quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A HISTÓRIA DO TIO ZÉ (Serra da Estrêla parte 2)

Não tenho o talento do mixtu, nem do Rui para contar histórias, mas tentarei contar esta da melhor forma possível!!
Faz parte da boa educação, nos meios pequenos, as pessoas cumprimentarem-se, mesmo que nem se conheçam! Por isso não se admirem que ao passearem pelas serras e afins, sejam constantemente saudados!!Esta história que vos vou passar a contar, tem a ver com essa tradição!!

Ía um dia o Tio Zé a caminho de casa , já cansado, depois de ter feito umas compras no centro da vila quando passa por ele de carro, o Manuel, o electricista lá da terra!!O tio Zé todo contente preparava-se para o cumprimentar, pensando que já tinha arranjado uma boleia, mas o outro nem bom dia, nem boa tarde, segue sempre e faz de conta que nem o viu!! O bom pastor lá continuou a sua caminhada, estrada abaixo, a pensar se a Tia Maria já teria um caldinho quente à sua espera!Mas qual não é o seu espanto, quando umas centenas de metros à frente, depara com o Manel a tentar empurrar o carro que se tinha despistado, por causa do gêlo na estrada!

Diz assim o Manel:- Olha o Tio Zé!!! Não me quer dar aqui uma ajudinha??
Responde o Tio Zé:- Ai , então agora já me conhece!!!

Escrito por Susana do blogue Missixty

Já sabem! Cada comentario vale 3 pontos!

No final do mês os três primeiros que coleccionarem mais pontos terão como prémio: um livro "Aldeias Históricas de Portugal-Guia Turístico"

8 comentários:

  1. "Cá se fazem, cá se pagam!"
    Quantas histórias como esta, nas nossas vidas? Umas vezes a favor... outras contra!

    ResponderEliminar
  2. Pois é, quando se precisa engole-se o orgulho.
    Abraço do Zé

    ResponderEliminar
  3. ahah realmente o melhor comentário é o do José Pinto! cá se fazem, cá se pagam! :D

    ResponderEliminar
  4. Em tempos quem tinha carro era alguém. Por norma as famílias apenas tinham um carro e poucas eram as que o tinham. Actualmente afere-se o valor da pessoa pelo valor do seu automóvel, se é um carro caro, é porque é um senhor, a quem se cumprimenta de bom grado. Se o carro é um chaço velho, passa-se pelo dono sem o ver, não passa de um pobretanas de quem nada se pode esperar, por isso poucos são os que se dignam a "desperdiçar" cumprimentos.

    ResponderEliminar
  5. Aqui se aplica o famoso ditado: "o castigo vem à cavalo" !
    Será que o Manel aprendeu a lição ?

    ResponderEliminar
  6. Depois de tantos comentários a propósito, só posso acrescentar que tenho pena do Manel!
    Montado num carro de tantos cavalos, não quis desviar a atenção, mas... os cavalos espantaram-se!
    A Vida tem muitas destas. Ó se tem...

    Abraço,
    João Celorico

    ResponderEliminar
  7. Aqui se fez, aqui se paga! Esse comportamento feio, é muito comum. Há pessoas que só nos conhecem quando precisam.
    Abraços.

    ResponderEliminar
  8. Olá, Susana!

    Com um bocadinho mais de disponibilidade, resolvi vir aqui de novo.

    Diz-nos com toda a razão
    que em pequena povoação
    faz parte da boa educação
    dar-mos todos a salvação.

    Esquecem isso lá na cidade
    e deixam em casa bons modos.
    Pois só com muita humildade
    se tem o respeito de todos!

    O Manel não está sozinho
    nesse seu procedimento,
    só se lembrar do vizinho
    quando está em sofrimento.

    Ti Zé deu-lhe o que mereceu
    que mesmo assim não foi pouco.
    A quem antes o não conheceu
    nem mereceria dar o troco.

    Há quem dê grande salto,
    sem se saber porque razão
    e depois, já lá no alto,
    nem sequer olha o chão!

    Maus modos e procedimento
    da memória não se apagam
    e … chegado o tal momento,
    “cá se fazem, cá se pagam”!

    Abraço,
    João Celorico

    ResponderEliminar