meus amigos, podem crer,
é que nem é preciso copo
o que é preciso, é beber!
De uvas crestadas ao sol
fala esta blogagem animada.
Para alguns, é tudo “briol”,
para outros, aquela “pomada”!
Até nas cantigas, o vinho,
se sobrepõe à linda vinha.
Os homens pedem um copinho
mas, que o traga a Clarinha!
E se, muito amavelmente,
os comentários me pedem,
espero que toda a gente
com eles se embebedem!
Depois de comentar
e beber “à maneira”,
vou-me já retirar,
e curtir a bebedeira!
E, após bem visto, tudo,
vamos a ver que o prémio,
como partida de Entrudo
vai parar a um abstémio!
Por vezes nos meus versos
a musa nem sequer poisa.
Por isso eles vão dispersos,
e não digo coisa com coisa!
Divirtam-se, que eu vou continuar o trabalho!
Bem hajam, por ainda não terem corrido comigo
João Celorico