Heriberto Vera é um cidadão espanhol, de Sevilha, que escolheu a aldeia de Monsanto para trabalhar e morar. Recentemente tomou posse da Pousada de Monsanto, conhecida por “Divinus Monsanto”, na qualidade de gerente do estabelecimento.
Para além de patrocinar esta iniciativa da Blogagem Colectiva
"Aldeia da Minha Vida", com a oferta do prémio de um fim-de-semana na sua Pousada para duas pessoas, Heriberto faz questão de participar com o seu testemunho sobre a sua aldeia de eleição, numa entrevista promovida pela Olho de Turista, em Maio deste ano.
É obvio que este texto não será alvo de votação, mas quem quiser fazer comentários, pode fazê-lo .
Para além de patrocinar esta iniciativa da Blogagem Colectiva
"Aldeia da Minha Vida", com a oferta do prémio de um fim-de-semana na sua Pousada para duas pessoas, Heriberto faz questão de participar com o seu testemunho sobre a sua aldeia de eleição, numa entrevista promovida pela Olho de Turista, em Maio deste ano.
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Entrevista a Heriberto
OT (Olho de Turista): O que faz um espanhol vir para Portugal, mais concretamente a Monsanto?
H (Heriberto): Estava a trabalhar em Espanha numa empresa de Gestão e um dia vi um anúncio a oferecer um posto de trabalho em Monsanto. Enviei o meu currúculo, fui seleccionado e vim para cá. Comecei a trabalhar aqui ( Pousada) a 14 de Julho de 2008.
Quando cheguei a Monsanto, depois de dar uma volta, o primeiro impulso, foi pegar no meu carro e voltar para Sevilha. Pensei:”O que faz um espanhol, de uma grande cidade, como Sevilha numa aldeia portuguesa, perdida no espaço e no tempo?” Contudo, após a primeira noite que passeei e dormi em Monsanto, fiquei “enfeitiçado”. Fiquei “enamorado” de Monsanto. Viver em Monsanto é fantástico. As casas e as ruas são feitas de pedra. Há muitas pessoas com muita sabedoria popular, com muitos anos e que conservam parte dos costumes e da cultura de Monsanto. Isto na maioria das populações está perdido e aqui está vivo. As pessoas são muito simpáticas e muito solícitas. Estão sempre prontas para ajudar e contar histórias de Monsanto. Agora só saio de Monsanto quando, um dia falecer. Para mim, Monsanto já está entranhado na minha pele. Se vocês ficassem aqui uma semana também ficariam encantados com Monsanto. Além disso, é muito tranquilo.
Há uma relação muito boa e mútua entre a população e a Pousada. Uma não consegue viver sem a outra. Por isso estou tranquilo, quanto ao futuro da Pousada.
Entrei como funcionário em 2008 e a partir de Abril deste ano, passei a gerir a Pousada.
Como novo gerente, tenho objectivos para cumprir no prazo de dois anos, que incidem especialmente no melhoramento da qualidade de prestação do serviço aos nossos clientes.
O lema da pousada é: ser simpático e prestável ao cliente, aos turistas e a todos que nos visitam. Procuramos que se sintam em casa. Não quero que o cliente seja o turista do quarto 103, mas sim o senhor “António Oliveira”. Criamos uma relação de amizade e de cumplicidade com cada cliente. Há clientes que me telefonam, antes de virem de novo, para que eu os ajude a encontrar lojas típicas, ou de lembranças, etc. Um serviço personalizado, como o nosso é difícil de encontrar, inclusive nas rejeições que confeccionamos, temos o cuidado de saber as preferências do cliente. Queremos que o cliente se sinta confortável , tenha o prazer de apreciar a nossa pousada e vontade de regressar. Queremos que se sintam em sua casa.
OT: Há pouco falou de serviço. O que entende por serviço?
H: O serviço resume-se a esta frase: “ Quero que o cliente, ao entrar pela nossa porta se sinta como se estivesse em sua casa”. Queremos que o cliente se sinta cómodo, confortável e a seu gosto e esqueça os seu problemas e preocupações enquanto está aqui.
Nós hoteleiros somos vendedores de ilusões. Quando vamos de férias ou de fim de semana compramos uma ideia e uma imagem do local para onde vamos. Contudo como vamos explicar à priori as sensações de conforto e de bem estar que o cliente vai sentir aqui?
Queremos que o cliente se sinta bem e isso transmite-se aqui no decurso da estadia. Ele vai sair daqui e dizer: estive em Monsanto e adorei! É um local fantástico e estive numa Pousada de sonho! São super amáveis. Se necessito de algo, eles procuram logo satisfazer-me. Quero que cada cliente seja meu vendedor de sonhos e de ilusões e desta terra também.
OT: em termos de projectos para o futuro há alguma coisa que gostaria de fazer nos próximos anos?
H: Há vários projectos para a Pousada e para Monsanto. Uns promovidos pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e pelo Turismo de Portugal, outros por minha conta. Pretendemos arranjar fisicamente a Pousada, com algumas obras para a melhorar.
Também gostaria de ministrar alguma formação especializada aos meus colaboradores. Aprender deve ser uma constante. Nós tentamos aprender com cada cliente, porém há que ter também uma formação de base, para que possam satisfazer os clientes.
O projecto que tenho é crescer em termos de serviço e qualidade servidos ao cliente, já que não posso crescer fisicamente, dados os limites do edifício.
Por fim o meu projecto final é ter amigos que nos queiram vir visitar em sua Casa.
Este é o meu projecto de fundo
.
Para Reservas e Informações: Telefone:
277 314 071 /277 314 471
E-mail: pousadamonsanto@hotmail.com
_______
Escrito por Susana
Monsanto/Idanha-a- Nova/ Castelo Branco
Gostei imenso desta entrevista. E Monsanto é tal e qual assim *
ResponderEliminarCatarina
Em nome da Pousada de Monsanto, obrigada, Catarina! Só tu, que conhecer Monsanto poderias confirmar a magia que existe emMonsanto, como Heribato conta.
ResponderEliminarUm abraço, Susana
tenho essa vantagem sim Susana .. terra do meu Pai e de toda a sua família :))
ResponderEliminarMais uma vez quero aqui deixar registado o meu apreço por esta iniciativa *
Entrevista com interesse. Explica a razão do Heribato se encontrar em Monsanto.
ResponderEliminarDe Inverno deve ser um pouco mais difícil...
´João: Por acaso enganas-te! no Inverno esta Pousada consegue estar cheia, com as actividades organizadas pelas entidades públicas da região, para não falar do facto de ser o único alojamento de Monsanto.
ResponderEliminarObrigada pelo comentário.
Bjs Susana
Susana um duplo parabens para voce! Primeiro por essa blogagem tão bem organizada e segundo por essa excelente reportagem/entrevista!
ResponderEliminarJá postei minha participaçao no Café, mesmo sabendo que naturalmente não concorro ao premio, mas o importante para mim é homenagear Portugal que amo e seu blog e amizade!
Abraços
Mirian Mondon
Não conhecia este blog. Cheguei aui via Once e gostei imenso do que já li. Parabéns!
ResponderEliminarApenas uma sugestão. Não podem acilitar o processo dos comentários? É moroso e já me deu dois erros. Será qu e é desta?
Gostei da entrevista. Há anos que ando com vontade de conhecer aquela que por ventura será a mais conhecida das aldeias portuguesas. Infelizmente ainda não se proporcionou essa tão desejada visita. Mas como cantava Amália em relação a Viana, Eu hei-de ir a Monsanto algum dia.
ResponderEliminarUm abraço
Susana
ResponderEliminarBela entrevista, parabéns.
Todo este trabalho é muito longo e vai-se lendo a pouco e pouco e para mim é um prazer ir lendo.
Nem imagino o trabalho que tu amiga tivéste!? Mas ficamos com vontade de conhecer melhor este nosso cantinho, por isso valeu a pena estás de parabéns, aliás estamos todos.Tenho sorte, conheço as aldeias que para mim são as mais
bonitas, para além da minha (essa é do coração)
e Monsanto para mim é como uma donzela virgem no dia do casamento,linda de morrer, passa e toda a gente abre a boca de encantamento entendes?!
Eu adoro essa aldeia, de quando em quando perguntamos: onde vamos? Dar uma volta até Monsanto e lá me perco por aí.
Um abraço grande, até sempre
Natália Nuno
Em nome da Pousada e da Olho de Turista, agradecemos as vossa simpáticas palavras!
ResponderEliminarEsta é ua oa oportunidade para conhecermos o onsso país mais profundo lendo estes posts de todos os partuicipantes. Agradeço também aos participantes por abraçarem esta blogagem e darem o seu contributo.Sem voç~es nada disso seria possível!
Um grande abraço a todos!