sábado, 20 de fevereiro de 2010

CARNAVAL DE 1993

Apesar de não ser fã do Carnaval, adoro uma boa partida e sempre reagi mal às imposições que revelem arrogância e prepotência.

Foi assim interpretada a decisão do 1º Ministro Cavaco Silva, quando no ano de 1993 decidiu não dar tolerância de ponto na Terça Feira de Carnaval, obrigando os funcionários a comparecer ao trabalho (quem não se lembra?)

Tal decisão desencadeou ondas de revolta e manifestações de vária ordem, tendo em mim despertado o meu lado irreverente, levando-me a seguir à risca a máxima popular "é Carnaval, não se leva a mal" eheheh

E a vítima escolhida para as minhas travessuras carnavalescas foi nem mais nem menos que o Director do Departamento onde trabalhava, homem sisudo, com fama de autoritário que não tolerava o menor abuso. Naquele dia viu-se a braços com coisas muito estranhas! Primeiro fora uma chamada do Serviço Informativo dando-lhe os resultados desportivos, depois o Boletim Meteorológico e seguida da empregada da Fábrica de Sacavém pedindo-lhe a medida do cu para que o penico lhe ficasse bem e por fim várias chamadas eróticas, se bem que dessas até tinha gostado e nada tinha a reclamar eheheh. Mas o momento mais excitante ocorreu após uma breve ausência, quando alguém o informou que uma ex-colega de faculdade o aguardava no gabinete.

Vaidoso, qual Dom Juan, ficou estático, de olhos esbugalhados perante a visão da dama de cabeleira loira, pernas cruzadas que, sentada no cadeirão junto da sua secretária, o aguardava. Quem seria a sensual mulher que tomara a liberdade de entrar assim no seu gabinete?!? Avançou para ela de mão estendida, só depois se apercebendo que a bela loira não passava de um manequim estrategicamente preparado para o fazer cair na armadilha eheheh

A brincadeira podia ter-me saído cara se não tivesse dado corda aos sapatos imediatamente e não fosse o dia seguinte Quarta Feira de cinzas, o primeiro dia da Quaresma que apela à penitência, tolerância e fraternidade, mas posso afirmar que nunca me diverti tanto como nesse Carnaval.

Escrito por Pascoalita

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5 comentários:

  1. Correcção: Porque a menina Teté, cujo endereço é: http://pequenoquiproquo.blogspot.com/ me alertou no meu blogue para o facto da data 1994 estar errada, fiz nova consulta e confirmo que ela tem razão.

    Foi em 1993 que o Governo do então 1º Ministro Cavaco Silva, não deu tolerância de ponto, obrigando os funcionários públicos a trabalhar na manhã de Terça Feira de Carnaval.

    Obrigada à nina Teté pela correcção e peço à nina Lenita que proceda à correcção, para não haver mal-entendidos.

    jinhos

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  2. Ó Pascoalita
    1993 ou 1994 tanto faz. O que ele estava a pedir, era que lhe colocassem também assim uma loira marafada no gabinete , para não ser desmancha prazeres. Assim foi ele que nos pregou uma partida...
    Beijinhos

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  3. Cá está uma partida que eu seria capaz de preparar em qualquer altura do ano mas, não no Carnaval. Pode ser estranho, mas é assim!
    Posto isto, não posso deixar de ser solidário com o chefe. Caramba! Chefe, é chefe!

    Do Carnaval diz fã não ser
    mas parece ser bem foliona
    pois foi ao chefe oferecer,
    vejam só, uma boa “boazona”!

    Divertiu-se um bom bocado
    e não concordo nem um naco.
    Então, era o chefe culpado
    das invenções do Cavaco?

    Recebeu, em primeira mão,
    os resultados do desporto
    e depois , que confusão,
    a atmosfera no aeroporto!

    Da fábrica de louça, famosa,
    pediram-lhe eles as medidas
    para que o seu botão de rosa
    ficasse sem pregas doridas!

    Por último, é de morte,
    e da cabeça não me sai,
    o chefe, cheio de sorte
    só ouvia, ai!.. ai!.. ai!...

    Quem tem assim subordinados
    nunca pode viver sossegado.
    Fica sujeito a maus bocados.
    Deixe lá o homem, descansado!

    Abraço,
    João Celorico

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  4. Olá!
    Ai a Pascoalita,que era danada para a partida!Mas que deve ter sido engraçada,ai deve deve :p

    Jocas gordas
    Lena

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  5. Olá Pascoalita!
    Com que então pregando partidas ao nosso presidente. Isso não se faz!
    Ele merecia bem pior. nesse dito Carnaval não se portou nada bem.Mas como é carnaval não podemos levar a mal.
    Parabens um belissimo texto.
    beijo
    Acácio

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