sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Olá amigos da aldeia e dos nossos castelos!

Em primeiro lugar, peço-vos desculpa só agora postar. Houve uma razão simples: depois do fim de semana prolongado, estive estes dias na Guarda a participar no 1º Festival Internacional da Memória Sefardita. Como podem imaginar, sobrou pouco tempo para outras coisas...mas penso que valeu a pena. Aprendi imenso! Como tal , aqui estou de alma lavada para estar um pouco convosco...virtualmente:

Chegámos ao fim de mais uma blogagem, com um tema bem convidativo “O meu castelo preferido” . Há quem sonhe viver um conto de fadas num castelo. Uma morada de príncipes e princesas e de valorosos cavaleiros. Um cenário romântico que desperta sentimentos, paixões e emoções... São tantos os castelos de pedra, cheios  de imponênciade e de magia do outro mundo! Mas realidade choca com o sonho quando entramos e pisamos o chão frio de pedra. Torna-se inevitável a busca de histórias de heróis e de heroínas afogadas num silêncio profundo. Descobre-se que deles nada resta, senão a petrificação do suor, do sangue, da coragem, da vida e da morte. Nestes belíssimos castelos vivem pedaços de uma alma lusitana, terrivelmente anónima, saudosista e esperançosa… por um futuro merecedor de tantos sacrifícios...

Bem acho que já chega de divagações e vamos directos ao assunto. Como estava a dizer, nesta blogagem foi possível ver o quanto são acarinhados muitos dos nossos castelos de Portugal. Mas antes de falar dos participantes quero deixar uma nota:

Não podemos esquecer os que ficaram de fora. Aqueles que infelizmente se encontram num estado lastimável de degradação e precisam urgentemente de intervenção, antes que seja tarde demais… Independentemente do tamanho do papel desempenhado, todos fazem parte da nossa identidade, da nossa cultura e acima de tudo, são nossos!

Agora vamos aos premiados:

João Celorico, teceu 34 pontos;
Flora Maria teceu 21 pontos
Cristina teceu 19 pontos

Quero agradecer a todos pela participação, e em especial ao João Celorico que, mais uma vez, brindou-nos com o seu talento nato! Os nossos castelos ganharam certamente mais dignidade com a sua poesia! Para arrematar esta postagem, que já vai um pouco longa, não podia deixar de publicar aqui um desses poemas da sua autoria. (Na qualidade de longroivense, é uma honra para mim ter um poema escrito por si,  caro João! )

“É Longroiva, não engana.
Um nome algo esquisito!
Se é a terra da Susana,
pronto, está tudo dito!

E foi aqui em Longroiva,
pelo menos é o que se diz,
que Isabel ainda noiva
se preparou para Diniz.

Antes das bodas reais,
ainda não era rainha,
foi às águas termais
e ficou bem lavadinha.

E a ansiedade era tanta
para agradar ao esposo!
Isabel, não era santa
e esposaram em Trancoso!

Consta, na voz povo, até
que provando sua devoção,
num acto de profunda fé,
oraram à Senhora do Torrão!

Esta não posso eu provar,
mas, nisto até acredito.
Porém, estou só a divagar.
Era um gesto… tão bonito!


Abraço, João Celorico”

E podes crer , amigo, a minha aldeia tem um nome esquisito, mas ainda antes de nascer Portugal, já lavrava sangue, por todos nós ;)

1 comentário:

  1. Muitos parabéns,a todos que se dignam a perder um pouquinho de tempo,de suas vidas e nos dão a conhecer,o que de muito bonito por aí temos.
    Para o João, Flora e Cristina continuem a escrever-nos coisa bonitas,como as que aqui e não só aqui, têm postado e parabéns para os três.
    A ti Susana deixei o comentário no Facebook.
    Felicidades a todos
    Ana Bernardo

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