A maioria das aldeias do concelho de Góis tem as suas festas no mês de Agosto, no Carvalhal do Sapo, a tradicional festa é em honra a S. João e como tal é celebrada em Junho, no fim-de-semana que mais perto se situe de dia 24. Esta situação vem da comum desertificação que, infelizmente, cada vez mais acontece nestas zonas, o que antigamente era uma celebração de 3 dias, é actualmente 1 dia. Contudo, apesar de ser apenas um dia, é um dia de muita alegria, com muitas tradições e que traz ao encontro os amigos de longa data, que muitas vezes apenas se encontram por esta altura.
As festas em honra de S. João são obviamente preparadas ao longo do ano, com a dedicação e carinho que os carvalhalenses têm pela sua aldeia, mas é nos dias anteriores que mais se nota o alvoroço, os enfeites pelas ruas (durante o ano preparados à mão pelas pessoas da aldeia), as luzes, o embelezamento de uma aldeia já bonita, o cheirinho da chanfana que emana dos tradicionais fornos aquecidos a lenha, as filhós, o pão-de-ló, são iguarias típicas da aldeia que neste dia é obrigatório em todas as mesas. O dia da festa que começa bem cedo com a música a animar a aldeia inteira, seguida pela missa, ultimamente celebrada no adro da capela, o que começou por a capela ser pequena e não chegar para todos os participantes, torna agora a missa num acto religioso num ambiente descontraído e que traz ainda mais participantes para no final ser feita a volta da procissão (em torno da aldeia) com os santos padroeiros da aldeia, é bonito ver todas as pessoas a percorrer as ruas com seus trajes festivos e de cara alegre ao som da banda filarmónica. A tarde é de convívio e alegria a rever os amigos, a ouvir as velhas histórias da infância e ver as crianças brincarem alegremente. E nada melhor para terminar que o tradicional bailarico, sempre com boa música e pessoas animadas que vêm de outras aldeias para todos festejarmos mais um ano de coisas boas e más sempre com a protecção do nosso querido santo padroeiro, S. João.
Texto escrito por : Acácio Moreira, do blogue Carvalhal do Sapo
Carvalhal do Sapo, Góis, Lousã
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A desertificação é de facto um grande problema das nossas aldeias. Mas felizmente ainda se mantêm as tradições,que se repetem um pouco pelo Portugal, de norte a Sul, neste mês de Agosto.A maneira que descreve a festa da sua aldeia, quase que faz lembrar a festa da minha aldeia.
ResponderEliminarObrigada pela sua participação aqui na aldeia.
Carvalhal do Sapo. Que nome curioso. Já andei pela Lousã há muitos anos atrás. Mas sinceramente não me lembro de nada em especial. A não ser das horas perdida na serra por caminhos de terra, e o pó que o carro levantava e que nos sufocava. Também foi há mais de 40 anos, eu ia com uma tia para S. Pedro do Sul, num taxi que pagamos a meias com um casa de uma aldeia na Lousã. O taxista foi deixar o casal e depois perdeu-se e nunca mais encontrava a estrada para seguir viagem. Saímos de Lisboa às 8h da manhã, e chegámos a S. Pedro às 19h.
ResponderEliminarUm abraço e boa sorte.
Que um comentário lhe deixe
ResponderEliminarfoi a tarefa pedida,
por isso, amigo, não se queixe
se não for à sua medida!
Voltas e voltas à cabeça
e melhor coisa não me sai.
Mesmo que, amigo, não mo peça,
o meu comentário, ele cá vai!
Apesar desta situação,
levar à desertificação,
lá vem, o São João
amigo, deitar a mão!
Desse mal se queixa muita gente
e, para ir mantendo a tradição
aqui não pode ser diferente,
há que festejar o São João!
A festa, agora, é 1 dia
mas, sem quês nem porquês,
é tanta, tanta, a alegria
que até parece serem 3!
João Celorico