Faz parte da boa educação, nos meios pequenos, as pessoas cumprimentarem-se, mesmo que nem se conheçam! Por isso não se admirem que ao passearem pelas serras e afins, sejam constantemente saudados!!Esta história que vos vou passar a contar, tem a ver com essa tradição!!
Ía um dia o Tio Zé a caminho de casa , já cansado, depois de ter feito umas compras no centro da vila quando passa por ele de carro, o Manuel, o electricista lá da terra!!O tio Zé todo contente preparava-se para o cumprimentar, pensando que já tinha arranjado uma boleia, mas o outro nem bom dia, nem boa tarde, segue sempre e faz de conta que nem o viu!! O bom pastor lá continuou a sua caminhada, estrada abaixo, a pensar se a Tia Maria já teria um caldinho quente à sua espera!Mas qual não é o seu espanto, quando umas centenas de metros à frente, depara com o Manel a tentar empurrar o carro que se tinha despistado, por causa do gêlo na estrada!
Diz assim o Manel:- Olha o Tio Zé!!! Não me quer dar aqui uma ajudinha??
Responde o Tio Zé:- Ai , então agora já me conhece!!!
Escrito por Susana do blogue Missixty
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"Cá se fazem, cá se pagam!"
ResponderEliminarQuantas histórias como esta, nas nossas vidas? Umas vezes a favor... outras contra!
Pois é, quando se precisa engole-se o orgulho.
ResponderEliminarAbraço do Zé
ahah realmente o melhor comentário é o do José Pinto! cá se fazem, cá se pagam! :D
ResponderEliminarEm tempos quem tinha carro era alguém. Por norma as famílias apenas tinham um carro e poucas eram as que o tinham. Actualmente afere-se o valor da pessoa pelo valor do seu automóvel, se é um carro caro, é porque é um senhor, a quem se cumprimenta de bom grado. Se o carro é um chaço velho, passa-se pelo dono sem o ver, não passa de um pobretanas de quem nada se pode esperar, por isso poucos são os que se dignam a "desperdiçar" cumprimentos.
ResponderEliminarAqui se aplica o famoso ditado: "o castigo vem à cavalo" !
ResponderEliminarSerá que o Manel aprendeu a lição ?
Depois de tantos comentários a propósito, só posso acrescentar que tenho pena do Manel!
ResponderEliminarMontado num carro de tantos cavalos, não quis desviar a atenção, mas... os cavalos espantaram-se!
A Vida tem muitas destas. Ó se tem...
Abraço,
João Celorico
Aqui se fez, aqui se paga! Esse comportamento feio, é muito comum. Há pessoas que só nos conhecem quando precisam.
ResponderEliminarAbraços.
Olá, Susana!
ResponderEliminarCom um bocadinho mais de disponibilidade, resolvi vir aqui de novo.
Diz-nos com toda a razão
que em pequena povoação
faz parte da boa educação
dar-mos todos a salvação.
Esquecem isso lá na cidade
e deixam em casa bons modos.
Pois só com muita humildade
se tem o respeito de todos!
O Manel não está sozinho
nesse seu procedimento,
só se lembrar do vizinho
quando está em sofrimento.
Ti Zé deu-lhe o que mereceu
que mesmo assim não foi pouco.
A quem antes o não conheceu
nem mereceria dar o troco.
Há quem dê grande salto,
sem se saber porque razão
e depois, já lá no alto,
nem sequer olha o chão!
Maus modos e procedimento
da memória não se apagam
e … chegado o tal momento,
“cá se fazem, cá se pagam”!
Abraço,
João Celorico