(imagem da internet)
Quando era pequenina, disfarçava-me de fada ou de princesa. Até nos meus anos, o fazia. Não sei que tara era… Na adolescência, deixei de gostar de fantasias e passei também a ser anti-carnaval.
E porquê? Digamos que ficava irritadíssima no último dia de aulas, antes das férias de Carnaval. Pois, nesse dia, tínhamos de pensar muito bem qual das saídas do liceu era mais vantajosa. O que quero dizer com isso? Ora bem, nesse dia, a tradição era atirarem farinha, ovos e espuma de barbear uns aos outros. Achava isso uma estupidez total. Assim que saiamos do liceu, chovia ovos, farinha, tudo por todo o lado. Era ver jovens a correrem uns atrás dos outros. Muitos a fugirem dos atacantes armados de caixas de ovos…enfim…Eu, matreira, ia ver cada porta do liceu, averiguando aquela que tinha menos gente à coca. E lá, me esgueirava eu a mil à hora até a estação de metro para ir para casa. Só cheguei uma vez ao lar com um pouco de farinha nos cabelos e uma casca de ovo nos ténis.
Depois disso, só me disfarcei uma vez aos 14 anos, de detective. Estava de férias na vila vouzelense e andamos todos atrás do Entrudo para lhe preparar o enterro. Quem não estivesse mascarado, tentava adivinhar quem se escondia debaixo dos disfarces. Fui para casa divertida, pois ninguém adivinhou quem eu era por baixo da minha gabardina bege, estilo Inspector Engenhocas e sapatos de vela pretos tamanho 43 do meu tio…
Actualmente, nesse feriado de 3ª feira gorda, não saio para apreciar essas festividades. Fico em casa a seguir outro costume, típico dessa quadra e bem mais apetecível: CREPES! (é uma óptima sugestão para o dia dos namorados, não? ;) ) Sirvam-se!
Escrito por Deolinda Viana
Se gostou deste texto, vote nele de 24 a 28 de Fevereiro. Aproveite e comente. Quem sabe, é seleccionado para Melhor Comentário!
Adorei este texto Deolinda e é nele que vou votar. Tb fugi muitas vezes do entrudo, pois ele vestia cores que me assustavam :) Ovos e farinha faziam parte das cores que evitava. Quanto aos crepes, a minha mãe sabe fazê-los mas anda preguiçosa e agora até marchava um ;)
ResponderEliminar(eu não me atrevo a fazê-los).
Bj e um excelente s. Valentim a todos os que quiserem e puderem namoriscar.
Olá Deolinda!
ResponderEliminarPartilho da sua opinião.Também não sou muito de folias de Carnaval.Mas de crepes,sou bem adepta.As verdadeiras francesas levam rum,só que como não tenho rum em casa,vao sem.Também vou fazer amanhã,enão com este nevão que se abateu sobre Viseu,vao saber bem :)
Jocas gordas
Lena
Essa tradição dos crepes ligados ao Carnaval desconhecia, mas de resto sempre me irrtaram algumas brincadeiras carnavalescas.
ResponderEliminarA mais estúpida tinha como protagonistas os jovens da minha aldeia. Os rapazes enchiam sacos de terra com formigas de asas (mordem que se fartam) e atiravam-nas às moças que inevitavelmente se despiam em público. É uma cena que tenho gravada na memória desde a minha infância.
Gostei de ler e partilho da mesma opinião
jinhos
Olá Deolinda
ResponderEliminarPartilho da sua opinião. Troco os crepes pelo Carnaval. Ai a dieta!...
Beijinhos doces
Lourdes
Eu queria dizer que troco o Carnaval pelos crepes, mas este meu computador não me deixou emendar e, estou com muita dificuldade em entrar no "Aldeia".
ResponderEliminarBeijos
Deolinda
ResponderEliminarEu gosto das duas coisas e prefiro acumular... mas,de facto, na minha infância e adolescência em Beja não havia brincadeiras de Carnaval.
Mais tarde, aqui no Oeste, comecei a gostar, até porque como professora todos os anos ia com os miúdos ao Corso Escolar.
Aqui vive-se o Carnaval desde o berço... no sábado à noite houve um concurso de máscaras em que os grupos são constituídos pelos avós,pais e filhos... até tirei uma foto a um
napoleãozinho.
Isto,ao longo dos anos, entranha-se... e hoje estou aqui cheia de pena de não ter ido para o Carnaval...mas a chuva e o frio intenso não deixaram.
Mas gostei do seu texto, na mesma.
Boa sorte!
Um abraço
Alcinda
Ora, brinquemos ao Carnaval, satisfazendo a nossa gula, pois daqui a uns dias já é pecado! E,no Carnaval, nada parece mal!
ResponderEliminarPequena, ingénua e pura,
ia de princesa ou fada
mais tarde, mais segura,
não quis ser mascarada!
Irritava-a a tradição,
espuma, ovos e farinha,
e veloz, até à estação,
escapava quase limpinha!
Vontade de me mascarar,
tal arte nunca eu tive.
Gostaria de experimentar
o disfarce de detective!
Para ver se descobria
qual a razão, afinal,
de eu ter esta mania
de abominar o Carnaval!
Ou então, ainda melhor!
Esta ideia muito louca.
Ter dos crepes o sabor,
ficar com água na boca!
Bons crepes...
João Celorico
Olá Deolinda!
ResponderEliminarNão posso deixar de comentar os belos textos que aqui são publicados, e este seu texto é um deles.
Cada um conta-nos o que realmente nos marcou nestes Carnavais, uns mais antigos outros mais recentes.
A nossa memória é realmente um bem fabuloso, não nos deixa esquecer os bons e maus momentos passados. Com ela só temos de rir e agradecer os bons, crescer e aprender com os maus.
Apesar de me parecer que não gosta muito desta folias, não deixou de partilhar a sua ideia.
Um beijo.
Eugenia Santa Cruz
Boa noite!
ResponderEliminarQueria agradecer a todos pelos vossos comentários.Não é que "deteste" o Carnaval,é apenas que não ligo muito.Mas gostei muito de ler sobre os Carnavais tradicionais de outrora.Mas gostava de conhecer o de Torres Vedras um dia,por curiosidade.Este ano,fui obrigada a trabalhar no feriado,por isso não cumpri a tradicional confecçao dos crepes.É da maneira que não se estraga a dieta.Eheh...
Beijos
Deolinda Viana