Já tive a sorte de passar férias em lugares muito lindos mas o que vale é a companhia e por isso nenhuma delas se comparou a que passei com a minha Julinha no ano de 2005. Levei-a pela primeira vez a Portugal e como não poderia deixar de ser, fomos ao Portugal dos Pequenitos em Coimbra. Ela tinha, naquela época, cinco anos mas a nossa afinidade vem desde o berço e nos divertimos a valer. Ela entrava e saía de todas aquelas tradicionais casinhas em que um dia o pai dela também brincou.
No Verão o lugar estava cheio e por instantes ela se perdeu de mim.
Quando a encontrei ela vinha pela mão de um senhor e dizia com voz de quem vai chorar:
-Minha avó é bonita e está de blusa branca.
Esta foram as melhores férias da minha vida, numa tarde em Coimbra.
Escrito pela autora do blogue Pitanga doce
Terra: Coimbra: Portugal dos pequeninos
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Acredita que há mais de 50 anos que sonho ir ao Portugal dos pequeninos, que não conheço. Talvez quem saiba vá um dia com a Mariana.
ResponderEliminarPenso que deve ter apanhado um susto valente por causa da Julinha.
Boa sorte para o concurso.
Pitanga: Já fui há 2 anos a esse sítio adorável com o meu filhote. Espero voltar, para também mostrar ao segundo, que entretanto nasceu!
ResponderEliminarE todo o cuidado é pouco... quando temos crianças a passear connosco!
Obrigada pelo teu contributo!
Este seu texto tocou-me de uma forma especial. Não tenho dúvidas que essas férias foram as férias da sua vida, porque o afecto, o sentimento que nos vem da alma, se sobrepõe ao prazer que nos vem dos sentidos. Quais belas paisagens, quais palatinas gastronomias, perante palavras plenas de candura e significado proferidas pela boca de uma criança - "a minha avó é bonita"!
ResponderEliminarEm tempos que já lá vão, era eu uma criança, visitei Portugal dos Pequeninos. Fiquei maravilhada! Ali estavam o exemplo das casinhas que tanto gostaria de ter para brincar! Especialmente aquelas que tinham venezianas. Nesse tempo, as venezianas exerciam em mim um grande fascínio. Talvez fosse porque as janelas da minha casa eram toscas, pequenas, feias, e com portadas de pau. Os ricos, de então, viviam em casas com venezianas, e eu também queria ter janelas assim! A viagem de regresso fi-la em silêncio, perdida numa imensidão de sonhos, povoados pelas imagens das casinhas que tanto me haviam encantado, e continuei a sonhar com elas dias a fio.
Aqui vai o meu comentário:
ResponderEliminarCOIMBRA
Da cabeça não me sai
“o comentário melhor”,
o meu, amiga, aqui vai,
apanhe-o se faz favor!
Foi aqui que ainda crianças,
minhas filhas, de tenra idade,
alimentaram minhas esperanças
ao vê-las na “Universidade”.
Custa-me muito dizer isto,
ainda para mais a uma avó,
mas o meu voto, depois disto,
fugiu, desfez-se em pó!
João Celorico