quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

FORTALEZA MASCULINA, CARNAVAL E PURPURINA

(Imagem ilustrativa do Jornal Extra)

Em Fortaleza, cidade onde vivi metade da vida, em todo Carnaval a cena se repete: os homens adultos, alguns já de meia idade e bigodes fartos, apresentam-se vestidos a carater - blusas rendadas, saias curtas, meias-calças coloridas, maquiagem caprichada e perucas extravagantes - absolutamente prontos para... jogar futebol.

Pouco antes da partida, eles/elas ignoram completamente o esquema tático do adversário, mais preocupados com os perfumes e lencinhos nas bolsas cor-de-rosa. Alguns contam com torcidas organizadas e lançam gritos de guerra como: "Pelos poderes de Gisele!". A Bündchen, é claro.

Os atletas se cumprimentam com beijinhos antes do jogo, cordialmente mostrando recortes de jornal dos artistas de cinema e TV, mas rapidamente se desentendem. "Larga que ele é meu!" - assim começa a disputa, ainda fora do campo.

Todos a postos, o juiz inicia a partida. Os times se lançam em direção à bola, de saltos altos. Há sempre muitos, muitos tornozelos torcidos. De repente alguém grita, desesperadamente: "Aaaaiiii!!!! Quebrei minha unha!" e os jogadores fazem um círculo em volta, cada qual com seu respectivo kit de manicure, para consertar o estrago.

Quanto aos gols? Bom, talvez eles até existam, mas tudo acaba rapidamente quando alguém coloca para tocar os primeiros acordes de I will survive.
Moral da história, no carnaval, nem o sagrado futebol escapa com dignidade.

Escrito por Ana Claudia Pantoja, do blog Café das Ilusões

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9 comentários:

  1. Olá, Helena!
    Vim até aqui e li tudo acerca do Carnaval, li também sobre a blogagem colectiva de que me falaste, mas não vou prometer para não faltar. A verdade é que não sei se terei tempo até dia 8 de Março de escrever sobre "Onde cresceu o meu pai". Tenho de participar em várias acções de formação sobre os NPP, fazer trabalhos... a preparação da Semana da Leitura lá na Bibliotaca, aulas,reuniões,testes... Se tiver uma folgazinha escreverei algo. Pode ser? Há limite de palavras, tipo de letra, tamanho? Depois envio para o email?
    Bj
    Mena

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  2. Vim desejar uma boa semana e fazer uma visita, ando muito ocupada com a decoração de vários blogs de amigos.
    Deixo beijinhos.
    Manuela

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  3. Olá Ana Claudia!
    Gira essa versão fortaleza do Carnaval.Lol..esses homens são altos e brilhantes,lol...Estou a imaginar a Selecção Canarinha com esse novo visual,brincadeirinha.Se calhar,até ofuscavam o adversário e ganhavam logo tudo :p
    Está muito engraçado o seu texto.

    Jocas gordas
    Lena

    Olá Manuela: Boa semana também e força nisso da decoração.O seu blog está sempre muito giro,por isso imagino a quantidade de pedidos dos amigos :)
    Olá Mena: esteja à vontade.Se tiver tempo,fazemos gosto em que participe.Se nao der,pode sempre participar lendo e comentando os textos a partir do dia 10/03.

    Jocas gordas
    Lena

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  4. Ora aí está uma forma original de viver o Carnaval! Boa descrição, bonito texto.

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  5. Deste Carnaval não desgosto. Brinca-se sem ofender e toda a gente se diverte, os intervenientes e a assistência, além de se pôr à prova a imaginação de cada um. Ah, e "elas" não enganam ninguém!!!
    Fez-me lembrar um relato de futebol, humorístico, feito pelo José de Vasconcelos. Seria entre o Vasco e o Arsenal!
    Findo este intróito, aqui vai um resumo do meu jogo de futebol em que as semelhanças, com esse, serão pura coincidência...

    Belo estádio, todo lotado,
    e numa bela tarde de sol,
    as “damas” foram ao gramado
    jogar partida de “futibol”!

    Enquanto a torcida gritava,
    sempre em grande escaracéu,
    o primeiro time já entrava
    com a bela perninha ao léu!

    E tal alvoroço não parava
    pois que já estava na hora.
    Eis que outro time entrava
    mas, com a maminha de fora!

    Foi uma grande confusão
    e ouviu-se tanto grito,
    que o árbitro, trapalhão,
    perdido, engoliu o apito!

    Uma “dama”, centroavante,
    julgando-se no Maracanã,
    de equipamento, elegante,
    vestia um Saint Laurent!

    Outra não calçava chuteira
    e, creio não haver engano,
    era sapatinho de biqueira
    do último modelo italiano!

    P’rás “damas” do grande jogo
    a meia cancha é uma rotunda,
    onde o tal árbitro pega fogo
    dando palmadinhas na bunda!

    Logo, mal o jogo começou,
    uma “dama”, num desalinho,
    foi a correr e tropeçou
    lá quebrou o sapatinho!

    Minha nossa! Que desgraça!
    Isto não há quem resista!
    Tal ferimento só passa
    nas mãos do massagista!

    A torcida toda ela se animou,
    o jogo estava sendo uma seca,
    quando uma “dama” escorregou
    e ficou-se-lhe vendo a cueca!

    O jogo, termina menos mal.
    Isto, só porque eu quero!
    É jogo, mas de Carnaval,
    e resultado zero a zero!

    João Celorico

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  6. Bonita brincadeira!
    Os travestidos a jogarem à bola de salto alto...
    Mas que Carnaval engraçado que não será:-)

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  7. Passei por aqui para conhecer o blog. Gostei.

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  8. Olá!
    Obrigada pelo esclarecimento, se tiver tempo, participarei.
    Bom fim-de-semana!
    Bj
    Mena

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  9. parabens pelo blog...
    Na musica country VIRGINIA DE MAURO a LULLY de BETO CARRERO vem fazendo o maior sucesso com seu CD MUNDO ENCANTADO em homenagem ao Parque Temático em PENHA/SC. Asssistam no YOUTUBE sessão TRAPINHASTUBE, musicas como: CAVALEIRO DA VITÓRIA, MEU PADRINHO BETO CARRERO, ENTRE OUTRAS...
    VIRGINIA DE MAURO a LULLY é o sonho eterno de BETO CARRERO e a mão de DEUS.

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