sábado, 10 de abril de 2010

PÁSCOA NA MINHA ALDEIA (que é uma grande cidade)



A Aldeia da minha vida é uma grande cidade, pois foi aqui que nasci. Mesmo assim, Lisboa não deixa de ser uma grande aldeia. Aqui reúne muitas pessoas vindas dos quatro cantos de Portugal, que vivem, trabalham e se cruzam com as suas aprendizagens. Todos vamos dando um pouco de nós ao vizinho, se bem que numa grande cidade, se torna mais difícil essa faculdade. Porém eu cresci num destes prédios que no meio da azáfama e da pressa constante, ainda tem pessoas com um P grande. Pessoas que se ajudam, falam, riem e viram os seus filhos crescer, agora em muitos casos os netos, e lhe transmitiram que é ser humano.

E ser humano é não ser egoísta. Virar a cara para o lado quando perto de nós alguém precisa. É não atropelar o colega pela promoção. Mas o meu pai é do Norte. Foi de lá que trouxe o respeito e a tradição. Muitas vezes passei a Páscoa em Celorico de Basto. Quando o compasso vinha de casa em casa e se punham as mais alvas toalhas de linho, para receber Jesus. E o senhor padre e ajudantes, pois claro, tinham sempre um copinho de licor, bolos e folar. Feitos com amor para quebrar a fadiga. Nós crianças na altura, corríamos atrás, felizes. Hoje em muitas aldeias ainda há o costume, como o de matar o porco, fazendo a bola... Ai que saudades! O folar e tanta coisa boa. Os padrinhos e madrinhas ainda presenteiam os afilhados com amêndoas ou ovos de chocolate. Quando uma nota lhes aparece na mão, por pequeno valor que tenha é uma festa.

Aqui, ficamos pela missa... quem lá vai. É a tal pressa, que faz as pessoas esquecerem até O Homem, que deu a vida por nós na cruz. Talvez porque a sua vida diária numa cidade grande, que não passa de aldeia, é uma cruz enorme.

Mas eu, continuo a gostar tanto da Páscoa como do Natal. Há um formigueiro que me invade. Lembro o tempo em que a música que se ouvia, era não mais que solene, na sexta-feira santa. Mas, hoje tudo é diferente. Contudo a mesa enche-se com a família. Fazem-se doces e assa-se o cabrito. Em harmonia, louva-se Jesus Cristo!

Escrito por Sindarin, do blog Floresta de Lórien ou do blog Florescer do Sonho

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6 comentários:

  1. MENINAS DO MEU MUNDO PORTUGAL.
    PASSEI PARA DEIXAR UM GRANDE ABRAÇO.
    Ola!
    Como é bom rever os amigos e matar a saudade..
    Não há nada que pague este momento..
    Agradeço carinhosamente o seu carinho em me visitar. Hoje vou conseguir postar e visitar os meus amigos. Estou com muita saudades.
    Só terei os finais de semana para fazer isso. Mas prometo sempre estar por aqui..Peço desculpa pela minha ausencia. Mas, mas muitas vezes precisamos nos afastar em função do trabalho. Falta o tempo. ele voa..Não espera. Mas, você que mora no meu coração, será sempre lembrado...
    Amo vc. Amo a sua companhia.
    Meus blogs amam a sua presença. Fico muito feliz por que vem.. Deixá sempre comigo, o seu amor e carinho Planta flores e semeia carinho.
    Muito obrigada. VERDADEIROS AMIGOS..CONQUISTAMOS..AMAMOS..LEMBRAMOS E SENTIMOS SAUDADES!!!
    Carinhosamente,
    Sandra

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  2. Conheci seu blog através do blog do Carlos.
    Gostei. Virei sempre que puder aqui.
    Amo seu país.

    Abraços de uma nova amiga do Brasil.

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  3. Olá!
    Gostei muito desse momento de partilha.É verdade,Sindarin. A Páscoa deve ser uma época de dádiva e o Homem deve apelar aos seus sentimentos mais nobres. Ah,também sou como a menina,adoro o Natal :)

    Jocas gordas
    Lena

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  4. Cheira bem,cheira a Lisboa.Lisboa é a minha cidade adoptiva.Adoro.E é uma aldeia sim,pois às vezes encontra-se pessoas que não viamos há muito ou de outro ponto do país.O mundo é pequeno e Lisboa é uma aldeia linda.

    Beijos
    Liliana Rito

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  5. É grande a cidade mas, as recordações são da aldeia...


    E, sendo grande, a cidade,
    o sangue, nas suas veias,
    esta é a grande verdade,
    é o das pequenas aldeias!

    A aldeia, por tradição,
    tem nela, enraizado,
    a Quaresma, a Paixão
    e Cristo ressuscitado!

    E, antigamente, o prior,
    uma tradição quase morta,
    levava o Cristo Redentor
    a beijar, de porta em porta.

    Mas, neste mundo novo,
    nem tudo o tempo levou.
    Aleluia, meu bom povo,
    já Cristo ressuscitou!

    É bom que nos lembremos
    ao carregar nossa cruz
    que todos nós louvemos
    ao Filho de Deus, Jesus!

    Abraço,
    João Celorico

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  6. Olá Sindarin
    Lisboa é realmente um local onde se cruzam pessoas oriundas das várias regiões do país. As tradições misturam-se, mas é nas aldeias que são mais genuínas e se vivem em maior comunhão com os outros.
    Beijinhos
    Lourdes

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