(A minha descendência, Carnavalando!!!)
Contra o que possa parecer, não sou folião compulsivo. Gosto de brincar todo o ano, sem hora nem dia marcado, desde que tal se propicie.
Véspera de Carnaval, no local de trabalho, palavra puxa palavra, vai de combinar uma noite de borga! Caramba, a vida não era só trabalho! Juntámos meia dúzia de aderentes e ficou combinado. Depois do jantar, reuníamo-nos no Rossio, para dar início à rambóia.
Havia um primeiro abastecimento, pois a noite ia ser longa. Entrámos na Ginginha e, vai um copito. Tudo jóia, segue a ronda, e lá vamos a caminho da Casa do Alentejo, ali ao Bairro Alto. O bailarico estava fraco, as damas ocupadas e o bilhete não era barato. Vamos a outro que este não dá! Rua abaixo, direitos à Casa das Beiras, onde o panorama não era melhor. Talvez no Cais do Sodré, de má fama. Estavam os bares cheios e pouco convidativos. A meia-noite já era e a volta continuava. Voltámos ao ponto de origem e começámos a discutir novo plano de ataque, mas agora íamos andando, para não perder a embalagem. E foi nestas deambulações que, lá para as 2 horas daquela linda noite, alguém deparou, ali mesmo, numa travessa, quase escondido, um placard luminoso onde se lia “Bomjardim”. E o anúncio falava em frangos de churrasco e não sei que mais. Nova reunião de emergência, donde saiu sapiente resolução. - Ficamos já aqui! Um franguinho de churrasco, vem mesmo a calhar! Deu-se a aprovação, por unanimidade e de pé, apesar das pernas já começarem a acusar algum cansaço.
Sentados à mesa, mandámos vir a dose do franguinho, bebemos uns púcaros, dissemos umas larachas e, lá para as 4 da manhã, terminámos a actuação.
Fizemos as despedidas e cada um regressou a sua casa. Quando nos voltámos a encontrar, no local de trabalho, esta noite de Carnaval foi o tema das conversas. Uns, tal como eu, tinham “gozado” que nem uns perdidos, outros, coitados, caiu-lhes mal tanta diversão e diziam que quando se foram deitar viam tudo a andar à roda e, claro, chamaram pelo “Gregório”. Foi tudo prejuízo. Mal empregado frango!
Para Carnaval, não se pode dizer que não tenha sido “bem divertido”!
Escrito por João Celorico, do blog Salvaterra e Eu
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Mas que foliões tão incaurtos! Nunca ouviram dizer que "barriga cheia não dobra" ??? Quanto mais leve, melhor se dá ao pezinho ihihihi
ResponderEliminarÓ que belas "Joanitas"
E vestidinhas a rigor
Sorriem todas catitas
E são lindas, sim senhor!
Boa prosa, Joanito
dentadinhas
Na minha região, no Douro Litoral - Portugal, mais precisamente na Vila da Longra, do concelho de Felgueiras, embora com alguma simplicidade,comparativamente aos Carnavais mais ricos e tradicionais de tantas regiões, também houve e ainda há algumas particularidades. Dou nota disso num texto que publico no meu blogue
ResponderEliminarhttp://www.longara.blogspot.com/
Abraço do
Armando Pinto
Olá João!
ResponderEliminarAs suas filhas estão muito bonitas.
Ah,pois,pobre frango..lol...está engraçado,tá,tá...
Hoje está a nevar,vai ser 1 Carnaval branquinho!
Jocas gordas
Lena
No carnaval tudo é carnaval e não se fala mais nisso.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Olá João
ResponderEliminarQue saudades eu tenho do franguinho assado do Bomjardim! Era o melhor da zona.
Era lá que ia comprar o frango, quando não estava virada para a cozinha.
No entanto, eu acompanhava-o com água, mesmo que fosse Carnaval.
Beijinhos
Lourdes
Eu sou tal e qual assim
ResponderEliminarBrinco sem hora marcada
Basta olharem pra mim
Sou uma "cana rachada"
Entre um fraco bailarico
E um churrasco "Bomjardim"
A escolha do Celorico
Só podia ser assim
Que ramboia original
Que nem "ginginha" faltou
E passou-se o Carnaval
Que sem começar, acabou
Que rico primeiro abastecimento, João!
ResponderEliminarQuando vou à Baixa com tempo e companhia também bebo uma ginginha...
De resto o meu percurso de Carnaval e as minhas paragens para abastecimento são diferentes... quando o S.Pedro deixa...corre-se as ruas de Torres, pára-se para um pezinho de dança,um reabastecimento...este ano S.Pedro mandou-nos chuva e muito frio... e eu fiquei em casa e li o seu texto... não é a mesma rambóia... mas gostei!
Um abraço
Alcinda
Olá João!
ResponderEliminarNão posso deixar de comentar os belos textos que aqui são publicados, e este seu texto é um deles.
Cada um conta-nos o que realmente nos marcou nestes Carnavais, uns mais antigos outros mais recentes.
A nossa memória é realmente um bem fabuloso, não nos deixa esquecer os bons e maus momentos passados. Com ela só temos de rir e agradecer os bons, crescer e aprender com os maus.
Obrigada por nos mostrar outra versão de uma noite de carnaval. Não consolaram a vista mas consolaram o estômago.
Um abraço,
ugenia Cruz
Olá amigo João!
ResponderEliminarCom um Carnaval assim nem precisamos de mascara, mas sim dos amigos para ajudar nos divertimentos, com ginjinha, franguinho no espeto do Bomjardim e qualquer coisa mais para acompanhar.
Bonito Carnaval, Como se diz na minha terra "elas não custam a apanhar mas custam muito mais a curar".
Bom texto João! prova disso é que o carnaval pode ser sempre que nós quisermos e cada um se pode divertir muito bem á sua maneira.
Um abraço.
Acácio
João
ResponderEliminarVenho fazer uma ressalva. Afinal não era esse o restaurante onde eu ia aos frangos, mas como o nome também faz parte do meu imaginário, induziu-me em erro.
De qualquer maneira foi um Carnaval diferente.
Beijinhos
Olá a todos!
ResponderEliminarDesta vez deixei terminar a "festa" para responder a todos os que resolveram deixar aqui, além do seu comentário, também a sua amizade! É provável que, agora, nem todos leiam a minha resposta mas é o risco que resolvi correr. Está dito!
Amiga Cusquinha!
A ideia já não era de dar muito ao pé mas, talvez às mãos...
Quanto às Joanitas, saiem ao pai e eu já nem quase me lembro delas neste tempo...
Bem haja por gostar das minhas letras alinhavadas.
Armando Pinto:
Caiu aqui de paraquedas mas já visitei o seu blogue.
Bem haja pela visita.
Lena:
As meninas têm a quem sair...
Pobre frango? Rico frango, digo eu! Àquela hora soube que nem ginjas ( até porque a ginjinha já cá estava). Tenha tido um bom Carnaval, branquinho e muito colorido!!!
Cadinho RoCo:
Sem tirar nem pôr...
Bem haja
Amiga Lourdes:
Pois é! Franguinho ainda sem hormonas...
Acompanhado com água. Hum... não gosto.
Abraço
Amiga Pascoalita:
Bem haja por tal versejar. Parece-me ter entendido a situação e, pelos vistos, também não desaprovava.
Abraço
Amiga Alcinda:
Parece que não tenho os gostos tão estragados assim. Há quem goste do frango do Bomjardim, quem goste da ginjinha e quem não se importe assim tanto com o ritual carnavalesco...
Por último, mas não menos importante, há quem goste do que eu escrevo. É ouro sobre azul...
Bem haja
Abraço
Eugénia Santa Cruz:
Bem haja pelo comentário e por não ser radical em relação à tradição do Carnaval, entendendo bem que o corpo tem as suas fraquezas e, por vezes, quem manda é o estomago. Já o Camilo falava nisso (Coração, cabeça e estomago)...
Abraço
Amigo Acácio:
Pelo que vejo também não desdenhava comemorar assim o Carnaval, se bem que lhe estejam as tradições da sua terra ainda coladas ao corpo. Mas, um dia não são dias...
Ainda bem que gostou do texto. A intenção era essa.
Bem haja e um abraço
Amiga Lourdes:
A ressalva está feita. Apesar de tudo, naquele tempo ainda havia coisas boas, só que outras se vão intrometendo e elas não são esquecidas mas, por vezes, ficam um bocadinho baralhadas.
Os tempos passam...
Abraço
Nota final: Para todos os que comentaram quero dizer que vou fazendo visitas esporádicas aos vossos blogues, só que a visita é tão rápida que a grande maioria das vezes não deixo rasto. Do facto, as minhas desculpas!
João Celorico
Eu vi,eu vi..o seu comentário final :) Viu,há sempre alguém que venha ver.E eu acho que fiquei com o defeito da Endiabrada.Fiquei cusca.Ihih...
ResponderEliminarÉ um bom texto sim.Ontem por acaso,comi 1 franguinho churrasco e soube muito bem,mas com sumo de ameixa.
Bom fim-de-semana
Jocas gordas
Lena
"Este poema o que encerra
ResponderEliminare dos seus versos emana?
apenas amor à sua terra
duma Rosa, bem açoriana!"
João Celorico
Glosa (resposta da Azoriana)
Caro João Celorico:
"Este poema o que encerra"
Só agora lhe dedico
Quando a rima não emperra.
É tão linda a brincadeira
"e dos seus versos emana"
Um sorriso p'ra Terceira
Ao longo desta semana.
E também dos seus poemas
"Apenas amor à sua terra"?!
Brilham como diademas
Que do coração descerra.
Esta glosa agora finda
"duma Rosa, bem açoriana"
Vivo numa ilha linda
Cuja rima não engana!